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Vontade de encher sua boca de beijos




ontem, vi uma reportagem mostrando famílias sendo despejadas de uma ocupação que ficava debaixo de uma ponte, às margens de uma rodovia, em são paulo

Lelê Teles

ontem, vi uma reportagem mostrando famílias sendo despejadas de uma ocupação que ficava debaixo de uma ponte, às margens de uma rodovia, em são paulo.

em meio a uma pandemia!

a polícia tava lá, escudo na mão, enquanto um trator tratorava os poucos móveis que havia nas moradas improvisadas.

crianças agarravam-se à saia das mães, assustadas; outras tentavam salvar uns brinquedinhos, uns cadernos, uns casacos.

um frio do cacete.

tocaram fogo no que restou dos barracos de madeira. 

essas pessoas já haviam sido despejadas das casas onde moravam; não podiam mais pagar o aluguel porque perderam o emprego, devido à pandemia.

pra onde vão, meu deus, sem renda, sem esperança... 

dá uma dor tão grande no coração da gente.

fiquei com tanta vontade de dar um abraço acolhedor naquelas pessoas, dizer que me importo com elas, sabe...

fazer de mim uma grande fogueira e aquecer os corações daquelas pobres criaturas.

me transformar numa cama, num fogão, numa geladeira, num quarto, num cobertor quentinho...

em alguma coisa que pudesse mitigar o sofrimento daquela gente já tão sofrida.

no momento que vi o homem, o pai de família, com um saco preto de lixo nas costas, com as coisas de casa que ele conseguiu salvar, eu desabei como um barraco em chamas. 

me vi ali, com minha esposa e minha filha, desolado, perdido, desamparado.

agora imagina um presidente chegando na tevê e dizendo: “isso é um absurdo, não pode, é desumano; acabei de ligar pro prefeito pedindo pra ele encontrar um lugar aquecido pra essas pessoas dormirem hoje com seus filhos, amanhã vou mandar um ministro lá pra ver o que a gente pode fazer para diminuir o sofrimento dessas pessoas. são seres humanos, é gente como a gente, porra, não podem ser tratados assim...”

amor ao próximo, sabe. empatia.

mas não, o presidente aparecia no noticiário dizendo que tava com vontade de encher a boca de um repórter de porrada.

antes disso, ele havia aparecido para anunciar que ia liberar um número maior de armas que cada brasileiro endinheirado poderia comprar.

estamos em meio a uma pandemia, mais de 110 mil pessoas já morreram.

netos evitam abraçar e beijar os avós, os amigos marcam encontros em lives, acabaram as paqueras e os flertes em mesas de bar e boates, evitam-se beijos...

não tem teatro, não tem cinema, não tem show...

o desemprego é enorme, famílias estão a ser despejadas...

a noite é fria.

por conta disso, cada dia mais e mais pessoas sofrem de depressão e ansiedade.

num momento como esse, seria tão bom ter um presidente, um líder, que viesse a público transmitir mensagens de amor e de esperança para o seu povo.

tentar aquecer o coração das pessoas com alegria, mostrar que se importa, que tem feito o possível e o impossível...

demonstrar um pouco de humanidade.

mas ele só fala em armas, em porrada, em defender seus filhos e seus amiguinhos.

chegou mesmo a dar uma festinha prum amigo, dentro do palácio, e publicizou, como se zombasse da cara de quem ele deveria estar a demonstrar respeito e compaixão.

ontem, enquanto famílias eram despejadas de barracos em sampa, aqui em águas claras, bairro de novos bacanas em brasília, ouve briga de vizinho dentro do elevador, um quebrou os dentes do outro na troca de socos e catiripapos. 

por que diabos um vizinho tem vontade de encher a boca do outro vizinho de porrada no elevador do condomínio?

porque é essa a mensagem do seu ídolo, do seu líder.

tenho saudade de abraços, tenho saudade de carinhos, tenho saudades de tanta coisa, com tanta gente.

tenho saudade da gente, tenho saudade de gente, de humanidade.

tenho vontade de encher sua boca de beijos.

mais amô, por favô! 

palavra da salvação


   Lelê Teles Jornalista, publicitário e roteirista






Vontade de encher sua boca de beijos




ontem, vi uma reportagem mostrando famílias sendo despejadas de uma ocupação que ficava debaixo de uma ponte, às margens de uma rodovia, em são paulo

Lelê Teles

ontem, vi uma reportagem mostrando famílias sendo despejadas de uma ocupação que ficava debaixo de uma ponte, às margens de uma rodovia, em são paulo.

em meio a uma pandemia!

a polícia tava lá, escudo na mão, enquanto um trator tratorava os poucos móveis que havia nas moradas improvisadas.

crianças agarravam-se à saia das mães, assustadas; outras tentavam salvar uns brinquedinhos, uns cadernos, uns casacos.

um frio do cacete.

tocaram fogo no que restou dos barracos de madeira. 

essas pessoas já haviam sido despejadas das casas onde moravam; não podiam mais pagar o aluguel porque perderam o emprego, devido à pandemia.

pra onde vão, meu deus, sem renda, sem esperança... 

dá uma dor tão grande no coração da gente.

fiquei com tanta vontade de dar um abraço acolhedor naquelas pessoas, dizer que me importo com elas, sabe...

fazer de mim uma grande fogueira e aquecer os corações daquelas pobres criaturas.

me transformar numa cama, num fogão, numa geladeira, num quarto, num cobertor quentinho...

em alguma coisa que pudesse mitigar o sofrimento daquela gente já tão sofrida.

no momento que vi o homem, o pai de família, com um saco preto de lixo nas costas, com as coisas de casa que ele conseguiu salvar, eu desabei como um barraco em chamas. 

me vi ali, com minha esposa e minha filha, desolado, perdido, desamparado.

agora imagina um presidente chegando na tevê e dizendo: “isso é um absurdo, não pode, é desumano; acabei de ligar pro prefeito pedindo pra ele encontrar um lugar aquecido pra essas pessoas dormirem hoje com seus filhos, amanhã vou mandar um ministro lá pra ver o que a gente pode fazer para diminuir o sofrimento dessas pessoas. são seres humanos, é gente como a gente, porra, não podem ser tratados assim...”

amor ao próximo, sabe. empatia.

mas não, o presidente aparecia no noticiário dizendo que tava com vontade de encher a boca de um repórter de porrada.

antes disso, ele havia aparecido para anunciar que ia liberar um número maior de armas que cada brasileiro endinheirado poderia comprar.

estamos em meio a uma pandemia, mais de 110 mil pessoas já morreram.

netos evitam abraçar e beijar os avós, os amigos marcam encontros em lives, acabaram as paqueras e os flertes em mesas de bar e boates, evitam-se beijos...

não tem teatro, não tem cinema, não tem show...

o desemprego é enorme, famílias estão a ser despejadas...

a noite é fria.

por conta disso, cada dia mais e mais pessoas sofrem de depressão e ansiedade.

num momento como esse, seria tão bom ter um presidente, um líder, que viesse a público transmitir mensagens de amor e de esperança para o seu povo.

tentar aquecer o coração das pessoas com alegria, mostrar que se importa, que tem feito o possível e o impossível...

demonstrar um pouco de humanidade.

mas ele só fala em armas, em porrada, em defender seus filhos e seus amiguinhos.

chegou mesmo a dar uma festinha prum amigo, dentro do palácio, e publicizou, como se zombasse da cara de quem ele deveria estar a demonstrar respeito e compaixão.

ontem, enquanto famílias eram despejadas de barracos em sampa, aqui em águas claras, bairro de novos bacanas em brasília, ouve briga de vizinho dentro do elevador, um quebrou os dentes do outro na troca de socos e catiripapos. 

por que diabos um vizinho tem vontade de encher a boca do outro vizinho de porrada no elevador do condomínio?

porque é essa a mensagem do seu ídolo, do seu líder.

tenho saudade de abraços, tenho saudade de carinhos, tenho saudades de tanta coisa, com tanta gente.

tenho saudade da gente, tenho saudade de gente, de humanidade.

tenho vontade de encher sua boca de beijos.

mais amô, por favô! 

palavra da salvação


   Lelê Teles Jornalista, publicitário e roteirista






Escola que homenageou Paulo Freire, Águia de Ouro é campeã do carnaval em São Paulo




Este é o primeiro título da escola no Grupo Especial do carnaval paulista. Prêmio é também uma resposta ao obscurantismo da era Bolsonaro

247 - A Águia de Ouro, escola que homenageou Paulo Freire, é a grande campeã do carnaval 2020 de São Paulo. Este é o primeiro título da escola no Grupo Especial do carnaval paulista. Foram rebaixadas as escolas Pérola Negra e X-9 Paulistana.

A escola de samba da zona oeste de São Paulo empolgou o Anhembi na madrugada de domingo (23) com uma homenagem marcante a Paulo Freire, afrontando o bolsonarismo, que elegeu o educador reconhecido mundialmente como seu inimigo. 

Com o samba enredo “O Poder do Saber – Se saber é poder… Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”, a escola lembrou uma das frases mais famosas do educador (“não se pode falar de educação sem amor”) e ainda cantou um “viva Paulo Freire”.

Confira algumas imagens do desfile:




O conhecimento vira samba e leva a vitória na avenida, Águia de Ouro com Paulo Freire, é show é vitória!🎉🎊🎼❣️👏👏👏👏 Parabéns Águia


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Águia de Ouro mostrou o bom e ruim da sabedoria, da invenção da roda à bomba atômica, a escola trouxe a evolução do conhecimento, da Idade da Pedra aos robôs, destaque para o carro sobre a bomba atômica levou integrantes da comunidade japonesa e lembrou Hiroshima.


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Ovnis em São Paulo na virada de ano 2019 - 2020


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Documentário incrível : Lute como uma menina



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Este documentário Lute como uma menina conta a história das meninas que participaram do movimento secundarista que ocupou escolas e foi as ruas para lutar contra um projeto de reorganização escolar imposto pelo governador de São Paulo, que previa o fechamento de quase cem escolas. 

As meninas contam suas histórias enfrentando figuras de autoridade, desde a luta pela autogestão das escolas até a violência desenfreada da policia militar. Uma importante reflexão sobre o feminismo, o atual modelo educacional, e o poder popular.

Direção: Flávio Colombini e Beatriz Alonso

Este filme só foi possível devido à colaboração especial do cinegrafista Caio Castor, dos Jornalistas Livres, e de muitos outros cinegrafistas e fotógrafos que documentaram a luta secundarista e gentilmente cederam suas imagens.






O vídeo dos estudantes apresentado na OEA


Resultado de imagem para polícia militar são paulo bate em estudantes



Jornal GGN - O vídeo abaixo foi apresentado à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da OEA - Organização dos Estados Americanos, no dia 7 de abril passado.

O vídeo retrata a ação da Polícia Militar de Geraldo Alckmin, comandada à época pelo hoje ministro, Alexandre de Moraes. A truculência impera. 

Os jovens descrevem momentos de terror nas mãos desses policiais descontrolados violando seguidamente os direitos humanos e sob as bençãos da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.

Fonte: Mídia Ninja





Postado em Luis Nassif Online em 04/11/2016