A culpa é dos outros



Isha


Quantas vezes nós nos sentamos para julgar, criticar, comparar e avaliar as ações daqueles que nos rodeiam? É muito fácil de aplicar o que na Austrália chamamos a "síndrome da papoula mais alta", isto é, o desejo de cortar o que mais se eleva e colocar toda a nossa atenção em criticar as pessoas de nosso mundo que alcançaram posições de poder e sucesso. Mas o que você está fazendo para criar a paz neste momento?

Tenho uma proposta, vamos considerar que todos somos elegíveis para o Prêmio Nobel da Paz, e temos a intenção de trazer a paz para o nosso entorno. Então, quando tenhamos claro este propósito, podemos nos concentrar em dar paz interior para as nossas famílias, nossos amigos, nosso meio ambiente e, finalmente, ao nosso mundo.

Porque a paz é responsabilidade de todos os seres humanos, não é responsabilidade de nossos líderes. É uma escolha que todos estamos fazendo a cada momento. Estou me amando? Estou em paz comigo mesmo? Eu estou dando tudo que eu posso ou estou sentado no meu pedestal, enquanto analiso e julgo o exterior? A grandeza se manifesta na ação. O vitimismo espera mudar o exterior para estar seguro. Por mais difícil que possa parecer, esta é a realidade de 99% da humanidade.

Quando algo difícil ou desafiador acontece em nossas vidas, podemos percebê-lo como um obstáculo no nosso caminho ou como uma oportunidade para crescer. 


Nossa resposta a essas situações, pode transformá-las de problemas a momentos de evolução pessoal. Observe a resposta automática a criticar as circunstâncias e classificá-las como "equivocadas". Quando você faz essa escolha conscientemente, você vai ser capaz de criar algo diferente, escolher apreciar e aproveitar essas oportunidades para ser mais, para se render ao que é e confiar nos presentes que o universo está lhe brindando.

Se o seu vizinho está andando distraído, passa, e nem sequer perceber você, você pode escolher em se sentir ofendido e ignorá-lo também, ou sorrir e dizer: Bom Dia! Quando alguém deixa cair algo, temos a oportunidade de pegá-lo, ou continuar andando e ignorá-lo. Se alguém tem um problema, podemos estar presentes e oferecer nosso apoio, ou fazer vista grossa, perdidos em nossas próprias distrações. Estes são pequenos exemplos de situações cotidianas em que nossas escolhas nos mostram a nossa própria abordagem e como estamos com nós mesmos: se nos concentrarmos em nossos próprios dramas e necessidades e, como resultado, estamos focados na carência, ou se estamos abertos e disponíveis para dar, focados na abundância, na alegria de viver, e a serviço da criação da vida.

Você está aberto a sentir cada aspecto de si mesmo, para desfrutar os sentimentos de alegria e abraçar as suas tristezas, como um ser humano? Quando você está cansado e seu parceiro, amigo ou filho teve um dia ruim, você é capaz de estar lá para eles, assim como uma presença silenciosa? Ou você se sente obrigado a intervir, para tratar mudar de assunto ou mudar o humor deles, porque você se sente desconfortável, se você não fizer nada?

Fique apenas atento assistindo, no seu dia, em que áreas você pode estar mais presente, mais consciente. A partir deste espaço, qualquer ação que você executa será mais amorosa, mais cheia de paz para todos aqueles que o rodeiam. Seja como uma esponja que absorve todas as oportunidades para aprender de tudo e de todos, focado em ser cem por cento a cada momento: "Neste momento, eu escolho ser a totalidade e, a cada momento, posso ser mais, mais amor, mais liberdade, mais ser".

Eu sempre digo aos meus alunos: "Não importa o que você está fazendo: o que importa é o que você está sendo". O que você está escolhendo ser neste momento?


Postado no Somos Todos Um 


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