Mundo Cão



Por Otávio Augusto Winck Nunes *
Não se trata de um fenômeno recente. Mas, é curiosa a extensão que tomou, ao longo do tempo, a relação entre os humanos e os outros animais, o de estimação. Acabo de assistir ao show de Eduardo Dussek (sim, agora com dois ‘esses’ no nome), no Rio de Janeiro. Uma de suas músicas de maior sucesso nos anos oitenta foi “Rock da cachorra”. Com sua irreverência ímpar, cantava que deveríamos trocar um cachorro por uma criança pobre.
Em que pese o tipo de “bichano” (pode ser gato, peixe ou passarinho), o humor do músico antecipava um já crescente segmento de mercado – na verdade o que poderia ser relação virouconsumo! Mas, mais do isso, criticava uma disposição dos humanos pela adoção de animais em detrimento da adoção do bicho homem, do semelhante.
Esse é o que parece ser o enigma que envolve o mundo pet: transformar um animal no substituto de um humano. A crítica de Dussek, mesmo que exagerada, procede. Tem a sagacidade de escrachar o que é uma das faces mais paradoxais da questão: é possível estipular a equivalência entre um animal de estimação e um humano? Em que pese a minha simpatia por animais, que é grande, fico com a impressão que exageramos.
Outro dado carioca: passeando com sua dona, um simpático vira-lata vestido de surfista, com sua prancha, em direção à praia, digamos, embaixo de seu braço (tenho foto para comprovar). Sim, sua vestimenta, que incluía uma viseira protegendo seus olhos do sol forte, tinha um compartimento para carregar sua prancha de surf, compatível com seu tamanho. Mas, não é um fenômeno exclusivo dos cariocas, em breve, podemos ver (se já não aconteceu) um pet pilchado, guaiaca incluso.
O fenômeno no Brasil repete, em alguma medida, o que acontece em outros lugares. Um mercado, ou uma relação de amor, ávido por oferecer produtos para os pets, que nada demandam, mas que seus donos rapidamente tornam imprescindíveis aos animais. A lógica é essa.
Por vezes existe a tentativa de inverter a lógica que sustenta o argumento, mas trata-se de uma forçagem. Não há uma desmedida nesse âmbito?
Sei que é um assunto polêmico, mas não acho que colocar a questão seja necessariamente motivo para provocar briga com os defensores dos animais. Meu intuito, por sinal, é esse proteger os animais.
Já se fez várias leituras desse fenômeno. Solidão dos humanos vem em primeiro lugar. Seguido pela rivalidade estipulada pela raça da moda. Em terceiro, para que o filho, uma criança, tenha uma experiência de ter um animal desde cedo e se responsabilize por ele (esse argumento dura uma fração de segundos, todo mundo sabe quem cuidará do animal de estimação). Em quarto, o narcisismo, e por aí vai. Aliás, nenhuma delas exclui a outra.
Mesmo que os argumentos pró animais sejam válidos, e que não possamos estipular, felizmente, uma única interpretação, temos que considerar ao menos o seguinte: não há equivalência entre um humano (não importa a idade, nem classe social) e um animal. Normalmente, atribuímos e enfatizamos nos animais não humanos, características que gostamos de ver ocultas não só nos outros humanos, mas em nós mesmos.
Além disso, a verticalidade da relação dos humanos com os animais é imbatível. Ou o leitor acha que o cachorro pediu a prancha de surf a sua dona? Então, só emprestamos aos animais nossos nobres sentimentos por levarmos em conta dois fatores: eles não os têm, logo seria bom que tivessem, por exemplo, vontade de ser surfista; e outro fator atrelado ao primeiro: a objetalização dos animais a serviço do narcisismo. Sim, precisamos transformar os bichos em humanos por levarmos nossa espécie muito a sério.
Não é exagerado, como já existe, ter uma casa com quarto decorado específico para os pets? Aliás, eles são merecedores do nosso profundo respeito, tanto que deveríamos poupá-los de nossas neuroses.
Humanizar os animais é tentar fazê-los responsabilizar por algo que nem nós humanos gostaríamos de nos ocupar. Sim, ao reproduzir toda a sorte de cuidados, preocupações e sentimentos não estamos só tentando domesticar um animal, é nossa própria falta de civilidade e agressividade que está sendo colocada à prova.
Mais do que tudo, o que é pior para os animais não humanos é herdar nossa neurose, não nossa tentativa de humanizá-los, pois, para isso eles não tem defesa alguma.
Animais fazem muito bem aos humanos, ou contrário nem sempre é verdadeiro. Discordo da equivalência unívoca proposta por Dussek (cachorro igual a criança pobre ou rica, tanto faz) mas incentivar o medo de vivermos entre humanos não me parece ser a melhor alternativa que temos à disposição. Por mais fiel que um animal de estimação possa ser ao seu dono, e que seja mais fácil um humano trair a confiança de outro humano, que um animal, e não o contrário.
* Psicanalista, membro da Associação Psicanalítica de Porto Alegre (APPOA); mestre em Psicologia do Desenvolvimento/UFRGS; mestre em Psicanálise e Psicopatologia, Universidade Paris 7.

Postado no blog Sul21 em 31/07/2012
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Leia também as postagens Adote junto com seu cãozinho uma Criança!, Pais de coração e Anjos de asas quebradas existem!Para a felicidade de crianças muito especiais


O bicho, meu Deus, era um homem


 

Vi ontem um bicho 

Na imundície do pátio 

Catando comida entre os detritos. 

Quando achava alguma coisa, 

Não examinava nem cheirava: 

Engolia com voracidade. 

O bicho não era um cão, 

Não era um gato, 

Não era um rato. 

O bicho, meu Deus, era um homem. 

(Manoel Bandeira, O Bicho) 



Está na moda falar do lixão. Tem até novela embarcando na onda. Mas este é um tema que as Administrações Públicas ainda jogam para debaixo do tapete. 

O problema é imenso, imensurável mesmo e muito antigo. Nasceu com o homem. Evidentemente que na pré-história a situação resolvia-se por si, observado que a vida tinha outro ciclo e as condições ambientais permitiam que a própria natureza desse conta de colocar as coisas nos seus devidos lugares. 

O progresso, tão necessário, reconheça-se, trouxe consigo o aumento da produção de resíduos de toda a ordem: restos de comida, artefatos plásticos (grande descoberta!), resíduos tecnológicos e por aí vai. 

Os números impressionam: estima-se que, no mundo ocidental, cada pessoa produza 500 quilos de resíduos urbanos por ano. Este número, no Brasil, é 378 quilos. O Brasil produziu, em 2010, 61 milhões de toneladas de lixo, que representou um crescimento de 6,8% em relação a 2009. No mesmo período, o aumento da população foi de 1,15%, concluindo-se, portanto, que os brasileiros conseguiram produzir mais lixo do que crescer. 

Urge, portanto, que a questão seja enfrentada com eficiência. A legislação brasileira segue numa boa direção. Em agosto de 2010 foi sancionada a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que chamou à responsabilidade todos os setores da sociedade. Impõe que haja planos integrados de tratamento de resíduos, marcando prazo para a sua implantação. Proíbe a criação de lixões e determina que os existentes sejam regularizados. Institui a logística reversa, ou seja, a destinação do resíduo final é responsabilidade do produtor (fabricante), certo que uma parcela dessa conta será paga pelo consumidor, mas vá lá, vale a pena. 

Mas há, ainda, a outra face do problema. Além da produção do lixo, temos pessoas que nele proliferam como animais. Há um problema social correlato que também reclama atenção. 

A existência de uma lei de qualidade (estranho assim adjetivar a lei, mas no Brasil...) não significa, por si só a solução do problema, ela precisa ser adequadamente aplicada e isso implica esforço em todas as esferas. Na esfera do particular, adequando-se os indivíduos a condutas éticas com o meio ambiente (não desperdiçar, separar o seu resíduo, aproveitar ao máximo os bens de consumo). Na esfera do público, com os Governos realizando os planos de tratamento, incluindo os gastos necessários nos orçamentos e fiscalizando eficientemente o cumprimento das obrigações, seja dos particulares seja dos entes públicos e o Poder Judiciário impondo o cumprimento das obrigações e sancionando os descumpridores. 

Estamos, enfim, em ano eleitoral. Muitas promessas virão, espera-se que, também surfando na onda, os candidatos apresentem propostas no sentido da implementação breve da lei, em nível local, considerando que o pleito é Municipal, o que já será um avanço. E que nós, eleitores, sejamos firmes na cobrança do prometido. 

Quiçá, o poema de Manoel Bandeira, que, por empréstimo, serve de título a este texto, embora de inegável valor literário, caia no esquecimento... 


Vera Lúcia Fritsch Feijó Magistrada aposentada, Especialista em Direito Ambiental, colaboradora voluntária do Programa de Gestão Ambiental do Tribunal de Justiça RS.

Obs.: Imagem inserida por mim

E nós? A blogosfera progressista?




Está anunciada pelo PIG uma mega cobertura sobre o julgamento do chamado mensalão. É aquilo que já sabemos: mentiras no atacado, máscaras de “mosqueteiros da ética”, holofotes apenas no que pode contabilizar aos interesses nada republicanos de árvore, pássaro e porcos.(Demos, tucanos e PiG).

E nós? A blogosfera progressista? Vamos cruzar os braços e assistir impassíveis ao massacre do século? Temos duas opções: ou nos posicionamos na defesa da verdade, ou ajudamos, com nosso silêncio, a derrota eleitoral, moral e ética dos nossos ideais de esquerda.

Prestem atenção! Podemos fazer a diferença no contra ponto da mega cobertura, com nosso show de humor, com nossa competência em atingir muito mais pessoas que os velhos porquinhos (PiG). Será uma luta de Davi e Golias, com a vantagem de que com nosso chassi menor, temos mais mobilidade e jogo de cintura. Vamos lá!







     





Sorrir faz bem ! Olimpíadas 2008 e 2012










Em forma com elástico


Hoje em dia, existem muitas opções de equipamentos para você se exercitar. O elástico de resistência é uma delas. Muito prático, barato e portátil, pode ser utilizado em casa, na academia, na praia, na praça e onde mais desejar. Ele é comumente usado no complemento de um treino esportivo para atletas de futebol, vôlei, natação, lutas e até mesmo na aquisição de mais potência na corrida.



Para diferenciar seu grau de resistência, eles possuem diferentes cores e diâmetros de acordo com o fabricante. Há desde elásticos muito levinhos, para reabilitação de lesões mioarticulares ou trabalhos de fortalecimento muscular para a terceira idade, até os médios e fortes, para hipertrofia global e potência de atletas. Pensando em deixar sua rotina de treinamentos mais prática, o fisioterapeuta e professor de Educação Física Caio Vicentini preparou vários exercícios que você pode fazer com o auxílio do elástico, além de te ensinar como montar o seu em casa.

Dica!

As alunas iniciantes devem realizar de 1 a 4 séries de 20 repetições com elásticos leves. Descanso de 2 minutos entre elas. Já as alunas mais treinadas podem realizar de 3 a 5 séries de 8 a 12 repetições com elásticos mais resistentes. Descanso de 45 segundos a 1 minuto e meio entre uma e outra.



Bíceps Branquial

Este exercício é para a parte anterior do braço. Fixe o meio do elástico no pé. Em seguida, dobre o cotovelo e volte com ele esticado. Para dar mais resistência, segure as duas alças com apenas uma das mãos e intensifique a força do seu músculo. 


Tríceps branquial 

Já este movimento trabalha o músculo do “tchauzinho”. Prenda o elástico no pé. Comece com o cotovelo dobrado na altura do pescoço e depois estique o braço acima da cabeça. 


Ombro 

Firme o elástico no pé. Abra e feche os braços até a altura dos ombros para evitar lesões.


Costas

Apoie o elástico em um poste ou em outra pessoa. Faça o movimento de remada com os cotovelos levemente abertos.


Outra maneira de desenvolver as costas

Pise no elástico, incline seu tronco à frente e estique-o para trás do corpo. 


Peitoral I

Fique de costas para o poste ou para a outra pessoa. Estique os cotovelos até suas mãos se encontrarem à frente da cabeça.


Peitoral II

Realize o mesmo movimento do exercício anterior, mas com os cotovelos esticados, abrindo e fechando os braços à frente do queixo

Para sua maior segurança, peça ajuda a um profissional de Educação Física. Isso evitará eventuais lesões e melhorará a periodização do seu treino.

Monte seu elástico!

- 1 cano de PVC
- 1 par de punhos de bicicleta
- 1 rolo de tecido rígido
- 4 argolas de metal
- 2 metros de tubo de látex

Divida o tubo de PVC em 2 partes de 15 cm e coloque os punhos de bicicleta neles. Corte aproximadamente 40 cm do tecido rígido e passe pelo cano. Ponha a argola de metal e costure para dar firmeza. Para fazer o meio, corte 35 cm de tecido rígido e costure duas argolas de metal nas extremidades. Dê um nó nos elásticos com as argolas de metal. Seu elástico está pronto. Bom treino!

Caio Vicentini - Prof. de Educação Física e Fisioterapeuta 

Postado no blog Uma Mulher em 26/07/2012

Olimpíadas 2012: Imagem do dia 28/07



Sarah Menezes faz história


Bruno Santos/Terra



Mr. Bean e a participação na apresentação da Orquestra Sinfônica



Dirigidos pelo maestro Sir Simon Rattle, a Orquestra Sinfônica de Londres apresentou-se na festa oficial de abertura das Olimpíadas com a ilustre presença do comediante britânico e ícone do cinema, Mr.Bean. A orquestra tocou a música tema do filme Carruagens de Fogo.

Como tudo no Brasil, a liberdade de expressão é privilégio dos ricos!






A crescente participação dos blogs e das redes sociais na difusão de conteúdo jornalístico e de opinião, democratizando o debate político para além dos meios de comunicação tradicionais vem causando arrepios na classe conservadora.

A cada dia, os brasileiros adquirem o habito de buscar fontes alternativas de informação e de reflexão sobre as grandes questões políticas nacionais, ou mesmo sobre a nossa vida cotidiana.

Isso sem falar nos conteúdos de diversão e entretenimento.

A população jovem aprendeu rápido a buscar conteúdo na internet, deixando de depender da programação das tradicionais empresas de comunicação.

Ainda que a velha mídia tenha imensa importância na formação de opinião, a internet (em especial as redes sociais), surgem como fonte alternativa.

Entre outras coisas, as pessoas perceberam que a vida real não se resume à “versão oficial” dos jornais.

Enquanto as redes sociais eram meras concorrentes na geração de entretenimento, os grandes grupos de comunicação se prepararam para a disputa de mercado.

Mas quando as questões políticas nacionais passaram a ser discutidas, contradizendo as grandes manchetes midiáticas, a disputa passou a ser questão de sobrevivência.

Nas últimas eleições, as redes foram responsáveis por “inverter o roteiro” de uma novela que deveria ter um final diferente, caso o debate político eleitoral estivesse ainda entregue aos grandes grupos de comunicação.

Agora, a disputa é pelo poder.

Os grandes interesses da oligarquia estão em jogo.

Para os ricos, a democracia atendia ao propósito de legitimar o poder dos grandes grupos econômicos, porém, acomodando sanha por representação e participação política na sociedade brasileira.

Tampouco interessava à oligarquia governos autoritários e intervencionistas que viessem a limitar as grandes negociatas.

A democracia desenhada pela oligarquia era um grande teatro. O cenário ideal para a manutenção dos velhos privilégios. E a mídia dirigia o espetáculo com maestria, cabendo ao povo o papel de referendar nas urnas o que já estava decidido.

O Brasil ainda não fez mais do que algumas reformas sociais e tênues correções de rumos. Mas isso já foi suficiente para o estresse dos conservadores.

A democratização nos meios de comunicação, pode a médio e longo prazo dissolver a capacidade dos grandes grupos de comunicação “pautarem” a agenda do executivo e do legislativo.

A possibilidade de o Estado criar instrumentos sérios de regulação da mídia é tratada pelos magnatas como um atentado contra a liberdade de imprensa.

Mas ao que parece, a liberdade de expressão deve ser um privilegio apenas dos grandes e ricos grupos de comunicação.

Sem menor pudor, a velha imprensa vem atacando a “blogosfera” e exigindo que o poder público controle as redes sociais, inibindo seu potencial de comunicação com a sociedade.
Não são poucos os editoriais em que os grandes jornais acusam os blogueiros de serem militantes contratados pelo PT.

Muito curioso este protesto.

Ao menos este blogueiro que vos fala, jamais foi filiado ao Partido dos Trabalhadores e sequer militou em suas prestigiosas fileiras.

Além do mais, seria razoável que os grandes órgãos de imprensa fossem também denunciados por apoiarem de maneira escandalosa, desde sempre, o partido que condenou o Brasil à chaga do neoliberalismo.

E por falar em neoliberalismo, a velha imprensa festejou a abertura escancarada da economia brasileira à especulação internacional. Regozijou-se gostosamente defendendo a dilapidação do patrimônio público para empresas gringas que sucatearam os serviços ao consumidor, enquanto recheavam seus cofres. Deu de ombros para a quebradeira da industria nacional que ficou sem condições de competir no mercado internacional.

Mas o interessante, é que este apego às regras de ouro do livre mercado globalizado não se reflete quando o assunto é a concorrência das empresas de comunicação brasileiras com empresas estrangeiras.

Os grandes jornais e televisões se manifestam com veemência em defesa da soberania nacional quando vêem a possibilidade de serem obrigados a concorrer com os grandes grupos estrangeiros.

É pena que não tenha sido da mesma forma quando eles defenderam a quebra do monopólio estatal do petróleo, das telecomunicações e a venda a preço de banana das nossas grandes empresas estratégicas ao interesse especulativo internacional.

E as contradições não param por aí. Os magnatas das comunicações querem impedir uns poucos blogs de receberem publicidade institucional.

Mas a hipocrisia moralizadora da velha mídia, ao tratar dos gastos públicos, omite os bilhões de reais gastos com o dinheiro do contribuinte, por meio de publicidade governamental, para pagar o arrego dos grandes grupos que desde sempre conspiram contra o Brasil.

A liberdade de expressão não pode ser, como tantas coisas no Brasil, privilegio da oligarquia.

Ensaia-se uma ofensiva contra os blogs e a sociedade deve estar consciente deste verdadeiro atentado contra a democracia.


O menino desandou


 


Por Nena Medeiros


– Ai, dona Zuleica, coitada da Mariinha!
– Aquela sua vizinha?
– Ela mesma! Tão boa, religiosa!
– E o que houve?
– O filho dela, o Serginho. Virou gay!
– Ninguém vira gay, Helena! Ele só se assumiu.
– Ih, dona Zuleica! Que diferença faz?
– Tem razão, Helena. Bobagem minha.
– Bobagem, dele! Um rapaz tão bonito! Será que tem cura?
– Cura!?
– Pra esse menino virar homem de novo, ué!
– Homossexualismo não é doença, Helena!
– Só pode ser, dona Zuleica! Virou epidemia! Cada dia aparece mais um.
– Não, Helena! Apenas hoje, com as leis e campanhas contra a homofobia, as pessoas podem se expor mais.
– Aff! Era melhor ter escondido! É muito feio, dois homens se beijando!
– Ô, Helena! Você tem que aprender a respeitar as pessoas como elas são. Respeitar a diversidade.
– Diversidade?
 
– Sim! Diferenças! De cor, credo, cultura...
 
– Eu respeito! Não tenho nada contra índio, negro, branco e misturado. Ouço todo tipo de música e não chuto nem santa, nem despacho. Mas, o garoto tinha que desandar desse jeito? A mãe tá pra morrer e o pai quer matar um!
– Não pode, Helena! Conversa com eles! Têm que aceitar, apoiar.
– Ah, não, dona Zuleica! Não dá pra aceitar! Imagina se fosse um dos meninos, se fosse o Juquinha, hein!?
– Olha, Helena! Não vou mentir! Eu ia ficar triste, porque sei que, por mais que os tempos mudem e as leis ajudem, ele ia sofrer muito. Ia conviver com o preconceito na escola, no trabalho, nas amizades... Mas, aqui em casa, ele receberia todo o apoio e todo o amor que eu pudesse dar. Até porque a vida dele, lá fora, já ia ser bem difícil!
– Mas por que inventou de ser gay?
– Não inventou, Helena! Ninguém resolve isso. Muito provavelmente, ele lutou contra a natureza dele com todas as forças, até chegar à conclusão que tinha que se aceitar.
– Sei não! Se fosse filho meu, acho que eu não aceitava. Isso é pecado, sabia?
– Não entendo muito dessas coisas, Helena, mas acho que Deus não ia criar pessoas com esse tipo de desejo para condená-las por isso, né?
– Ah, é?! E os tais pedólogos?
– Pedólogos?
– É! Que abusam de meninos!
– Ah! Pedófilos, Helena.
– Isso! Deus também não “criou eles”?
– Acho que não, Helena! Quem criou esses daí foi o “outro”!
– Ué! Não é tudo a mesma coisa!? Não é tudo desejo diferente?
– Não dá pra comparar, Helena! O pedófilo explora a inocência e fragilidade das crianças. Muitas vezes usa da força, sempre da tortura psicológica.
– Isso, é! Aí, é maldade!
– Pois é! A gente tem que respeitar as diferenças, mas sempre lembrando que o direito de um acaba onde começa o do outro. E, quando o outro é um incapaz...
– Tipo o Juliano?
– Não, Helena! O Juliano é só preguiçoso! Incapaz é quem não pode se defender sozinho: crianças, idosos, doentes, animais...
– Ah, sim!
– Então... Neste caso, todos temos que zelar pelos direitos deles. Muito mais feio que dois homens se beijando, é uma criança morrendo de fome, né, não!?
– Tá, dona Zuleica! Vou conversar com a Mariinha! Não sei se vou saber falar assim, desse jeitinho, mas vou tentar.
– Isso, Helena! Depois me diga o que deu.
– Hum, hum. Dona Zuleica, me diga uma coisa.

– Digo.
– A diferença entre pobres e ricos também é diversidade?
– Não, Helena! Diversidade é coisa boa, merece respeito. A diferença entre pobres e ricos é desigualdade social. É nociva e deve ser combatida.
– Hummm! Então, acho que está na hora de combater a desigualdade nesta casa! Que tal me dar um aumento, hein!?



Postado no blog Vou-de-Blog

O decreto antigreve do governo Dilma



Por Altamiro Borges

Diante da ampliação da greve dos servidores públicos federais, que já dura mais de um mês e paralisa 25 categorias, o governo Dilma Rousseff apelou para o pior caminho. Baixou o Decreto 7.777, publicado no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (25), que prevê a substituição dos grevistas dos órgãos federais por trabalhadores das redes públicas estaduais e municipais. A medida gerou imediata reação das centrais sindicais, que criticaram a postura antidemocrática do Palácio do Planalto.

CUT e CTB criticam a medida

Em nota oficial, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que representa a maior parte das categorias em greve, repudiou a guinada autoritária do governo. “Esta inflexão do decreto governamental nos deixa extremamente preocupados. Reprimir manifestações legítimas é aplicar o projeto que nós derrotamos nas urnas. Para resolver conflitos, o caminho é o diálogo, a negociação e o acordo. Sem isso, a greve é a única saída”, afirma a nota.

Wagner Gomes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), também foi incisivo na crítica à iniciativa: “O centro deste decreto é a tentativa de mobilizar fura-greves contra os funcionários públicos... Esta é uma atitude antissindical, cujo objetivo é procurar trabalhadores substitutos aos grevistas para esvaziar suas lutas e, jogando trabalhador contra trabalhador, enfraquecer seu movimento. O governo age, desta forma, como um patrão capitalista”.

Precedente perigoso e inconstitucional

Pelo decreto, os ministros e os supervisores de órgãos públicos federais são orientados a garantir o funcionamento dos serviços nas áreas atingidas pela greve. A norma orienta a realização de parcerias com governos estaduais e municipais para substituir os grevistas temporariamente – até o fim da paralisação. A medida coloca em risco, inclusive, determinados serviços prestados à população, como na vigilância sanitária e na fiscalização das fronteiras, dos portos e dos aeroportos.

Além de abrir um precedente perigoso contra qualquer paralisação no setor público, o decreto fere o próprio princípio constitucional, que garante o direito de greve aos trabalhadores. Para manter a maldição do superávit primário, nome fantasia da reserva de caixa dos banqueiros, o governo Dilma rompe o processo de diálogo, mostra-se inflexível na negociação e apela para a intimidação e para o uso de fura-greves. Um absurdo, que cobrará o preço do desgaste político.

Postado no Blog do Miro em 27/07/2012

Evo Morales vai expulsar Coca-Cola da Bolívia no final do ano





O presidente Evo Morales decidiu expulsar a Coca-Cola da Bolívia. A decisão precisará ser cumprida até o dia 21 de Dezembro deste ano. Segundo o ministro do Exterior boliviano, David Choquehuanca, esta determinação está “em sintonia com o fim do calendário Maia” e será parte dos festejos para celebrar o fim do capitalismo e o início de “uma cultura da vida”. A festa ocorrerá no fim do dia, no solstício de verão (no Hemisfério Sul), na Ilha do Sol, situada no Lago Titicaca.


"O dia 21 de Dezembro de 2012 marca o fim do egoísmo, da divisão. O 21 de Dezembro tem que ser o fim da Coca-Cola e o começo do mocochinche (refresco de maçã, um refrigerante muito popular no país). Os planetas se alinham após 26 mil anos. É o fim do capitalismo e o início do comunitarismo", disse Choquehuanca, em um ato ao qual compareceu o presidente do país.

A medida, que atrai os holofotes da mídia para o governo boliviano, reforça a determinação de Evo Morales no reforço a um Estado socialista. Ele tem recebido várias críticas de seus eleitores por agir “devagar demais”, segundo as críticas, em determinar o fim do capitalismo naquela nação andina. 

A medida também visa melhorar a saúde da população. A Coca-Cola, assim com a maioria dos refrigerantes industrializados, contem substâncias comprovadamente nocivas ao corpo e cujo consumo constante se associa a infartos cardíacos e derrames cerebrais.

Fonte: Correio do Brasil

Postado no blog Aldeia Gaulesa em 27/07/2012
Obs.: Sobre Coca-Cola postei algum tempo atrás " Pense na sua saúde antes de tomar coca-cola ". Reveja pois vale a pena!

Já viu um anjo cantando?


IMAGENS DE ANJOS, FOTOS ANJOS, RECADOS DE ANJOS, RECADOS PARA ANJOS, RECADOS ORKUT ANJOS, ANJOS PARA ORKUT, RECADOS DOS ANJOS, IMAGENS DE ANJOS, FOTOS DE ANJOS


Richard Jakubaszko


Então assista, ouça um anjo cantar... Tem 10 anos, é americana, chama-se Jackie Evancho. No primeiro vídeo, com Sarah Brightman, e depois solo, numa das mais lindas e emocionantes interpretações de "Mio babbino caro" que já ouvi na minha vida. No Youtube existem inúmeros vídeos desse anjo cantador, pesquise por "Evancho".












Postado no blog Richard Jakubaszko em 24/07/2012

Grandes heróis olímpicos


Jogos Olímpicos (Olimpíadas) - Espores - InfoEscola


São inúmeros os atletas que se destacaram nos Jogos Olímpicos desde que eles surgiram modernamente em Atenas, em 1896, por iniciativa de Pierre de Coubertin.

Mas alguns deles, como a ginasta romena Nadia Comaneci, que, com apenas 13 anos de idade, ganhou cinco medalhas de ouro nos jogos olímpicos de Montreal, em 1976, são considerados pela crítica especializada como os grandes heróis da modalidade esportiva. Veja a lista.


AMERICAN EXPERIENCE: Jesse Owens | KPBS

Jesse Owens

O negro Jesse Owens participou dos Jogos Olímpicos de 1936, em Berlim, Alemanha, onde se tornou conhecido mundialmente por ganhar quatro medalhas de ouro nos 100 e 200 metros rasos, no salto em distância e nos 4×100 metros. Quando Owens venceu a prova dos 200m ele fez uma saudação ao Comitê Olímpico Internacional e não ao ditador Adolph Hitler.


Abebe Bikila (1932 – 1973) – Who Told You

Abebe Bikila

O etíope Abebe Bikila, ex-pastor de ovelhas e capitão da Guarda Real do Imperador Hailé Selassié, foi o primeiro homem a vencer duas maratonas olímpicas e é considerado por muitos como o maior maratonista de todos os tempos. Em 1960, correndo descalço pelas ruas de Roma, chegou quatro minutos antes do segundo colocado e declarou que tinha fôlego para suportar mais dez quilômetros.


iG Colunistas – Blog Espírito Olímpico, por Marcelo Laguna ...

Nikolay Andrianov

O ginasta Nikolay Andrianov tem um lugar especial na história olímpica. Ele detém o recorde de medalhas – 15 no total, sendo que 12 em competições individuais. Nas Olimpíadas de 1976 em Montreal, ele ganhou cinco medalhas de ouro em vários aparelhos.


Sebastian Coe

Sebastian Newbold Coe

Na sua carreira no atletismo disputou as provas de meio-fundo como os 800m e 1500m. Coe venceu a prova dos 1500 metros nas Olimpíadas de Moscou em, 1980, e de Los Angeles, em 1984. Também estabeleceu ao longo da sua carreira 11 recordes mundiais.


Enfim, uma apresentação perfeita | Esporte | Notícias | VEJA.com

Nadia Comaneci

A romena Nadia Elena Comaneci, com apenas 13 anos de idade, ganhou cinco medalhas de ouro nos jogos olímpicos de Montreal, em 1976, e foi a primeira atleta a receber nota dez (desempenho perfeito). Comaneci é hoje membro de diversas associações e federações, bem como ajuda diversas obras filantrópicas.


I Am Cassius Clay by Marcelo Zarvos on Amazon Music - Amazon.com

Cassius Clay

Cassius Marcellus Clay Jr. é para muitos o melhor pugilista de todos os tempos. Mas não ficou conhecido “apenas” por isto, mas também por suas posições políticas. Atingiu o auge da fama sob o nome de Muhammad Ali, mas começou a tornar-se conhecido ao sagrar-se campeão olímpico nos Jogos de Roma, em 1960, apenas com 18 anos e ainda usando seu nome de batismo.


Emil Zatopek e o treino intervalado | Revista Atletismo

Emil Zatopek

Zatopeck já havia participado da Olimpíada de Londres em 1948, quando foi ouro nos 10.000 metros e prata nos 5.000 metros. Mas foi em Helsinque, 1952, aos 30 anos de idade, que ele conseguiu um dos maiores feitos do atletismo.

Sua façanha gloriosa começou no domingo com uma confortável vitória nos 10.000 metros, com o novo recorde olímpico de 29:17.0. Dois dias depois participava da eliminatória do 5.000 metros e na quinta-feira conquistou a medalha de ouro nesta prova com o tempo de 14:06.6. Três dias depois ele enfrentava a maratona em sua a estréia na distância. Como era “calouro”, Zatopek resolveu acompanhar os “especialistas” e acabou vencendo com o novo recorde olímpico de 2:23:04.



Larissa Latynina

A ucraniana Larissa Latynina participou de três Jogos Olímpicos (Melbourne 56, Roma 60 e Tóquio 64) representando a antiga União Soviética e neles conquistou um total de 18 medalhas olímpicas, sendo 9 de ouro, que a transformaram na maior campeã olímpica de todos os tempos. Após os Jogos de Tóquio, em 1964, onde ganhou suas duas últimas medalhas de ouro, além de mais duas de bronze, Larissa retirou-se das competições olímpicas.



Mark Spitz

Mark Andrew Spitz é o segundo maior nadador olímpico de todos os tempos e recordista de medalhas de ouro numa mesma Olimpíada, ao conquistar sete vitórias na natação em diversas modalidades, quebrando sete vezes o recorde mundial destas provas, durante os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972.


Carl Lewis | Biography, Olympic Medals, & Facts | Britannica

Carl Lewis

Willian Frederick Carlton Lewis ou simplesmente Carl Lewis ganhou 10 medalhas olímpicas, nove das quais de ouro, em Los Angeles, Seul, Barcelona e ATlanta, e 10 medalhas nos campeonatos mundiais de Atletismo, oito das quais de ouro, em uma carreira que se estendeu de 1979, quando ele alcançou uma posição na classificação mundial, até 1996, quando ele ganhou seu último título olímpico e se retirou das pistas.


Michael Phelps, pela Sports Illustrated - UOL Esporte

Michael Felps

Em Pequim 2008 a fera é o nadador norte-americano Michael Felps, que conquistou 7 medalhas de ouro, um feito que dificilmente será superado.


Cesar Cielo Filho - Swim Channel

Cesar Cielo Filho 

O brasileiro Cesar Cielo Filho nadou como nunca, bateu o recorde olímpico e ganhou o ouro nos 50 metros livres, a prova rápida do mundo na modalidade esportiva. Primeiro ouro do Brasil na modalidade em toda a história dos jogos olímpicos.





O herói olímpico esquecido






A primeira medalha de ouro do Brasil em Olimpíadas foi ganha em 1920, nos Jogos da Antuérpia, pelo tenente do Exército Guilherme Paraense.
Paraense era parte de uma equipe de sete atiradores que partiram para a Bélgica por conta própria.
Depois de 27 dias de uma viagem atribulada, passando por Portugal e Paris, chegaram a Bruxelas, onde aguardavam conexão para Antuérpia. Lá, tiveram parte das armas e da munição roubada.
Com fome e sem material esportivo, acabaram salvos pelos americanos. Impressionados com o estado lastimável dos brasileiros, os atletas emprestaram aos colegas as próprias armas.
Com 36 anos, Guilherme Paraense derrotou os americanos e conquistou o ouro, a prata e o bronze. Faleceu de enfarte, em 1968.

Guilherme Paraense (© Dodô Vieira/Divulgação)

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