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Canto indígena de Bruno Pereira vira remix por André Abujamra : " chorei muito ! "





"Eu não costumo ficar profundamente triste. Quem me conhece sabe que sou muito otimista e raramente faço a tristeza me dominar, mas hoje eu quebrei a espinha! Geralmente eu faço música como uma oração! Quando vi o vídeo do Bruno chorei muito e daí fiz esse remix! Meu amigo/irmão @mauro.renui fez o vídeo! força e amor", disse num post às 23h da terça-feira (13.jun.22) na sua rede social o Multi artista, cantor, compositor, guitarrista, percussionista, pianista, produtor musical, ator e diretor de teatro e cinema, André Abujamra, filho de Antonio Abujamra, um dos maiores diretores e atores do teatro brasileiro.

Publicamos na página do Facebook do MS Notícias o vídeo em que o indigenista Bruno Pereira estava entoando um canto indígena, o mesmo usado por Abujarana para fazer o remix de homenagem. Veja como ficou:


Com samples de cordas, flautas e percussões, a multiplicação das vozes e uma profusão de sons derramados, o compositor e arranjador impulsiona o canto solitário de Bruno, um homem só no meio da floresta a que devotou sua vida, às milhões de rotações do planeta. À sua real grandeza.

O vídeo de Mauro Renui convoca os passos de Chico Mendes, Dorothy Stang entre outros tantos heróis anônimos – entre eles os indígenas donos improváveis do território – a se somarem a Bruno Pereira e Dom Philips. A música sobe em círculos e vertigens, feito um mantra.

DESAPARECIDOS

Bruno está desaparecido juntamente com o jornalista Inglês Dom Philips, desde 5 de junho, quando estavam numa expedição jornalística no Vale do Javari, região do Oeste do estado do Amazonas.

Os dois, apaixonados pela floresta, sua flora e fauna, provavelmente estão mortos, mas serão tratados como vivos por aqui até que se prove o contrário.

Ontem o vídeo de Bruno começou a circular na internet, pouco após a esposa de Dom Philips dizer à imprensa britânica que seu primo havia sido informado pela embaixada que 2 corpos foram achados amarrados em árvores. Apesar disso, a Polícia Federal no Brasil negou que os corpos pertencessem à Bruno e Dom. A PF emitiu uma nota sobre isso, veja AQUI.




 

 

Para ler clique no link abaixo :

Busca por jornalista e indigenista na Amazônia está perto do fim, diz grupo indígena







As 13 músicas que inspiram Lula

 



Gustavo Conde

A canção popular é elemento constitutivo da democracia. Toda a narrativa da história política do Brasil está atravessada pela canção popular. O Brasil é o país politicamente mais musical do mundo, uma vez que a musicalidade aqui transpira por todos os poros e praças. A política está impregnada de canção popular e a canção popular está impregnada de política e das dores que subjazem a essa política, tão afeita a golpes, aquarteladas e congêneres.

Não admira que a própria encarnação da democracia brasileira dos últimos 40 anos – um trabalhador filiado à cultura simples do povo que chegou à presidência da república – tenha uma conexão profunda com a canção popular. O “Lula ouvinte” inspira e transpira música popular. Esteve e está do lado dos maiores compositores da música brasileira desde sempre.

Chico Buarque, Gilberto Gil, Elis Regina, Gonzaguinha, Aldir Blanc, João Bosco, Zeca Pagodinho, Chico César, dentre tantos outros, fazem parte da vida política e cotidiana de Lula. A admiração é recíproca e a celebração fraternal, idem, havendo até espaço para o futebol. Procure-se imagens de Lula ao lado desses monstros sagrados da MPB e encontrar-se-á registros históricos, sensíveis e plenos de sentido democrático.

Lula é praticamente um compositor ele mesmo. O “olê, olê, olê, olá, Lula, Lula” é como que uma extensão melódica de sua presença política – a despeito de sua conexão impressionante com a canção ‘Olê, Olá’ de Chico Buarque, datada de 1966. Os discursos históricos de Lula, seu sorriso habitual, seu enunciado característico, sua verve, seu ritmo, seu ethos, seu tom conciliador, tudo isso é música para o sentido de democracia do brasileiro e é preciso que se diga isso sem meias palavras.

Como Lula é o genuíno homem do povo, não admira que sua cultura musical também seja oriunda dessa mesma dimensão. Lula ama a canção brasileira como qualquer outro cidadão brasileiro. Passou os anos de chumbo, ouvindo Gonzaguinha, Chico Buarque, Luiz Gonzaga, Elis Regina, João Bosco, Belchior, Gilberto Gil e tantos outros cantores e compositores que encarnam e encarnavam o sentido popular de maneira tão visceral.

A miséria humana de um reality show em meio a um genocídio




Gustavo Conde

Um tanto chocado com as pessoas supostamente 'progressistas' assistindo o BBB.

É uma solidão muito grande.

Assistir sociologicamente é uma coisa. Fazer isso com o Jornal Nacional, por exemplo, me parece digno. Mas torcer publicamente por um reality show subdesenvolvido? Elogiar? Sofrer?

É um mico muito grande, me desculpem os que assistem.

Alguns, a gente entende.

Por exemplo, Felipe Neto. É muito contrato de publicidade. É muita grana envolvida. E é um ganha-ganha danado. Neto promove o programa e atiça as redes com engajamento (que a Globo não tem) e a Globo devolve a Neto o tráfego digital conquistado com o milionário marketing do programa.

"Jornalistas-subestrelas-de-redes" que transitam no meio-fio da história também oferecem sua cota de colaboração para o sucesso financeiro do produto global. Pablo Vilaça, Leandro Demori e mais uns tantos parecem viver para o BBB. Torcem, se emocionam, gritam, se animam, comemoram.

Enquanto isso, mais 4 mil pessoas morrem no país.

"Ah, mas que chatice ficar pegando no pé dessas pessoas legais!"

Eu não vivo num concurso de beleza, caras-pálidas. Tenho até medo de agradar - porque se eu "agradar", num país como esse, é porque alguma coisa estará errada comigo.

Para completar a miséria do momento, o engajamento anônimo pelo BBB invade as raias do constrangimento cognitivo.

O usuário de rede vai lá e comenta sobre o programa como se fosse uma subcelebridade do subjornalismo digital. É como tentar participar de uma festa para a qual você nunca foi e nunca será convidado.

"Fulano foi eliminado, yes!". "Que aula de cidadania do Leifert!". "Fulana vai ganhar um milhão, viva!"

É uma incomensurabilidade de clichês.

E para quê tudo isso, do ponto de vista psiquiátrico - com todo o respeito? Para se obter um sentimento de "pertença", para se sentir importante comentando uma coisa que todo mundo comenta porque todo mundo comenta.

Comentar BBB nas redes sociais é o processo cognitivo mais degradante e asqueroso que a tristeza e o azar do testemunho trágico podem oferecer neste momento. É pior que ser bolsonarista.

"Ah, mas você está comentando".

Sim, eu desci ao esgoto para manifestar minha repulsa a esse teatro dos horrores e a toda engrenagem que o permite subsistir.

O programa fetichiza (não "denuncia") todas as chagas contemporâneas da desumanização aplicada: racismo, homofobia, misoginia, machismo e todas as demais fobias trágicas de um tempo trágico.

O BBB é a expressão máxima do bolsonarismo. É um dos vetores midiáticos que permitiu a ascensão de Bolsonaro. É a matriz do cancelamento, a fonte da breguice, a arena das bestialidades, do ódio, da dissimulação.

Muito intelectual nesse país vibra com o BBB - eis a chave para entender porque temos duas cepas de intelectuais: uns que produzem a melhor ciência e a melhor crítica do mundo (pergunte se Miguel Nicolelis assiste ao BBB) e outros que são pura fachada (em geral, os colunistas da Folha, que participam de um clube privê de publicações e favores).

O Brasil já está massacrado demais por essa elite branca da Rede Globo e por esse governo catastrófico de Bolsonaro. O estrago cognitivo que já é imenso, com o BBB ganha ares de dramaticidade tenebrosa.

Seria demais pedir que as pessoas verdadeiramente progressistas largassem um pouco a Globo e olhassem mais para o próprio umbigo e para o próprio país?

Enfim, pedir não custa nada.




Nota

O querido Gustavo Conde, apenas, externou toda a indignação e revolta que, também, nós estamos sentindo com as 340 mil vidas perdidas e a volta da fome, consequências diretas do governo Bolsonaro. A globo e programas como o bbb levam à desinformação, à alienação e às fake news, que resultaram na eleição desta " pessoa " que é presidente do país. ( Rosa Maria - editora do blog )






A miséria humana de um reality show em meio a um genocídio




Gustavo Conde

Um tanto chocado com as pessoas supostamente 'progressistas' assistindo o BBB.

É uma solidão muito grande.

Assistir sociologicamente é uma coisa. Fazer isso com o Jornal Nacional, por exemplo, me parece digno. Mas torcer publicamente por um reality show subdesenvolvido? Elogiar? Sofrer?

É um mico muito grande, me desculpem os que assistem.

Alguns, a gente entende.

Por exemplo, Felipe Neto. É muito contrato de publicidade. É muita grana envolvida. E é um ganha-ganha danado. Neto promove o programa e atiça as redes com engajamento (que a Globo não tem) e a Globo devolve a Neto o tráfego digital conquistado com o milionário marketing do programa.

"Jornalistas-subestrelas-de-redes" que transitam no meio-fio da história também oferecem sua cota de colaboração para o sucesso financeiro do produto global. Pablo Vilaça, Leandro Demori e mais uns tantos parecem viver para o BBB. Torcem, se emocionam, gritam, se animam, comemoram.

Enquanto isso, mais 4 mil pessoas morrem no país.

Em curso um golpe antijurídico para salvar a parcialidade de Moro. Por Lenio Streck


Sérgio Moro e Lenio Streck


Publicado originalmente no site Consultor Jurídico (ConJur)


LENIO LUIZ STRECK

Este texto poderia ter apenas algumas linhas. Elas comprovam o lawfare. O uso político-estratégico do Direito pela Lava Jato.

Leiamos a matéria da ConJur que se mostra fiel aos fatos ocorridos nos dias da prisão de Lula (aqui):

No dia 7 de abril de 2018, a procuradora Lívia Tinoco, diretora cultural da Associação Nacional dos Procuradores, parafraseava o ex-presidente Lula, que, antes de se entregar para ser levado à sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, Lula disse: “Fico imaginando o tesão da Veja colocando a capa comigo preso. Eu fico imaginando o tesão da Globo colocando a minha fotografia preso. Eles vão ter orgasmos múltiplos”.

Tinoco então escreve em um grupo com procuradores, a sua versão parafraseada:

TRF, Moro, Lava Jato e Globo tem um sonho: que Lula não seja candidato em 2018 […] E o outro sonho de consumo deles é ter uma fotografia dele [Lula] preso para terem um orgasmo múltiplo, para ter tesão”.

(…)
 
“Língua felina [ferina]! tomou umas no churras e ainda não passou. Bebeu nada. Tá espertão. Disse que vai cumprir o mandado. Sim. Vai se entregar. Falando que não tem mais idade para pedir asilo”.

Poderia parar. Todas mensagens reveladas por autorização do STF são autoexplicativas.

Mas, por dever de professor, advogado e ex-procurador de Justiça, sigo. Para dizer que li, estarrecido que:

“Ganha corpo no meio jurídico tese alternativa capaz de cravar a suspeição de Sergio Moro, porém sem devolver os direitos políticos a Luiz Inácio Lula da Silva. No STF, por exemplo, alguns ministros entendem que, pelo fato de a condenação do ex-presidente no caso do sítio em Atibaia ter sido assinada pela juíza Gabriela Hardt, a eventual suspeição do ex-juiz da Lava Jato não anularia esse veredicto, apesar de Moro ter tocado parte do processo: Lula permaneceria barrado das eleições. O caso deve ser julgado ainda neste semestre no Supremo.”

Sim, li isso na Coluna do Estadão. A questão é que não se trata de uma “tese alternativa” no “meio jurídico”. Trata-se de uma “tese” política. Simples assim. Há que ser direto. Cada coisa tem um nome.

Essa pretensa “tese alternativa” (sic) não passa de um puxadinho hermenêutico que rebaixa o Direito à política. Coloca o Direito na segunda divisão. Se fizerem isso, abriremos mão de qualquer ideia de institucionalidade.

Por quê? Ora, não sou ingênuo. Porque é Lula (lembremos da fala da procuradora Lívia Tinoco). É óbvio. O problema? Para o Direito, não deve importar quem é o réu. Esse é o grande ponto. Dizem que aqueles que se opõem à conduta antijurídica de Moro “defendem Lula”. Ora, quem “luliza” a questão é justamente quem dá um jeito de defender o que fez o juiz Moro. Ou de deturpar princípios básicos que fazem o Direito ser o que é, para dar uma volta toda e achar uma “solução” que não desagrada os politiqueiros — sob pena de não solucionar nada.

O que estão tentando fazer é enterrar o processo penal. Bom, se pensarmos bem, parte da dogmática processual penal brasileira (hoje tomada por facilitações e discursos prêt-à-porter) nunca se preocupou, mesmo, com as garantias. Nas faculdades não se ensina processo penal. Ensina-se uma péssima teoria politica de poder. As faculdades formam pessoas que, fossem da área médica, fariam passeatas contra vacinas e contra antibióticos. Aliás, nunca foram formados tantos reacionários e fascistas nas faculdades de Direito como nos últimos quinze anos.

Se vingar a “tese alternativa” (sic), as garantias constitucionais podem ser dispensadas. Parcialidade já não é parcialidade. Querem cindir o momento da produção daquele pertinente à avaliação da prova. Ora, respondo: um juiz suspeito, parcial, que articulou com a acusação a condenação de réus, contamina todo o processo.

Ora, é bom que os adeptos da tese do “puxadinho” saibam que a questão é bem mais complexa em termos processuais:

(i) Todas as mensagens mostram que houve conluio entre juiz e acusação. Isso está cravado, para usar a linguagem do Estadão.

(ii) Assim, se o juiz se fez de acusador, já na própria investigação feita pelo MPF existe uma ilicitude originária.

(iii) Isto porque tanto a investigação como a denúncia e a instrução processual (esta presidida por Moro) são nulas, írritas.

(iv) Não há puxadinho que resolva, com ou sem a juíza Hardt.

(v) E não se diga que as mensagens são produto de prova ilícita. A uma, o ministro Lewandowski já falou que foram periciadas; a duas, porque mesmo ilícitas, ainda assim podem ser utilizadas a favor da defesa, como se aprende em qualquer faculdade, mesmo nessas que formam reacionários.

A tese do “puxadinho”, baseada, segundo a coluna do Estadão, no fato de que foi uma juíza quem condenou — no caso do sítio de Atibaia — com base nas provas de outro juiz e que, por isso, haveria dois tipos de análise, é processualmente inconsistente e inconstitucional. Quer dizer, se entendi bem, se um juiz faz de tudo durante a investigação do MP e continua fazendo na ação penal, combinando prova com a acusação e quebrando acordos internacionais (para dizer pouco), basta que, depois, venha outro e prolate a sentença, copiando, inclusive a do antecessor? É isso mesmo?

Vamos falar a sério. Judge Moro’s bias: let’s take it seriously, para imitar o título de um livro de Dworkin, Taking Rights Seriously. E vamos levar a sério isso que estou dizendo sobre levar a sério o Direito. Quem pensa que o Direito não vale nada e que é só uma instrumentalidade, peço que pense no futuro. E, quem sabe, possa dar uma chance ao rule of law. Um rule of law de verdade e não o “rollo off law” praticado pelo juiz Moro.

Numa palavra: não dá para salvar o insalvável.

POST SCRIPTUM: De como o procurador Dallagnol confessa que o processo foi político! E chama garantias de “filigranas”!

Vamos falar a sério? O acusador chama o réu, desdenhosamente de “nove”, fazendo alusão ao dedo do réu que foi cortado em acidente de trabalho. Normal?

Juiz e acusadores fazem parte de um grupo de discussão; o juiz informa que decretou prisão temporária de um réu e que para a preventiva precisa melhorar. Normal?

Um procurador diz que o vazamento das conversas de Lula e Dilma eram ilícitas (Andrey Mendonça); Dallagnol diz: isso é filigrana dentro do contexto maior que é política (sic); outro procurador, Januário, também diz que que contestar o vazamento é “filigrana”. Normal?

O grupo de discussão era tão unido que o juiz pergunta ao procurador DD se não era caso de pedir à Ajufe fazer nota oficial. Normal?

E tem mais. Muito mais. Muito mais. A mensagem transcrita no início deste artigo, de responsabilidade da procuradora Lívia, nada mais faz do que dar o tom do imaginário força tarefa e operação lava jato. Parcialidade na veia.

Registro importante: tudo o que falei aqui é material periciado. Portanto, é oficial, é verdadeiro. Deveria haver uma tarja nesse dossiê: “É expressamente proibido mostrar este material para professores de processo, constitucionalistas e estudantes de direito”.

E bula: Se persistirem os sintomas, a Constituição deverá ser consultada!





Lenio Streck

Lenio Luiz Streck é um jurista brasileiro, conhecido principalmente por seus trabalhos voltados à filosofia do direito e à hermenêutica jurídica. É professor dos cursos de pós-graduação em Direito da Universidade do Vale do Rio dos Sinos e atua como advogado. Wikipédia









Em curso um golpe antijurídico para salvar a parcialidade de Moro. Por Lenio Streck


Sérgio Moro e Lenio Streck


Publicado originalmente no site Consultor Jurídico (ConJur)


LENIO LUIZ STRECK

Este texto poderia ter apenas algumas linhas. Elas comprovam o lawfare. O uso político-estratégico do Direito pela Lava Jato.

Leiamos a matéria da ConJur que se mostra fiel aos fatos ocorridos nos dias da prisão de Lula (aqui):

No dia 7 de abril de 2018, a procuradora Lívia Tinoco, diretora cultural da Associação Nacional dos Procuradores, parafraseava o ex-presidente Lula, que, antes de se entregar para ser levado à sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, Lula disse: “Fico imaginando o tesão da Veja colocando a capa comigo preso. Eu fico imaginando o tesão da Globo colocando a minha fotografia preso. Eles vão ter orgasmos múltiplos”.

Tinoco então escreve em um grupo com procuradores, a sua versão parafraseada:

TRF, Moro, Lava Jato e Globo tem um sonho: que Lula não seja candidato em 2018 […] E o outro sonho de consumo deles é ter uma fotografia dele [Lula] preso para terem um orgasmo múltiplo, para ter tesão”.

(…)
 
“Língua felina [ferina]! tomou umas no churras e ainda não passou. Bebeu nada. Tá espertão. Disse que vai cumprir o mandado. Sim. Vai se entregar. Falando que não tem mais idade para pedir asilo”.

Poderia parar. Todas mensagens reveladas por autorização do STF são autoexplicativas.

Mas, por dever de professor, advogado e ex-procurador de Justiça, sigo. Para dizer que li, estarrecido que:

Importante e emocionante Live. Veja !


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Live do Conde : Brasil brinca com a pandemia







Crítica de Zé de Abreu a Regina Duarte é a chave para se vencer o fascismo


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Zé de Abreu e Regina Duarte


" Zé de Abreu mobiliza mais as redes do que toda a esquerda junta, por isso assusta. Ele fala a língua do povo, aquela língua que o povo esqueceu de falar. A língua direta, não intelectualizada, não viciada na estética narcísica do bom mocismo. A língua fragmentária e suja, que arranca o sentido à fórceps e o serve na bandeja sangrando ", diz o colunista Gustavo Conde sobre o ator Zé de Abreu e seu ativismo político.


Gustavo Conde


A crítica do ator José de Abreu à Regina Duarte provocou reações no establishment politicamente correto. Houve até quem escrevesse um artigo no jornal Folha de S. Paulo para acusá-lo de "machista". O instinto oportunista de gente autoproclamada ‘correta’ é das venalidades mais comoventes - e a imprensa hegemônica é o picadeiro ideal para que se desfile esse ódio recalcado. 

Zé de Abreu mobiliza mais as redes do que toda a esquerda junta, por isso assusta. Ele fala a língua do povo, aquela língua que o povo esqueceu de falar. A língua direta, não intelectualizada, não viciada na estética narcísica do bom mocismo. A língua fragmentária e suja, que arranca o sentido à fórceps e o serve na bandeja sangrando. 

A diferença é que Zé defende a democracia e combate o fascismo. Isso já o coloca na linha de frente nessa batalha assimétrica contra nazistas e contra a boçalidade tacanha dos sem-subjetividade. 

Zé é o nosso bastardo inglório, o combatente insano, o soldado capaz de cravar - metaforicamente - uma suástica na testa de um imbecil subdesenvolvido que pensa que é nazista mas é só um fanático abestalhado, saudoso da ditadura e apoiador de torturadores. 

Sem Zé de Abreu, o Brasil vira um campo de concentração retórico à espera bem comportada e civilizada do auto aniquilamento. 

Alguém esqueceu de contar para a esquerda brasileira que o inimigo extremista de direita, em permanente guerra pelo poder, é um assassino sempre covarde e sempre mentiroso, capaz de forjar atentados para se auto vitimizar, capaz de mentir obsessivamente, capaz de cometer qualquer espécie de crime, capaz de ignorar a dor e a desgraça de quem quer que seja e capaz de contar com os serviços sempre à disposição do nosso jornalismo passador de pano. 

É por isso que o exército digital do bolsonarismo teme tanto Zé de Abreu. Eles sabem que a esquerda heroica lhes é útil na mobilização da anti-subjetividade e nem se dão mais ao esforço de mover um músculo para dissuadi-la desta missão gloriosa e autoimposta. 

Esse exército bolsonarista, no entanto, entra em pânico quando se depara com um Zé de Abreu, porque o ator mexe nas profundezas daquilo que restou de humano nessa horda entreguista. Eles sabem que Zé carrega o DNA da mobilização digital, pois ele se pinta para a guerra, não fica posando de bom moço. 

As reações de nazistas digitais a Zé de Abreu nas redes é um capítulo à parte. O desespero é tanto que eles se utilizam de táticas improváveis e desorganizadas. Um bolsonarista típico, por exemplo, é capaz de se tornar feminista apenas para atacar Zé de Abreu. Não é um feito? 

Chegam ao extremo de atacar o linguajar supostamente pouco educado de Zé, fazendo uso - no entanto - de uma linguagem de esgoto, onde grassa o calão explícito e o insulto histérico. Unem-se à esquerda Nutella - que também critica Zé de Abreu mas com a educação pegajosa dos covardes traidores - apenas para defenderem a “fragilidade feminina” da “namoradinha do fascismo” (também conhecida agora nas redes como “rainha da suástica”). 

Qual ativista de esquerda hoje no Brasil atinge tal desenvoltura em desestabilizar o sistema? 

Os áudios de Zé

O ator, no entanto, é muito mais sofisticado do que faz parecer sua espontaneidade. Zé de Abreu está acima dessas reações que bajulam o sistema podre da crítica social de vitrine. Os áudios que ele enviou à coluna de Mônica Bergamo na mesma Folha de S. Paulo são antológicos. Suas transcrições são para serem lidas e relidas por várias décadas, como registro verdadeiramente crítico da covardia existencial que arrastou o Brasil para o lixo humano que é o bolsonarismo.

Zé de Abreu usa o léxico, o tom e a semântica assustadoramente adequados para o momento. Sua crítica à Regina Duarte é, em verdade, zero machista e 100% política. E é irrespondível.

A "secura" de seu discurso direto é um soco bem dado na enrolação das argumentações intelectuais de conciliação, tão glamourosas quanto inúteis.

Zé de Abreu é ainda uma lição na esquerda bem comportada que quer parecer "boazinha" e "justa". Ele é tudo o que o Brasil precisa neste momento: cuspir em fascista e denunciar e expor a imundície de homens e mulheres que se aliam ao terror.

A minha posição nesta tarefa que é mostrar quais são os sentidos verdadeiramente subscritos na fala e no discurso de Zé de Abreu é técnica. Tratarei, aqui, de seus enunciados de posse das teorias contemporâneas da linguística - e não nesse achismo vagabundo que perambula nas hostes do “bolsonarismo crítico” travestido de “pensatas ensaísticas”, afundadas num idealismo tacanho de justiça de gênero que querem rebaixar Zé de Abreu a Pedro Bial. 

E se meu tom ‘estala’ o radar da passionalidade frívola nos leitores mais sensíveis, permitam-me dizer: é exatamente isso que quero. A técnica não é incompatível com a paixão. Para desfibrilar a burrice que assombra a interpretação de texto neste país, só mesmo com um choque de 300 joules. Sem isso, o coração leitor congela e trinca. 

Feitas as advertências gerais, passemos a outras: falemos um pouco do sentido - antes de debruçarmos sobre os fragmentos textuais de Zé de Abreu que chocaram a elite acadêmica lambuzada em álcool gel. 

O sentido, meus corajosos leitores, não está no dicionário. Ele está em vários outros lugares. Está, fundamentalmente, na subjetividade - na prática de se auto identificar como sujeito o tempo todo sem cessar.

O sentido, portanto, não está só no enunciado, está em quem enuncia. Uma mesma frase terá - obrigatoriamente - um sentido na boca de um fascista e outro, na boca de um não fascista.

Objetar a frase dita por um não fascista a imaginando na boca de um fascista pode ser um exercício interessante. Mas não encerra o debate sobre o que pode ou não ser dito, por quem quer que seja. 

O sentido não pode ser "particionado". É preciso ver o conjunto da obra. É esse conjunto que fornece a chave para se interpretar um enunciado singular. Querer patrulhar o discurso a ponto de ignorar sua heterogeneidade é um gesto tão fascista quanto demonizar um sujeito por seu sexo biológico (que, segundo Zé de Abreu e Jacques Lacan, inexiste - no que eu concordo com ambos). 

Enunciados sempre “pegam mal” ou “pegam bem”. Se destacados, eles pegam "tudo". E essa dor interminável de tentar achar a estratégia correta para tudo na vida é a armadilha fácil que fascina as mentes perplexas das vítimas conscientes do fascismo. 

A espontaneidade de Zé - com todos os riscos embutidos - é muito mais consequente do que o medo imperativo dos que servem de polícia para o próprio discurso. 

Esse é - ao menos, para mim - o ponto. 

Claro que Zé de Abreu pode "escorregar", como qualquer um de nós. Mas a coragem dele me interessa mais enquanto possibilidade de um discurso disruptivo, que fustigue a imbecilidade mecânica e previsível contida nas pílulas de horror do discurso bolsonarista. 

Como linguista eu tenho plena consciência da toxicidade histórica de certos enunciados - e da respectiva necessidade de se evitá-los. 

Mas para toda a generalidade, há exceções, até no universo do discurso. 

A linguista francesa Jacqueline Authier-Revuz tem uma frase emblemática sobre esse aspecto da linguagem. Ela diz: "a língua não é idêntica a si mesma". É enunciado teórico-técnico pleno da paixão (paixão pelo humano e pela técnica) e pode ser um ponto de partida para muitas coisas.

Vejamos, a seguir, a transcrição dos áudios polêmicos de Zé de Abreu extraída da matéria de Mônica Bergamo para o jornal Folha de S. Paulo:

“Fascista não tem sexo. Vagina não transforma uma mulher em um ser humano. Eu não vou parar. Eu sou radical mesmo e estou num caminho sem volta.”

Zé de Abreu foi mais rigoroso do que Roland Barthes e Simone de Beauvoir juntos: fascista não tem sexo. É esse enunciado que reveste a frase seguinte, que ‘estalou’ em ouvidos com síndrome da lacração. 

Como criticar Zé de Abreu por falar a palavra “vagina”, se uma nazista-evangélica faz isso todos os dias diante da nossa macunaímica preguiça intelectual? Alguma mulher ou homem ou gay tem alguma dúvida de que não é a genitália que determina sua sexualidade dominante de um indivíduo? Cem anos de psicanálise não serviram para nada? 

O enunciado de Zé de Abreu precisa ser interpretado como ‘enunciado do Zé de Abreu’, não como enunciado de um nazi-machista genérico, serviçal da besta-fera que se instalou no Planalto. Se se trocar o enunciador, troca-se o sentido, óbvio. Objetivamente, o ator está: 1) referindo-se à Regina Duarte, uma pessoa que se aliou a um governo nazista que defende a tortura e 2) dizendo que humanizar Regina porque ela tem uma vagina é uma operação hedionda: ninguém se torna humano ou deixa de ser humano pela genitália que ostenta entre as pernas, mas pelo que diz e pelo o que faz. 

Qual a novidade no enunciado de José de Abreu? O choque é pelo tom? Pela secura?

É emblemático que uma esquerda cheirosa se queixe de um discurso tão direto: tudo o que eles parecem buscar nesse momento é se esconder nas reentrâncias do próprio medo. 

Vamos ao próximo trecho (lembrando que são transcrições da fala de Zé de Abreu e não um texto redigido com as veleidades covardes de pretensos redatores): 

"Não existe sexo [homem ou mulher]. Quem apoia miliciano, homofóbico, torturador, pra mim nem humano é. [Quem apoia o Coronel Brilhante] Ustra, [o ex-ditador do Paraguai Alfredo] Stroessner [já elogiados por Jair Bolsonaro]. Você sabe quem foi Stroessner! Torturador, pedófilo, estuprador de crianças, narcotraficante. Ele tinha uma rede de pessoas que pegavam crianças pobres para serem estupradas."

Nem sei se esse trecho precisa de análise. Alguma restrição? Alguém se sentiu ferido, tonto, com vertigem? A direção é simples: ver Regina Duarte assumir uma secretaria de um governo que ostenta os valores descritos acima é um caso digno de pena? Ou de indignação? Será mesmo viável, a essa altura dos acontecimentos, protegê-la sob o simulacro de imagem fragilizada de “mulher”? Mulher pode ser fascista, afinal? É a democracia de gênero do fascismo?

Zé de Abreu se pergunta: ser mulher exime um ser humano da prática do fascismo? 

É lícito que as marcas do enunciado podem fazer emergir o rastro de um machismo estrutural que, é bom lembrar, é comum a todos nós, homens e mulheres. Mas o tema aqui é fascismo, não machismo. Se não soubermos mais postular uma mínima hierarquização temática de um simples enunciado, é melhor abdicarmos da possibilidade da arte e do debate público. É como banir todos as novelas de Shakespeare porque ele era misógino. É como banir toda a obra de Monteiro Lobato, porque ele era racista. 

Zé de Abreu é um artista. Seu discurso obedece à expressividade polifônica de um ator. Sua teimosia retórica expõe suas vísceras enquanto combatente político destituído do medo pequeno-burguês que esmaga a sociedade brasileira neste turno fantasmagórico de psicopatas no poder. O fato de ele não ter medo de ser patrulhado é uma virtude, não um defeito. Não neste momento histórico. 

Vamos para mais um trecho de Zé de Abreu: 

"Como é que uma pessoa dessas [referindo-se a Regina Duarte, que apoia e integrará o governo de Bolsonaro]... não, eu tô indignado. Não dá para respeitar quem apoia o Bolsonaro. Eu não tenho o menor respeito. Para mim não interessa se é homem ou mulher. Não pode. Não pode. Fascista a gente trata no cuspe. Não há como considerar o fascista um ser humano. E quem apoia fascista, fascista é."

Mais claro, mais humano, mais direto, impossível. É desse ethos que o brasileiro auto identificado como progressista se ressente. Há possibilidade de relativizar a monstruosidade de Bolsonaro e de Regina Duarte? É possível minimizar os efeitos assassinos de suas condutas? É crível usar meias palavras ou eufemismos envernizados para se referir a esse consórcio famigerado de terror e mentira? 

Eu adverti que faria uma análise técnica e reitero: as palavras acima são técnicas. Não se pode tergiversar diante de monstros torturadores com suas subjetividades assombradas e interrompidas. É suicídio. É suicídio ético e é suicídio crítico. 

Zé de Abreu prossegue, ilustrando o horror: 

"É aquela história: tem 11 pessoas numa mesa. Senta um fascista e ninguém se levanta. São 12 fascistas. Não tem como respeitar. Sinto muito. Eu sou radical mesmo e estou num caminho sem volta. E não me arrependo.

Os gays me ligam, me mandam Whatsapp. Aquilo que eu postei, que [maquiadores e cabeleireiros] tiraram as rugas, os cabelos brancos, que costureiros fizeram roupas para esconder as banhas [de Regina Duarte] não é uma criação minha. As pessoas me ligam apavoradas, entendeu? Como é que pode uma atriz participar de um governo desses? É um negócio de louco. Ela diz que recebeu um chamado divino. Porra, é contra índio... ah, não dá. Desculpa. Mas é muito difícil."

Esse ritmo digressivo e fragmentário, típico da oralidade, em Zé de Abreu, acentua o caráter fortemente reativo de sua resposta ao nazi-fascismo. É uma aula de ética. Com essa trepidação discursivo-gramatical, Zé de Abreu demonstra muito mais eficiência persuasiva que os intelectuais mofados que agonizam contemporizando o ódio. 

Se não fizer trepidar o discurso, nada acontece. Zé de Abreu emociona por isso, porque ele não tem medo de se expor e porque ele nos brinda com um texto necessariamente desorganizado, já que a sociedade brasileira e o debate público estão ambos mergulhados em profundo caos político, social e cognitivo. Só um ator como Zé de Abreu para restituir a energia crítica presente no testemunho traumático de suportar um repositório de bestalidade que preside avacalhadamente um país.

Ele segue: 

"Desde que a Regina foi ao Bolsonaro na eleição [para apoiá-lo, em 2018], camareiros, maquiadores, costureiros, todos me falavam “o que essa mulher vai fazer ao apoiar um homofóbico?”. Falei isso para ela. Mandei recados para ela."

Aqui, o ator apenas relata o pânico de profissionais da TV que trabalharam com a atriz que se aliou ao fascismo. Ele faz mais: manifesta lealdade às relações profissionais que mantinha com a atriz a alertando do suicídio moral que ela estava prestes a cometer ao apoiar oficialmente um apologista do ódio. 

A fala de Zé chega a ser delicada. É a fala de alguém que buscou ‘salvar’ uma pessoa, não o contrário. Como chamar um discurso assim de discurso de ódio? De discurso machista? Zé de Abreu não é um bajulador vendido e histérico como Pedro Bial, Zé de Abreu é a sinetinha básica para aqueles que perderam a noção.

Mais um trecho: 

"Sou, talvez, sim, machista, misógino, por uma educação [que recebi], pela sociedade. Mas a cada dia eu tento “mulherar”. A cada dia eu sou menos machista, menos misógino. E tenho certeza disso.

(...)

Minhas esposas podem testemunhar o meu comportamento. E são várias. Eu piso na bola às vezes. Mas, numa boa, se há um homem que procura “mulherar” a cada dia sou eu.”

Zé de Abreu foi atacado por muitas pessoas que se dizem feministas. Eu gostaria que essas pessoas lessem esse trecho de sua fala. Zé demonstra ser alguém que tem consciência do machismo estrutural que nos é peculiar a todos. Ele combate esse machismo com humildade confessional e ainda afirma que esse monitoramento de si nunca será suficiente. 

Faz uso de um neologismo poderoso que é a expressão ‘mulherar’. Um ‘tornar-se mulher’ permanente, que tire o homem e a sociedade do lodaçal misógino que grassa no universo de Regina Duarte, Damares Alves e Pedro Bial, este sim, um machista despudorado que atacou covardemente a diretora Petra Costa, num espetáculo grotesco de misoginia, inveja, despeito e subserviência. 

O universo feminista é heterogêneo. Tem muitas correntes e disputas internas. Seria muito arriscado de minha parte dizer “o feminismo” ou “as feministas”. Mas façamos um esforço técnico de abstração temporária: alguma feminista de alguma corrente do feminismo poderia dar uma chance à materialidade do texto e reconhecer publicamente que Zé de Abreu é um sujeito da história que enaltece o direito inalienável, político e subjetivo da mulher? 

Deixo a resposta em aberto para os corajosos leitores que até aqui chegaram, acrescentando um último trecho da fala de Zé de Abreu: 

“Eu não vou parar. Não vou parar. Eu sei que estou certo. A minha consciência diz que eu estou certo. E eu vou continuar nessa."

Zé de Abreu é o mais prodigioso registro em resposta ao espancamento cognitivo a que o Brasil foi lançado, com a doença social chamada antipetismo na linha de frente das abominações genocidas. 

Seu discurso espontâneo, demasiadamente humano, revela a dor que pulsa na medula política de todos nós que ainda quedamos paralisados diante da promiscuidade anti-existencial das hordas nazi-fascistas do bolsonarismo e do morismo. 

O ethos de Zé de Abreu é um imperativo para se vencer o nazi-fascismo. O nazi-fascismo foi vencido com uma guerra. O nazi-fascismo brasileiro não será vencido com uma eleição, pelo simples fato de que nazistas não aceitam derrotas no campo da democracia. 

Quanto mais tentarmos entender o bolsonarismo, mais seremos contaminados por ele. Bolsonarista não se adota, não se ausculta, não se tolera. Bolsonarista tem de ser esmagado, enfrentado, afrontado. A segunda opção, nesses casos, é aceitar o próprio extermínio, gesto pouco atrativo na minha modesta opinião. 

Zé de Abreu é o antídoto que todos procuramos em vão nesses últimos anos cascudos de perseguição institucional à democracia e à vida. É preciso falar de Zé, é preciso falar com Zé, é preciso replicar as falas de Zé. 

Seu detratores são assaz violentos e gozam, agora, da companhia de luxo de setores da esquerda de grife. Mais um feito para Zé, porque assim ele implode mais esse sistema ideológico avacalhado de falsos progressistas. 

Mil vivas a Zé de Abreu. Que ele jamais pare.






Lula candidato oficial ao prêmio Nobel da Paz !







O presidente da Bolívia, Evo Morales, usou o Twitter para comemorar e saudar o ex-presidente Lula pela sua indicação para o prêmio Nobel da Paz. 

Na postagem, reproduzida pelo perfil do ex-presidente Lula na rede social, Morales disse "saudar e apoiar a postulação do irmão @LulaOficial ao prêmio Nobel da Paz por sua incansável luta pela democracia, o diálogo e a inclusão social. Lula é um campeão na luta contra a pobreza e a exclusão, com dignidade".

O pleito de Lula ao prêmio máximo da Academia Sueca foi confirmado esta semana. A candidatura de Lula, que é mantido como preso político em Curitiba, recebeu o apoio de mais de 600 mil pessoas em todo o mundo, desde cidadãos comuns até chefes de Estados e ganhadores do prêmio em edições anteriores.


Postado em Brasil 247 em 24/02/2019





Postado em Gustavo Conde em 22/02/2019



Conhecendo Fernando Haddad

















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Sonho Impossível  

( Em português não é bem uma tradução e sim uma versão brasileira da original em inglês )


Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender

Sofrer a tortura implacável 
Romper a incabível prisão 
Voar num limite improvável 
Tocar o inacessível chão 

É minha lei, é minha questão 
Virar este mundo, cravar este chão 
Não me importa saber 
Se é terrível demais 
Quantas guerras terei que vencer 
Por um pouco de paz 

E amanhã se este chão que eu beijei 
For meu leito e perdão 
Vou saber que valeu 
Delirar e morrer de paixão 

E assim, seja lá como for 
Vai ter fim a infinita aflição 
E o mundo vai ver uma flor 
Brotar do impossível chão 















Gustavo Conde homenageia Raul Seixas