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A saga de Jesus : o palestino perseguido por Israel


Cristo palestino na Igreja Luterana de Belém


Devido à sua origem palestina, Jesus também foi acusado de “terrorismo”, mesmo sem nunca ter utilizado qualquer tipo de arma. Era “persona non grata” em Israel.



Jesus nasceu em Belém, cidade localizada em um território palestino ilegalmente ocupado por Israel. Como a região não era amistosa para recém-nascidos, haja vista o crescente número de ataques israelenses que matavam, principalmente, crianças; os pais de Jesus – Maria e José – consideraram melhor migrar para o Egito. Na época, uma ministra de Israel, inclusive, chegou a afirmar estar orgulhosa com as “ruínas na Palestina” provocadas pelo exército israelense.

Aos 30 e poucos anos, depois de viver em diferentes campos de refugiados, Jesus voltou à região. Como muitos migrantes, foi tentar a sorte em Israel, mais precisamente em Jerusalém, outra área ilegalmente ocupada. A ele se juntaram doze indivíduos, depois chamados “discípulos”, também pertencentes à classe baixa. Por causa da origem humilde, eram constantemente importunados pela polícia. Além disso, por serem palestinos, tinham o status de cidadãos de segunda classe, assim como todos aqueles que não fossem brancos e israelenses. Com frequência eram acusados de formar uma “organização terrorista”.

Inconformado com a ordem vigente, Jesus, acompanhado de seus amigos, começou a pregar, pacificamente, em favor da justiça social, tanto em Israel quanto na Palestina. A princípio, as autoridades israelenses não levaram a sério os discursos de Jesus, consideravam só mais um “comunista”, “cabeludo utópico” e “subversivo”.

No entanto, à medida que cresceu a popularidade de Jesus entre os pobres, ele passou a incomodar os poderosos e os autointitulados “cidadãos de bem”. Seus discursos pacifistas contrastavam com as ideias de um conhecido líder que defendia o armamento da população, mais conhecido por seus fanáticos seguidores como “mito”.

Em duas ocasiões, como Israel proibiu a entrada de ajuda humanitária para os palestinos, Jesus promoveu a multiplicação de pães e peixes para alimentar as multidões que o acompanhavam. Os cidadãos de bem viram aquilo com desconfiança, pois, para eles, é melhor ensinar a pescar do que dar o peixe.

Certa vez, ao impedir que uma mulher acusada de adultério fosse apedrejada, Jesus foi rotulado como “defensor de bandido”. Um dos homens que ameaçou iniciar o apedrejamento chegou a dizer à mulher, supostamente adúltera, que só não a estuprava porque ela não merecia.

Ao visitar o templo de Jerusalém, Jesus observou a verdadeira face do uso comercial da religião. Um dos sacerdotes vendia águas ungidas, segundo ele, com propriedades que curavam doenças. Outro, comercializava toalhas supostamente milagrosas. Já um líder religioso, mais ousado, vendia terrenos no céu. Tal como na música de Zé Geraldo, naquele templo, Deus também não podia entrar. Em contrapartida, seu maior “rival”, Lúcifer, era sempre bem-vindo. Furioso, Jesus se esforçou para expulsar os vendilhões do templo.

Por lá também havia um estranho ritual de idolatria a uma espécie de roda primitiva (muitos séculos depois, com os avanços tecnológicos, os adeptos dessa seita passaram a ter outro objeto de culto: um pneu de caminhão).

Pelo histórico de Jesus em defesa da justiça social, denúncias do massacre de seu povo, gestos de caridade e falas constantes contra os ricos; parlamentares conservadores, integrantes do Movimento Israel Livre (MIL), propuseram a criação de uma CPI contra o palestino. Os “cidadãos de bem” não suportavam os atos de um “cidadão do bem”. Tornava-se inadmissível que um sujeito que não discriminava a “escória da sociedade” permanecesse impune.

No entanto, era preciso ir além! Desse modo, com o auxílio de Roma (a potência imperialista de então), para melhor perseguir Jesus, surgiu a “Operação Lava-pés” (em alusão ao rito praticado entre Jesus e seus discípulos). À frente da operação estava um juiz treinado pelos romanos, exclusivamente para forjar provas para condenar Jesus, por “tentativa de subverter a ordem” (mais tarde, pelos “bons serviços prestados”, ele seria alçado ao posto de ministro da Justiça de Israel).

Devido à sua origem palestina, Jesus também foi acusado de “terrorismo”, mesmo sem nunca ter utilizado qualquer tipo de arma.

Posteriormente, um dos discípulos – chamado Judas – acertou um acordo de delação premiada com a Operação Lava-pés, traindo Jesus. Para esse papel, ele recebeu trinta moedas (não por acaso, por tal atitude, Judas passou para a história como “o primeiro capitalista”).

Acusado de tentar subverter a ordem, Jesus foi levado a julgamento e, como esperavam os cidadãos de bem, foi condenado à pena máxima: crucificação. Mesmo sem provas, mas com convicções.

Antes de ser crucificado, por pressão dos anteriormente citados seguidores do mito, Jesus passou por várias sessões de tortura. Soube-se que, anos depois, no parlamento israelense, o mito se referiu ao militar que comandou aquelas sessões de tortura como “o pavor de Jesus”.

Ao finalizar a leitura da sentença, o juiz afirmou categoricamente que Jesus era “persona non grata” em Israel.

Já durante a Via-Crúcis, Jesus foi bastante hostilizado por pessoas que vestiam as cores nacionais de Israel (azul e branco) e tinham como hábito um estranho culto de dançar em torno de um pato dourado.

Do mesmo modo, aqueles indivíduos que tentavam atenuar o sofrimento do palestino injustamente condenado, ouviam xingamentos típicos do cidadão de bem: “passando pano para bandido”, “tá com pena leva pra casa”, “mimimi” e “defensor dos direitos dos manos”.

No Calvário, outros dois homens foram crucificados ao lado de Jesus: Dimas e Gestas (o “bom” e o “mau” ladrão, respectivamente). O primeiro era um palestino condenado por roubar alimentos em um comércio israelenses para dar o que comer à sua família. Gestas, um rico agiota, só foi condenado por ter se indisposto com alguns poderosos de Israel (seus antigos comparsas).

Por fim, às 15 horas de uma sexta-feira, Jesus faleceu na cruz. Os cidadãos de bem, em êxtase, comemoram durante dias. Afinal de contas, para eles, “bandido bom é bandido morto”.









Vários mundos habitados

 


Certa ocasião um Homem disse:
“na casa de meu Pai existem muitas moradas”


Nilton Moreira
 
Posteriormente através de estudos das palavras proferidas há quase 2000 anos por Ele, e com informações complementares da Espiritualidade, compreendemos que a casa é o universo e as moradas são todos os mundos espalhados e que são habitados, pois se existe casa tem de existir habitante.

Quem nos garante que existem vários mundos habitados é Jesus. E mesmo nosso raciocínio racional nos diz que Deus não criaria Astros apenas para recriar nossos olhos.

Essas moradas são de várias categorias, ou seja, umas mais evoluídas que outras, e no caso a Terra é uma que precisa evoluir muito ainda, pois é um Planeta onde ainda predomina o mal.

Por outro lado, esclarecemos que as moradas referidas, no que a Terra se inclui, estão disponibilizadas em mundos superiores e inferiores ao nosso, e na mesma categoria do nosso existem vários.

Nos mundos superiores não tem doenças, desconhecendo-se os ódios, os mesquinhos ciúmes, não existindo o mal, sendo os sentidos mais apurados. A morte de modo algum acarreta os horrores da decomposição; longe de causar pavor, é considerada uma transformação feliz.

É evidente que não somos capacitados a enxergar com os olhos físico os habitantes de tais orbes, pois que neles habitam espíritos que possuem corpos adaptáveis a cada ambiente planetário!

O homem busca incessantemente descobrir vida fora da Terra, e certamente conseguirá deparar-se no momento oportuno, pois que ainda não estamos preparados para este encontro. Falta em nós evolução de sentimentos perseverados no bem para que possamos ter a revelação de mundos habitados, pois até hoje a Terra vive em conflito numa disputa de poder o que certamente seguiria acontecendo se tivéssemos o contato.


Mesmo agora quando foi necessária uma pandemia para apressar a depuração no Planeta, e mudar o comportamento de muitos no entendimento da necessidade do amor ao próximo e disciplina, ainda existe uma grande quantidade de mentes que continua refrataria em perseverar no bem. Nada na Criação foi sem objetivo. Deus é perfeito, e no momento certo os contatos acontecerão e isso possibilitará que o mundo passe a ter uma visão diferente da vida. Levará tempo, mas vivenciaremos.




Vários mundos habitados

 


Certa ocasião um Homem disse:
“na casa de meu Pai existem muitas moradas”


Nilton Moreira
 
Posteriormente através de estudos das palavras proferidas há quase 2000 anos por Ele, e com informações complementares da Espiritualidade, compreendemos que a casa é o universo e as moradas são todos os mundos espalhados e que são habitados, pois se existe casa tem de existir habitante.

Quem nos garante que existem vários mundos habitados é Jesus. E mesmo nosso raciocínio racional nos diz que Deus não criaria Astros apenas para recriar nossos olhos.

Essas moradas são de várias categorias, ou seja, umas mais evoluídas que outras, e no caso a Terra é uma que precisa evoluir muito ainda, pois é um Planeta onde ainda predomina o mal.

O Crucificado se solidariza com as vítimas do Covid-19





Leonardo Boff

Um manto de tristeza se estende sobre toda a humanidade e não há lenços suficientes para enxugar tantas lágrimas por causa da vítimas do Covid-19. O vírus não poupa ninguém, pois, invisível, pode atacar os que não tomam os devidos cuidados. Ele pôs de joelhos as nações militaristas que se encheram de armas, capazes de exterminar toda a vida no planeta, inclusive a humana. Elas são absolutamente inúteis diante do pequeníssimo coronavírus. 

Alexandre, o Grande (356-323 A.C) formou um império que ia do Adriático ao rio Indo, morreu picado, provavelmente, por um mosquito que produz uma febre viral (a febre do Nilo ocidental). Quem aqui é mais forte? O jovem conquistador de 23 anos ou o mosquito? Estamos morrendo por um vírus invisível, arrasando com toda a nossa arrogância, sem dizer que ele é consequência de nossa sistemática agressão à natureza (o antropoceno e o necroceno) que se defende com sua arma letal e imperceptível, o Covid-19 e uma gama de outros vírus.

O Natal de Jesus e o nosso Natal sob o Covid-19


Sim, Jesus promovia uma revolução socialista, o que o levou a uma morte horrível, imposta por uma elite que queria deixar bem claro que ideias sobre igualdade entre os homens não seriam toleradas.


Leonardo Boff 


O Natal do ano 2020 seja talvez o mais próximo do verdadeiro Natal de Jesus sob o imperador romano César Augusto.

Este imperador ordenara um recenseamento de todo o império. A intenção não era apenas como entre nós, de levantar quantos habitantes havia. Era isso, mas o propósito era cobrar de cada habitante um imposto, cuja soma com aquele de todas as províncias se destinava a manter a pira de fogo permanentemente acesa e sustentar os sacrifícios de animais ao imperador que se apresentava e assim era venerado como deus. Tal imposição a todos do Império provocou revoltas entre os judeus.

Esse fato, mais tarde, foi usado pelos fariseus como uma armadilha a Jesus: devia pagar ou não o imposto a César? Não se tratava do imposto comum, mas aquele que cada pessoa do império devia pagar para alimentar os sacrifícios ao imperador-deus.

Para os judeus significava um escândalo pois adoravam um único Deus, Javé, como poderiam pagar um imposto para venerar um falso deus, o imperador de Roma? Jesus logo entendeu a cilada. Se aceitasse pagar o imposto seria cúmplice da adoração a um deus humano e falso, o imperador. Se o negasse se indisporia com as autoridades imperiais negando-se a pagar o tributo em homenagem ao imperador-deus.

Jesus deu uma resposta sábia: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. E outras palavras, dai a César, um homem mortal e falso deus o que é de César: o imposto para os sacrifícios e a Deus, o único verdadeiro, o que é de Deus: a adoração. Não se trata da separação entre a Igreja e o Estado como comumente se interpreta. A questão é outra: qual é o verdadeiro Deus, aquele falso de Roma ou aquele verdadeiro de Jerusalém? Jesus, no fundo, responde: só há um Deus verdadeiro e deem a ele o que lhe cabe, a adoração. Dai a Cesar, o falso deus, o que é de César: a moeda do imposto. Não misturem deus com Deus.

Mas votemos ao tema: o Natal de 2020, como nunca na história, se assemelha ao Natal de Jesus. A família de José e de Maria grávida são filhos da pobreza como a maioria de nosso povo. As hospedarias estavam cheias, como aqui os hospitais estão cheios de contaminados pelo vírus. Como pobres, José e Maria, talvez nem pudessem pagar as despesas como, entre nós, quem não é atendido pelo SUS não tem como bancar os custos de um hospital particular. Maria estava na iminência de dar à luz. Sobrou ao casal, refugiar-se numa estrebaria de animais. Semelhantemente como fazem tantos pobres que não têm onde dormir e o fazem sob as marquises ou, num canto qualquer da cidade. Jesus nasceu fora da comunidade humana, entre animais, como tantos de nossos irmãos e irmãs menores nascem nas periferias das cidades, fora dos hospitais e em suas pobres casas.

Logo depois de seu nascimento, o Menino já foi ameaçado de morte. Um genocida, o rei Herodes, mandou matar a todos os meninos abaixo de dois anos. Quantas crianças, no nosso contexto, são mortas pelos novos Herodes vestidos de policiais que matam crianças sentadas na porta da casa? O choro das mãe são eco do choro de Raquel, num dos textos mais comovedores de todas as Escrituras: ”Na Baixada (em Ramá) se ouviu uma voz, muito choro e gemido: a mãe chora os filhos mortos e não quer ser consolada porque ela os perdeu para sempre (cf. Mt 2,18).

De temor de ser descoberto e morto, José tomou Maria e o menino Jesus atravessam o deserto e se refugiaram no Egito. Quantos hoje sob ameaça de morte pelas guerras e pela fome, tentam entrar na Europa e nos USA. Muitos morrem afogados, a maioria é rejeitada, como na catolicíssima Polônia e vem discriminada; até crianças são arrancadas dos pais e engaioladas como pequenos animais. Quem lhes enxugará as lágrimas? Quem lhes mata a saudade dos pais queridos? Nossa cultura se mostra cruel contra os inocentes e contra os imigrantes forçados.

Depois que morreu o genocida Herodes, José tomou Maria e o Menino e foram esconder-se num lugarejo tão insignificante, Nazaré, que sequer consta na Bíblia. Lá o Menino “crescia e se fortalecia cheio de sabedoria“(Lc 2,40). Aprendeu a profissão do pai José, um fac-totum, construtor de telhados e coisas da casa, um carpinteiro. Era também um camponês que trabalhava o campo e aprendia a observar a natureza. Ficou lá escondido até completar 30 anos, foi quando sentiu o impulso de sair de casa e começar a pregação de uma revolução absoluta: ”O tempo da espera expirou. A grande reviravolta está chegando (Reino). Mudem de vida e acreditem nessa boa notícia”(cf. Mc 1,14): uma transformação total de todas as relações entre os humanos e na própria natureza.

Conhecemos seu fim trágico. Passou pelo mundo fazendo o bem (Mc 7,37; Atos 10,39), curando uns, devolvendo os olhos a cegos, matando a fome de multidões e sempre se compadecendo do povo pobre e sem rumo na vida. Os religiosos articulados com os políticos o prenderam, torturaram e o assassinaram pela crucificação.

Saiamos destas “sombras densas” como diz o Papa Francisco na Fratelli tutti. Voltemos o olhar desanuviado para o Natal de Jesus. Ele nos mostra a forma como Deus quis entrar na nossa história: anônimo e escondido. A presença de Jesus não apareceu na crônica nem de Jerusalém e muito menos de Roma. Devemos aceitar esta forma escolhida por Deus. Realizou-se a lógica inversa da nossa: “toda criança quer ser homem; todo homem quer ser grande; todo grande quer ser rei. Só Deu quis ser criança”. E assim aconteceu.

Aqui ecoam os belos versos do poeta português Fernando Pessoa:

“Ele é a Eterna Criança, o Deus que faltava.

Ele é o humano que é natural, 

Ele é o divino que sorri e que brinca.

É a criança tão humana que é divina”.

Tais pensamentos me trazem à memória uma pessoa de excepcional qualidade espiritual. Foi ateu, marxista, da Legião Estrangeira. De repente sentiu uma comoção profunda e se converteu. Escolheu o caminho de Jesus, no meio dos pobres. Fez-se Irmãozinho de Jesus. Chegou a uma profunda intimidade com Deus, chamando-o sempre de “o Amigo”. Vivia a fé no código da encarnação e dizia: “Se Deus se fez gente em Jesus, gente como nós, então fazia xixi, choramingava pedindo o peito, fazia biquinho por causa da fralda molhada”. No começo teria gostado mais de Maria e mais grandinho mais de José, coisa que os psicólogos explicam no processo da realização humana.

Foi crescendo como nossas crianças, observava as formigas, jogava pedras nos burros e, maroto, levantava o vestidinho das meninas para vê-las furiosas, como imaginou irreverentemente Fernando Pessoa em seu belo poema sobre o Jesus menino.

Esse homem, amigo do Amigo, “imaginava Maria ninando Jesus, fazê-lo dormir porque de tanto brincar lá fora, ficava muito excitado e lhe custava fechar os olhos; lavava no tanque as fraldinhas; cozinhava o mingau para o Menino e comidas mais fortes para o trabalhador o bom José”.

Esse homem espiritual italiano que viveu, muitas vezes ameaçado de morte, em tantos países da América Latina e no Brasil, Arturo Paoli, se alegrava interiormente com tais matutações, porque as sentia e vivia na forma de comoção do coração, de pura espiritualidade. E chorava com frequência de alegria interior. Era amigo do Papa que o mandou buscar de carro na cidadezinha uns 70 km de Roma para passarem toda um tarde e falarem da libertação dos pobres e da misericórdia divina. Morreu com 103 anos como um sábio e santo.

Não esqueçamos a mensagem maior do Natal: Deus está entre nós, assumindo a nossa condition humaine, alegre e triste. É uma criança que nos vai julgar e não um juiz severo. E esta criança só quer brincar conosco e nunca nos rejeitar. Finalmente, o sentido mais profundo do Natal é esse: a nossa humanidade, um dia assumida pelo Verbo da vida, pertence a Deus. E Deus, por piores que sejamos, sabe que viemos do pó e nos tem uma misericórdia infinita. Ele nunca pode perder, nem deixará que um filho seu ou filha sua se perder. Assim, apesar do Covid-19 podemos viver uma discreta alegria na celebração familiar. Que o Natal nos dê um pouco de felicidade e nos mantenha na esperança do triunfo da vida sobre o Covid-19.









Arturo Paoli (Lucca, 1912-2015) foi um padre e missionário italiano, que pertenceu à Congregação dos Pequenos Irmãos de Jesus.

Em 1983, se muda para o Brasil, que vivia um processo de redemocratização, para residir em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, onde desenvolveu um trabalho pastoral com mulheres, inclusive com prostitutas.

Em 1987 se mudou, a pedido de Dom Olívio Aurélio Fazza, para Foz do Iguaçu, onde residiu no bairro de Boa Esperança, onde, atormentado pela condição de extrema pobreza das pessoas do bairro, fundou a comunidade "Associação Fraternidade e Aliança", uma organização de solidariedade que busca dar dignidade à população marginalizada.

Em 1999, foi condecorado pelo embaixador de Israel com a comenda de "Justo entre as nações", por ter salvo a vida de Zvi Yacov Gerstel e a de sua esposa, em 1944.

Em 2000, constituiu a Fundação Charles de Foucauld, voltada especificamente para os jovens do proletariado e do sub proletariado do bairro onde residia.

Em 2004, em parceria com o padre Mario De Maio, presidente da Oreundici, iniciou o projeto "Madre Terra": uma fazenda-escola.

Em 2006, recebeu a Medalha de Ouro ao Valor Civil, do presidente da Itália, Carlo Azeglio Ciampi, devido ao grande compromisso para salvar a vida dos perseguidos pelos nazifascistas, particularmente os judeus, durante a Segunda Guerra Mundial.




O Natal de Jesus e o nosso Natal sob o Covid-19


Sim, Jesus promovia uma revolução socialista, o que o levou a uma morte horrível, imposta por uma elite que queria deixar bem claro que ideias sobre igualdade entre os homens não seriam toleradas.


Leonardo Boff 


O Natal do ano 2020 seja talvez o mais próximo do verdadeiro Natal de Jesus sob o imperador romano César Augusto.

Este imperador ordenara um recenseamento de todo o império. A intenção não era apenas como entre nós, de levantar quantos habitantes havia. Era isso, mas o propósito era cobrar de cada habitante um imposto, cuja soma com aquele de todas as províncias se destinava a manter a pira de fogo permanentemente acesa e sustentar os sacrifícios de animais ao imperador que se apresentava e assim era venerado como deus. Tal imposição a todos do Império provocou revoltas entre os judeus.

Esse fato, mais tarde, foi usado pelos fariseus como uma armadilha a Jesus: devia pagar ou não o imposto a César? Não se tratava do imposto comum, mas aquele que cada pessoa do império devia pagar para alimentar os sacrifícios ao imperador-deus.

Temos realmente fé em nossos corações ?


EXISTEM PRE-REQUISITOS PARA DEUS RESPONDER UMA ORAÇÃO? — iZion ...

Patricia Tavares

Acreditamos de verdade em Deus? Em Jesus e nos seus propósitos, no seu amor, nas suas ações, mesmo quando não entendemos direito? Mesmo diante de momentos difíceis e desgastantes como o que estamos vivendo, confiamos na presença de Jesus? Confiamos na sua bondade? Temos fé todos os dias? Acreditamos que ele está conosco?

Por mais difícil que sejam as situações, Deus está presente combatendo com seu exército de luz todos os males operantes de todas as situações que não conseguimos compreender. Ainda que não estejamos vendo o seu exército de luz e de amor, eles estão presentes e atuantes durante 24h .

Como diz a letra deste lindo cântico:

“Deus está aqui, tão certo como o ar que eu respiro. Tão certo como o amanhã que se levanta. Tão certo como eu te falo e podes me ouvir. Não fui eu que ordenei a você? Seja forte e corajoso! Não se apavore nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar”. Josué 1:9

Muitas vezes não entendemos os propósitos de Deus, não entendemos porque somos muito pequenos ainda e temos um pensamento imediatista, somos ainda muito egoístas. Nos momentos de dúvidas, incertezas, reze. Peça a Deus, peça a Jesus que mostre uma luz, que dê um sinal de sua presença por qualquer pessoa, em qualquer situação.

DEUS TE MOSTRARÁ QUE TUDO O QUE ESTÁ OCORRENDO NÃO DESTRÓI SUAS CONSTRUÇÕES ETERNAS E QUE SÓ “ELE É O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA”.

Confie nos ensinamentos do amor e da fé indissolúveis de Jesus, ele passou por tantas dificuldades, provações, negações, decepções, traições e em nenhum dia de sua vida deixou de acreditar em Deus, na sua força, no seu amor infinito. Jesus nunca se comportou como uma criança mimada que quando não obteve o que desejava renegou e brigou com o pai. Jesus amava seu pai incondicionalmente e acreditava no amor incondicional de Deus, acreditava nos seus desígnios, acreditava totalmente na sua bondade infinita, não só para com ele mas para com todos os seres do universo.

Vamos rezar com muita fé:

“Jesus, forneça a sua sabedoria, a sua fé, me cubra com seu amor e confiança infinita no poder misericordioso de Deus, me forneça a sua brandura, a sua compreensão, me ensine a ter a sua paciência, sua calma e a sua paz. Encha o meu coração de gratidão a vida, a tudo!

Jesus retira do meu coração qualquer dúvida e insegurança, esteja comigo, me conduzindo para o melhor, para o bem, independente de qualquer situação ou momento, me revista do seu poder de bondade, da sua forma de olhar, de ver com seus olhos compassivos e serenos, conseguindo enxergar em todas as situações algo bom para a minha vida, para a vida de todos.

Me ajude, para que eu seja uma fonte de luz e amor em minha vida e na vida de todos que estão ao meu redor, que todas as pessoas que tenham contato comigo sintam a sua presença e possam se acalmar, possam através da minha presença sentirem a sua bondade e seu amor.

Jesus, promova a união e bençãos na minha vida para que ultrapasse este momento muito mais fortalecida na fé e no seu amor.

Jesus, Deus, esteja conosco hoje e sempre! Que assim seja! Amém!”

Com Deus, com Jesus tudo fica mais leve.









Temos realmente fé em nossos corações ?


EXISTEM PRE-REQUISITOS PARA DEUS RESPONDER UMA ORAÇÃO? — iZion ...

Patricia Tavares

Acreditamos de verdade em Deus? Em Jesus e nos seus propósitos, no seu amor, nas suas ações, mesmo quando não entendemos direito? Mesmo diante de momentos difíceis e desgastantes como o que estamos vivendo, confiamos na presença de Jesus? Confiamos na sua bondade? Temos fé todos os dias? Acreditamos que ele está conosco?

Por mais difícil que sejam as situações, Deus está presente combatendo com seu exército de luz todos os males operantes de todas as situações que não conseguimos compreender. Ainda que não estejamos vendo o seu exército de luz e de amor, eles estão presentes e atuantes durante 24h .

Como diz a letra deste lindo cântico:

“Deus está aqui, tão certo como o ar que eu respiro. Tão certo como o amanhã que se levanta. Tão certo como eu te falo e podes me ouvir. Não fui eu que ordenei a você? Seja forte e corajoso! Não se apavore nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar”. Josué 1:9

Muitas vezes não entendemos os propósitos de Deus, não entendemos porque somos muito pequenos ainda e temos um pensamento imediatista, somos ainda muito egoístas. Nos momentos de dúvidas, incertezas, reze. Peça a Deus, peça a Jesus que mostre uma luz, que dê um sinal de sua presença por qualquer pessoa, em qualquer situação.

DEUS TE MOSTRARÁ QUE TUDO O QUE ESTÁ OCORRENDO NÃO DESTRÓI SUAS CONSTRUÇÕES ETERNAS E QUE SÓ “ELE É O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA”.

Confie nos ensinamentos do amor e da fé indissolúveis de Jesus, ele passou por tantas dificuldades, provações, negações, decepções, traições e em nenhum dia de sua vida deixou de acreditar em Deus, na sua força, no seu amor infinito. Jesus nunca se comportou como uma criança mimada que quando não obteve o que desejava renegou e brigou com o pai. Jesus amava seu pai incondicionalmente e acreditava no amor incondicional de Deus, acreditava nos seus desígnios, acreditava totalmente na sua bondade infinita, não só para com ele mas para com todos os seres do universo.

Vamos rezar com muita fé:

“Jesus, forneça a sua sabedoria, a sua fé, me cubra com seu amor e confiança infinita no poder misericordioso de Deus, me forneça a sua brandura, a sua compreensão, me ensine a ter a sua paciência, sua calma e a sua paz. Encha o meu coração de gratidão a vida, a tudo!

Jesus retira do meu coração qualquer dúvida e insegurança, esteja comigo, me conduzindo para o melhor, para o bem, independente de qualquer situação ou momento, me revista do seu poder de bondade, da sua forma de olhar, de ver com seus olhos compassivos e serenos, conseguindo enxergar em todas as situações algo bom para a minha vida, para a vida de todos.

Me ajude, para que eu seja uma fonte de luz e amor em minha vida e na vida de todos que estão ao meu redor, que todas as pessoas que tenham contato comigo sintam a sua presença e possam se acalmar, possam através da minha presença sentirem a sua bondade e seu amor.

Jesus, promova a união e bençãos na minha vida para que ultrapasse este momento muito mais fortalecida na fé e no seu amor.

Jesus, Deus, esteja conosco hoje e sempre! Que assim seja! Amém!”

Com Deus, com Jesus tudo fica mais leve.









O maior conselho para a humanidade – Chico Xavier


Os Primeiros discípulos de Jesus - Diário Espiritual


Escute o conselho que nosso amado Chico mais gostaria de dizer para a humanidade:

“ Se eu fosse alguém, se eu tivesse influência, se eu pudesse realizar alguma coisa em benefício da comunidade, e se eu tivesse a menor autoridade para fazer isto, eu apenas repetiria, para mim mesmo e para todos os nossos irmãos em humanidade, de todas as terras e de todos os idiomas, aquelas palavras de nosso Senhor Jesus Cristo: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.
Porque amor é o esquecimento de si mesmo, porque amor, nada pedindo para si. O “Amai-vos uns aos outros” foi superado pelo “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
Amar alguém ou alguma causa, sem pedir nada, sem esperar o pagamento, nem mesmo da compreensão da inteligência do próximo, então, é trabalhar pela humanidade mais feliz, por um mundo melhor, pela extinção das guerras, e pelo incentivo do progresso em bases morais, convenientes para que nós todos estejamos no melhor lugar possível, que possamos ocupar no campo da vida humana, servindo ao pai, ao criador, a nosso Senhor Jesus Cristo e a todos os princípios Cristãos, como Ele, e aos princípios mais nobres de outras religiões, para que com respeito mútuo possamos vencer todas as barreiras e amar como o amor deve ser consagrado entre nós, isto é, amor sem recompensa, porque todo amor que é possessivo, infelizmente, ainda é um amor de grande parentesco com o amor dos animais.”

Assista ao vídeo:


O maior conselho para a humanidade – Chico Xavier


Os Primeiros discípulos de Jesus - Diário Espiritual


Escute o conselho que nosso amado Chico mais gostaria de dizer para a humanidade:

“ Se eu fosse alguém, se eu tivesse influência, se eu pudesse realizar alguma coisa em benefício da comunidade, e se eu tivesse a menor autoridade para fazer isto, eu apenas repetiria, para mim mesmo e para todos os nossos irmãos em humanidade, de todas as terras e de todos os idiomas, aquelas palavras de nosso Senhor Jesus Cristo: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.
Porque amor é o esquecimento de si mesmo, porque amor, nada pedindo para si. O “Amai-vos uns aos outros” foi superado pelo “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
Amar alguém ou alguma causa, sem pedir nada, sem esperar o pagamento, nem mesmo da compreensão da inteligência do próximo, então, é trabalhar pela humanidade mais feliz, por um mundo melhor, pela extinção das guerras, e pelo incentivo do progresso em bases morais, convenientes para que nós todos estejamos no melhor lugar possível, que possamos ocupar no campo da vida humana, servindo ao pai, ao criador, a nosso Senhor Jesus Cristo e a todos os princípios Cristãos, como Ele, e aos princípios mais nobres de outras religiões, para que com respeito mútuo possamos vencer todas as barreiras e amar como o amor deve ser consagrado entre nós, isto é, amor sem recompensa, porque todo amor que é possessivo, infelizmente, ainda é um amor de grande parentesco com o amor dos animais.”

Assista ao vídeo:


Comemorando a ressurreição de Jesus e renovando nossa fé, oremos por saúde, esperança e paz. Feliz Domingo de Páscoa !


Jesus é o sentido da nossa páscoa ser tão docinha! <3 Mensagem de ...

Em mensagem emocionante de Páscoa, Greca homenageia profissionais que trabalham durante a pandemia 


Caroline Berticelli

Em uma mensagem de Páscoa emocionante o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, homenageou todos profissionais que trabalham pelo bem estar social durante a pandemia do novo coronavírus. (Assista abaixo)

No vídeo, divulgado em seu Facebook na quinta-feira (9), o prefeito comparou profissionais da saúde, caminhoneiros, garis, agricultores e funcionários públicos a Jesus Cristo e terminou exaltando a esperança de que dias melhores virão.
“Quem disse que nosso senhor Jesus Cristo não sai em procissão este ano? Olhem bem. O Senhor está vestido de branco, azul ou verde dentro dos hospitais. Quem disse que o nazareno não poderá fazer a sua terrível penitência? O nazareno está atendendo nas enfermarias e nas urgências. […] Médicos, enfermeiras, técnicos de enfermagem, zeladoras, intensivistas repetem a via sacra dia e noite, sem descanso”, disse Greca.
O administrador municipal ainda completou:

“Também há Jesus sobre a Terra, pacientes caminhoneiros, mal alimentados, noites mal dormidas, indo e vindo pelas estradas a transportar oxigênio gás e gasolina, alimentos e insumos que permitem girar a máquina das grandes cidades. […] Jesus há de ser visto em policiais civis, policiais militares, guardas municipais e bombeiros em prontidão. Afastados de suas famílias, nestas noites iluminadas pela Lua da Páscoa, eles patrulham as ruas desertas das nossas cidades vazias”.







Páscoa do coronavírus : famílias separadas e fé renovada


Sílvia Bessa

Esta será uma Páscoa diferente com celebrações sem o formato tradicional, de grandes reuniões em torno de uma mesa farta. Para todos, mas, em especial, para muitas famílias de profissionais que trabalham na linha de frente do sistema de saúde e que precisaram deixar suas residências, encontrar um outro local de apoio nos últimos dias para - em ato de amor - preservar algum parente integrante do grupo de risco à exposição ao coronavírus. O médico cardiologista Edmar Freire Borba Jr. - que atende nos hospitais das Clínicas, Procape, Jayme da Fonte e Santa Joana - planeja neste domingo deixar ovos de chocolate para os dois filhos à beira da porta de casa, mas limitará o contato apenas ao visual, por meio de mídias eletrônicas.

Desde que as autoridades anunciaram há cerca de três semanas que a Covid-19 passou a ter transmissão comunitária, ele saiu da residência onde mora com a esposa Ana Karina e os filhos, Júlia e Edmarzinho. Júlia tem asma, por isso o cuidado maior do pai zeloso. Neste período, o cardiologista esteve uma única vez no apartamento, apenas para deixar uma feira. “O distanciamento de quem a gente ama é muito difícil porque a gente está tão perto e ao mesmo tempo tão afastado. Chega a ser constrangedor”, diz, acrescentando que sua dor se estende em virtude do isolamento social da mãe idosa - a quem visitava duas vezes por semana e agora não tem prazo para vê-la novamente.

Se o médico sofre de lá, Ana Karina, a mulher dele, sofre de cá, pela ausência e preocupação: “Vivemos muitas inseguranças, mas temos de ser fortes”, afirma Ana, compreensiva com o modelo do domingo de Pásc deste ano. Ela chegou a organizar uma campanha para ajudar outras famílias de médicos a conseguirem vagas em hotéis com tarifas menores ou concessão de leitos. “Consegui me alojar na casa de um parente que também trabalha em serviços essenciais, mas minha condição não é comum entre meus colegas”, diz o cardiologista.


O bispo auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife, dom Limacêdo Antônio, afirma que este pode ser um momento de oportunidade para as famílias cristãs. “Na hora do ôba-ôba é muito bom, mas, no momento de crise, é outra coisa. É aí que a fé se torna mais forte. Agora vamos celebrar o principal: o amor a Deus e à família. Muitas vezes, a gente fica na periferia, a gente não chega ao coração”, analisa. A Páscoa deste ano, de modo especial, diz ele, “fará a gente chegar ao coração da liturgia. Com isso, certamente, estaremos mais perto do essencial”.

Segundo dom Limacêdo, o importante neste período é entrar em comunhão com Cristo naquilo que foi seu objetivo. “Assim vamos entrando no mistério da fé, que é o valor da vida. Aí lembro João 13, onde está escrito ‘Jesus, tendo amado aos seus, amou-os até o fim’”. É assim, destaca ele, “amar sem limite, cuidar das pessoas.” Às famílias, ele lembra que Jesus quis celebrar a ceia. Sendo assim, apela para que as pessoas estejam juntas em celebrações, seja diante do computador ou televisão, e se sintam naquele cenário da ceia do Senhor. “Nunca estivemos tão unidos, e isso é fantástico isso. Quando a gente quer bem, nem sempre a pessoa está perto, mas continua querendo bem. Então, o querer ao outro transcende o lugar, o espaço. A fé também”. 

O duro momento enfrentado pela sociedade pede, segundo ele, reflexão: é quando as pessoas devem se questionar sobre ao quê está sendo dedicada a sua vida. Ao bem? À justiça? Ou à partilha?, indaga ele. “Que todos aproveitem a oportunidade. Que a gente possa repensar a vida. Era um corre-corre, um frenesi tão grande... Que neste domingo de Páscoa a gente pense: para que a gente corre tanto? E para onde?”.





Homilia do Papa na Missa da Vigília Pascal

A Basílica de São Pedro recebeu a missa deste Sábado Santo (11) sem a presença dos fiéis e nem a celebração dos batismos, mas com uma atmosfera propícia para celebrar a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. As mudanças do Departamento de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice são referentes às medidas de restrição impostas pela pandemia do Covid-19. Confira a íntegra da homilia do Papa Francisco durante a Santa Missa.

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
MISSA da VIGÍLIA PASCAL
(Sábado Santo, 11 de abril de 2020)
Terminado o sábado (Mt 28, 1), as mulheres foram ao sepulcro. O Evangelho desta santa Vigília começa assim: com o sábado. Este é o dia do Tríduo Pascal que mais descuramos, ansiosos de passar da cruz de sexta-feira à aleluia de domingo. Este ano, porém, damo-nos conta, mais do que nunca, do sábado santo, o dia do grande silêncio; podemos rever-nos nos sentimentos que tinham as mulheres naquele dia. Como nós, tinham nos olhos o drama do sofrimento, duma tragédia inesperada, que se verificou demasiado rapidamente. Viram a morte e tinham a morte no coração. À amargura, juntou-se o medo: acabariam, também elas, como o Mestre? E depois os receios pelo futuro, carecido todo ele de ser reconstruído. A memória ferida, a esperança sufocada. Para elas, era a hora mais escura, como o é hoje para nós.
Contudo, nesta situação, as mulheres não se deixam paralisar. Não cedem às forças obscuras da lamentação e da lamúria, não se fecham no pessimismo, nem fogem da realidade. No sábado, realizam algo simples e extraordinário: nas suas casas, preparam os perfumes para o corpo de Jesus. Não renunciam ao amor: na escuridão do coração, acendem a misericórdia. Nossa Senhora, no sábado – dia que Lhe será dedicado –, reza e espera. No desafio da tristeza, confia no Senhor. Sem o saber, estas mulheres preparavam na escuridão daquele sábado «o romper do primeiro dia da semana» (Mt 28, 1), o dia que havia de mudar a história. Jesus, como semente na terra, estava para fazer germinar no mundo uma vida nova; e as mulheres, com a oração e o amor, ajudavam a esperança a desabrochar. Quantas pessoas, nos dias tristes que vivemos, fizeram e fazem como aquelas mulheres, semeando brotos de esperança com pequenos gestos de solicitude, de carinho, de oração!
Ao amanhecer, as mulheres vão ao sepulcro. Lá diz-lhes o anjo: «Não tenhais medo. Não está aqui; ressuscitou» (cf. Mt 28, 5-6). Diante dum túmulo, ouvem palavras de vida... E depois encontram Jesus, o autor da esperança, que confirma o anúncio dizendo-lhes: «Não temais» (28, 10). Não tenhais medo, não temais: eis o anúncio de esperança para nós, hoje. Tais são as palavras que Deus nos repete na noite que estamos a atravessar.
Nesta noite, conquistamos um direito fundamental, que não nos será tirado: o direito à esperança. É uma esperança nova, viva, que vem de Deus. Não é mero otimismo, não é uma palmada nas costas nem um encorajamento de circunstância. É um dom do Céu, que não podíamos obter por nós mesmos. Tudo correrá bem: repetimos com tenacidade nestas semanas, agarrando-nos à beleza da nossa humanidade e fazendo subir do coração palavras de encorajamento. Mas, à medida que os dias passam e os medos crescem, até a esperança mais audaz pode desvanecer. A esperança de Jesus é diferente. Coloca no coração a certeza de que Deus sabe transformar tudo em bem, pois até do túmulo faz sair a vida.
O túmulo é o lugar donde, quem entra, não sai. Mas Jesus saiu para nós, ressuscitou para nós, para trazer vida onde havia morte, para começar uma história nova no ponto onde fora colocada uma pedra em cima. Ele, que derrubou a pedra da entrada do túmulo, pode remover as rochas que fecham o coração. Por isso, não cedamos à resignação, não coloquemos uma pedra sobre a esperança. Podemos e devemos esperar, porque Deus é fiel. Não nos deixou sozinhos, visitou-nos: veio a cada uma das nossas situações, no sofrimento, na angústia, na morte. A sua luz iluminou a obscuridade do sepulcro: hoje quer alcançar os cantos mais escuros da vida. Minha irmã, meu irmão, ainda que no coração tenhas sepultado a esperança, não desistas! Deus é maior. A escuridão e a morte não têm a última palavra. Coragem! Com Deus, nada está perdido.
Coragem: é uma palavra que, nos Evangelhos, sai sempre da boca de Jesus. Só uma vez é pronunciada por outros, quando dizem a um mendigo: «Coragem, levanta-te que [Jesus] chama-te» (Mc 10, 49). É Ele, o Ressuscitado, que nos levanta a nós, mendigos. Se te sentes fraco e frágil no caminho, se cais, não tenhas medo; Deus estende-te a mão dizendo: «Coragem!» Entretanto poderias exclamar como padre Abbondio: «A coragem, não no-la podemos dar» (I promessi sposi, XXV). Não a podes dar a ti mesmo, mas podes recebê-la, como um presente. Basta abrir o coração na oração, basta levantar um pouco aquela pedra colocada à boca do coração, para deixar entrar a luz de Jesus. Basta convidá-Lo: «Vinde, Jesus, aos meus medos e dizei também a mim: coragem!» Convosco, Senhor, seremos provados; mas não turvados. E, seja qual for a tristeza que habite em nós, sentiremos o dever de esperar, porque convosco a cruz desagua na ressurreição, porque Vós estais connosco na escuridão das nossas noites: sois certeza nas nossas incertezas, Palavra nos nossos silêncios e nada poderá jamais roubar-nos o amor que nutris por nós.
Eis o anúncio pascal, anúncio de esperança. Este contém uma segunda parte, o envio. «Ide anunciar aos meus irmãos que partam para a Galileia» (Mt 28,10): diz Jesus. Ele «vai à vossa frente para a Galileia» (28, 7): diz o anjo. O Senhor precede-nos. É bom saber que caminha diante de nós, que visitou a nossa vida e a nossa morte para nos preceder na Galileia, isto é, no lugar que, para Ele e para os seus discípulos, lembrava a vida diária, a família, o trabalho. Jesus deseja que levemos a esperança lá, à vida de cada dia. Mas, para os discípulos, a Galileia era também o lugar das recordações, sobretudo da primeira chamada. Voltar à Galileia é lembrar-se de ter sido amado e chamado por Deus. Precisamos de retomar o caminho, lembrando-nos de que nascemos e renascemos a partir duma chamada gratuita de amor. Este é o ponto donde recomeçar sempre, sobretudo nas crises, nos tempos de provação.
Mais ainda. A Galileia era a região mais distante de Jerusalém, onde estavam. E não só geograficamente: a Galileia era o lugar mais distante do caráter sacro da Cidade Santa. Era uma região habitada por povos diferentes, que praticavam vários cultos: era a «Galileia dos gentios» (Mt 4, 15). Jesus envia para lá, pede para recomeçar de lá. Que nos diz isto? Que o anúncio da esperança não deve ficar confinado nos nossos recintos sagrados, mas ser levado a todos. Porque todos têm necessidade de ser encorajados e, se não o fizermos nós que tocamos com a mão «o Verbo da vida» (1 Jo 1, 1), quem o fará? Como é belo ser cristãos que consolam, que carregam os fardos dos outros, que encorajam: anunciadores de vida em tempo de morte! A cada Galileia, a cada região desta humanidade a que pertencemos e que nos pertence, porque todos somos irmãos e irmãs, levemos o cântico da vida! Façamos calar os gritos de morte: de guerras, basta! Pare a produção e o comércio das armas, porque é de pão que precisamos, não de metralhadoras. Cessem os abortos, que matam a vida inocente. Abram-se os corações daqueles que têm, para encher as mãos vazias de quem não dispõe do necessário.
No fim, as mulheres «estreitaram os pés» de Jesus (Mt 28, 9), aqueles pés que, para nos encontrar, haviam percorrido um longo caminho até entrar e sair do túmulo. Abraçaram os pés que espezinharam a morte e abriram o caminho da esperança. Hoje nós, peregrinos em busca de esperança, estreitamo-nos a Vós, Jesus ressuscitado. Voltamos as costas à morte e abrimos os corações para Vós, que sois a Vida.





14 Versículos da Bíblia sobre Páscoa - DailyVerses.net


O SEPULCRO ESTÁ VAZIO - COMPOSITOR OZAIAS GONÇALVES - YouTube


Martins em Pauta: DEU-SE INICIO HOJE A FESTA DE JESUS RESSUSCITADO ...


Feliz Páscoa








Sexta-Feira Santa 10 de Abril de 2020 : Reflexão e Fé


Pin de cléo Inete em Frases (com imagens) | Sexta feira santa ...


Momento único ! Momento de dor ! Uma dor que não cabe palavras. Maria encontra com seu filho Jesus a caminho do calvário. 

Ele, seu amado filho Jesus, carregando um pesado madeiro de cruz. Ensanguentado, ferido no corpo e em espírito. Humilhado perante ao povo a quem somente quer o bem. 

O momento é doloroso. Maria sabe que nada poderá fazer para resgatar seu filho, para tirá-lo daquele sofrimento. Só lhe resta acompanhá-lo também na dor. Não há queixas, não há lamento. Apenas contemplação, sofrimento.

O SIM da Anunciação já fora uma completa aceitação dos planos de Deus. Simeão já havia predito que " Uma espada de dor transpassaria o seu coração ". E Maria guardou tudo em seu coração. Seu SIM foi definitivo e irreversível. Ela sabia que o caminho do calvário culminaria com a salvação da humanidade. Aceitou humilde e obediente os planos de Deus que O levaram a crucificação.

Com Maria aprendamos a seguir Jesus mesmo em momentos de dor e agonia. Aprendamos dela a humildade e obediência e no silêncio seguir os passos de Jesus. Pois sabemos que não há salvação sem passar pela cruz. 

" Maria, mãe das dores, mãe dos aflitos, ensina-nos a amar e imitar suas virtudes. Interceda por nós a seu filho Jesus para que como Ele, coloquemos o amor acima de tudo e que aprendamos a perdoar."

" Caminha conosco, Senhor, e ensina-nos a carregar a cruz de cada dia ! "

( Edite Lima )




Hoje é dia de recolhimento, de silêncio e introspecção, dia de tomar consciência do seu próprio espírito imortal, pois o corpo morre, mas a energia da alma nunca se esvai. 

Então deixe esvair todo e qualquer pensamento ou sentimentos negativos e eleve-se na paz interior, pois se estiver em paz você ajuda drasticamente o sistema energético planetário. 

Hoje independente de religiões aproveite o dia para jejuar de palavras, de julgamentos que ferem, aproveite para Amar, pois o amor é a força maior que protege, que afaga e que nos trás a alegria de fazer parte deste maravilhoso momento da vida. 

Jesus é uma figura religiosa, mas para mim ele é muito mais que isto; ele é um mestre Ascensionado que teve a coragem de iniciar o movimento que é o Amor, ele vive e quer que vivamos intensamente com o coração puro.

Aprenda o grande legado que ele deixou para nossa existência e desapegue-se de esteriótipos, cultuem uma energia viva e aproveite seu caminho sagrado do amor, do coração no silêncio e na alegria da sua paz interior. Viva o amor. 

( Giovana Barbosa )




A CRUCIFICAÇÃO

Imagino um homem ...
Ao caminho caído e por todos cuspido !
Homem de dores ...
Pavoroso em seus horrores !
De olhos fitos ...
Cabelos lisos, todo cumprido !
Corpo cortado ...
Ensanguentado !
De peso nos ombros ...
Observado de longe !
Como rei coroado ...
Por qualquer manto foi enrolado !
Como cetro levava uma cruz ...
Por coroa, espinhos que não reluz !
No caminho alguns choravam ...
Cena que aos seus discípulos chocavam !
Fora da cidade foi crucificado ...
E aos seus pés por suas roupas soldados jogavam !
Entre ladrões estava condenado ...
Até por um deles foi julgado !
No auge, sente de Deus a distancia ...
Mas, sua missão completada, era de todo a importância !
Sua vida, pelo pecado humano foi entregue ...
Já que o homem sozinho o perdão não consegue !
Esta é a razão a que tudo sofria ...
Por amor ao pecador ele morria !

( Ricardo Davis Duarte )






Tradição colonial do Brasil não aceita o Jesus histórico, que andava com pobres, diz Leonardo Boff






O teólogo Leonardo Boff vem defendendo o samba-enredo da Estação Primeira de Mangueira, com o qual a escola vai passar pela avenida no Carnaval de 2020. “Eu sou da Estação Primeira de Nazaré / Rosto negro, sangue índio, corpo de mulher / Moleque pelintra no buraco quente / Meu nome é Jesus da Gente”, diz a letra, dos compositores Manu da Cuíca e Luiz Carlos Máximo. A composição traz uma referência clara ao presidente Jair Bolsonaro : “Favela, pega a visão / Não tem futuro sem partilha / Nem messias de arma na mão”.

Para Boff, a Verde-e-Rosa, que no ano passado foi campeã também com um enredo de cunho social ( “História pra ninar gente grande” ), retrata o Cristo histórico negado pela tradição e por setores que se dizem cristãos, mas têm “uma fé só cultural, e não uma fé no coração, como mudança de vida, como orientação de vida”.

“Esse Jesus que enxuga as lágrimas, que abraça as crianças, que conversa com a prostituta, pobre entre os pobres, o único verdadeiro e real, que os quatro evangelhos testemunham, esse é o Jesus assumido pela Mangueira. Os cristãos e bispos tradicionalistas, a TFP etc., não aceitam Jesus assim, porque se aceitassem tinham que mudar de vida, teriam que auxiliar os pobres, lutar pela fraternidade, por uma sociedade mais justa, menos desigual”, diz.

Na opinião do Teólogo, o enredo da escola “atualiza a figura de Jesus para a nossa situação, que é muito semelhante à situação da Galileia, da Palestina, na qual vivia o Jesus histórico”.

Para Boff, a parcela da sociedade que, embora se professe cristã, apoia um governo que defende armar a população, por exemplo, tem a visão “do cristianismo tradicional, colonial, que nos foi trazida pela colônia, visão de que Jesus é o rei, o senhor, é Deus, e todos nós sendo humilhados”. São esses os setores que acusam o enredo da Mangueira de “blasfêmia”.

Essa tradição do período colonial nunca apresentou ao povo o Jesus real, “crucificado, que apanhou como um escravo, foi humilhado e perseguido, porque, lógico, isso o identificava com as vítimas”. “Esse Jesus, testemunhado nos quatro evangelhos, esse é apresentado na Mangueira”, afirma Boff, em entrevista à RBA.

Como o sr. define um cristão que verdadeiramente segue Cristo?

Há duas concepções de Cristo. Uma que vê Cristo-Deus, que só toca com a fímbria do manto na Terra, que sabe tudo, é divino, o rei do Universo, tem a coroa de glória. Uma visão que foi e é dominante na liturgia, no imaginário de bispos e padres. A segunda visão é a dos evangelhos, que vê Jesus como o homem de Nazaré, que foi um trabalhador da construção civil, que andava pelas vilas pregando um grande sonho, a reconciliação das pessoas, e fundamentalmente pregando o amor incondicional, a compreensão, o perdão. Apresenta Deus como as crianças chamavam o avô, o pai, de paizinho querido.

Esse Jesus é pobre, anda no meio dos pobres, cura os doentes, sacia os famintos, foi caluniado, perseguido e morreu na cruz, e depois ressuscitou. Se a gente escuta a maioria das homilias de padres e bispos, a gente se pergunta: por que mataram Jesus? A prática desse Jesus é libertadora, para libertar e consolar os pobres e humildes, os prisioneiros, curar os doentes. Ele recebeu dois processos, um religioso, dos TFPs daquele tempo, os sacerdotes, os doutores da lei, os teólogos. E do lado político-romano, porque ele prega o reino de Deus. E para os romanos só tem um rei, que é o Cesar, em Roma. Falar em reino de Deus era um crime político. Por isso escrevem na cruz dele INRI, Jesus Nazareno Rei dos Judeus, com desprezo. Ele não morreu, ele foi morto, assassinado.

Como avalia a polêmica em torno do samba-enredo da Mangueira, considerado blasfemo por apresentar Jesus com a face do povo oprimido?

Esse Jesus que enxuga as lágrimas, que abraça as crianças, que conversa com a prostituta, pobre entre os pobres, esse Jesus, o único verdadeiro e real, que os quatro evangelhos testemunham, esse é o Jesus assumido pela Mangueira. Os cristãos e bispos tradicionalistas, a TFP etc., não aceitam Jesus assim, porque se aceitassem tinham que mudar de vida, teriam que auxiliar os pobres, lutar pela fraternidade, por uma sociedade mais justa, menos desigual. É o Jesus da Teologia da Libertação. Então eles atualizam a figura de Jesus para a nossa situação, que é muito semelhante à situação da Galileia, da Palestina, na qual vivia o Jesus histórico.

Por que a polêmica sobre o samba da Mangueira e por que tantas pessoas que se dizem cristãs defendem as armas e a morte?

A maioria dos cristãos tem uma fé só cultural, mas não uma fé de convicção. A visão do cristianismo tradicional, colonial, que nos foi trazido pela colônia, visão de que Jesus é o rei, o senhor, é Deus, e todos nós sendo humilhados. Nunca apresentaram o Jesus real, que foi crucificado, que apanhou como um escravo, foi humilhado e perseguido, porque, lógico, isso o identificava com as vítimas. Esses cristãos têm uma fé só cultural, da tradição da cultura brasileira, mas não têm fé no coração como mudança de vida, fé como convicção, como orientação de vida.

O Evangelho diz que ele veio para os que eram seus, para nós, e os seus não o receberam. Até hoje vale essa frase. Eles não querem o Jesus humano, como os pobres, que anda com eles. Esse Jesus, testemunhado nos quatro evangelhos, esse é apresentado na Mangueira. O outro é o Jesus dos catecismos, das doutrinas, mas que não fala para o coração, não leva às mudanças, à conversão das pessoas. A grande maioria da nossa elite e da oligarquia, que segundo o Banco Mundial é a oligarquia que mais acumula no mundo, a mais egoísta, todos são católicos. Muitos passaram pelas universidades católicas, mas saem pra ser diretor de uma grande empresa, não pra ajudar nas favelas, ensinar o povo descobrir suas energias, se organizar etc. Eles entram no sistema de dominação.

Como explica a frase do Evangelho de Mateus na qual Jesus diz que não veio trazer a paz, mas a espada?

Jesus diz mais, até. “Eu vim trazer fogo, e quero que ele arda” (Lucas, 12:49). “Eu vim trazer a espada”, “trazer a separação de filho e pai, de irmãos”. Isto é, aqueles que se convertem à fé verdadeira de Jesus cria conflito com a sociedade, com aqueles que querem acumular, discriminar, odiar. São metáforas. São João usa treze vezes a palavra “crise”. Jesus veio trazer uma crise no mundo. A pessoa entrar em crise, tem que se decidir.

O que o sr. acha da informação de que, segundo o presidente argentino, Alberto Fernández, o Papa Francisco se dispôs a se encontrar o ex-presidente Lula?

Como em março vai ter aquela reunião sobre a “economia de Francisco” (em Assis, na Itália), vai-se tratar da economia da igualdade, da solidariedade, então o papa está interessadíssimo, e Lula quer contar uma experiência, não vai discutir ideias. Como ele fez para incluir 36 milhões de pessoas com as políticas sociais? Então o papa está interessado em se encontrar com Lula, e Lula da mesma forma, ele é um grande admirador do papa, de sua política a favor dos pobres.

Qual a importância dessa proposta por parte do papa Francisco e da reunião em março, por uma economia “que dá vida e não mata”?

O sentido do encontro em Assis é que lá vão estar grandes nomes da economia mundial, Stiglitz, Muhammad Yunus, (a ativista) Vandana Shiva, que apoiam essa economia de Francisco. O papa quer que eles se encontrem não para escutar celebridades, ele quer jovens que troquem experiência entre eles, e elaborem uma proposta alternativa a essa economia que está aí, e dê alma à economia, para que ela não seja destruidora da vida, não seja assassina, em função das futuras gerações.

Como vê o papel do papa Francisco hoje no mundo?

Acho que é o único líder político, ético e religioso da humanidade hoje. Porque ele não fala para o Ocidente; escreveu encíclica para a ecologia, sobre o cuidado da “casa comum”, não para os cristãos, mas para toda a humanidade. É aquele que claramente assume a causa dos pobres e denuncia o capitalismo. Ele não usa a palavra capitalismo para não irritar os católicos americanos que acreditam no capitalismo, mas a ideologia que adora o dinheiro, que produz a morte, que sacrifica a natureza, que vai atrás de acumulação sem limite, essa é a economia de morte.

Francisco é o único na história dos papas que ataca de frente o sistema hegemônico mundial e toma a posição das vítimas, defende os pobres do mundo, um novo tipo de relação com a terra, não de uso, mas de cuidado, para que se possa atender a toda humanidade, e não só os ricos. É uma grande figura carismática, que impressiona os políticos, dá uma dimensão ética às relações humanas e ao mesmo tempo eleva à dimensão espiritual religiosa das pessoas.






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Um Olhar Sobre o Jesus Histórico : A Proposta e as Distorções 
na Mensagem de Jesus de Nazaré

SBEE - Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas 
Palestrante: Eder Puchalski - Historiador, Coordenador de 
Grupos de Estudos Espíritas 
Realizada em 26 de junho de 2016
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