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Enfrentando um câncer, Preta Gil aconselha : “Aproveitem a vida”


A cantora inspirou seus seguidores ao falar sobre a importância de aproveitar a vida: "Deus me permitiu acordar mais um dia.".


Por CONTI Outra

Preta Gil compartilhou uma valiosa mensagem com seus seguidores por meio dos Stories de seu perfil no Instagram. Em tratamento contra um câncer de intestino desde janeiro, a cantora mostrou um belo dia de sol no Rio de Janeiro e aconselhou: “Aproveitem a vida”.

“Deus me permitiu acordar mais um dia. Sou toda gratidão por estar viva e cheia de força pra lutar pela vida. Bom dia e aproveitem muito esse dia lindo. E aproveitem a vida”, escreveu a filha de Gilberto Gil.

Recentemente, Preta atualizou os fãs sobre seu estado de saúde e contou que precisou ser internada devido a uma desidratação e descobriu um quadro de sepse, o que a levou a interromper o tratamento oncológico por algumas semanas.

“No dia 22 do mês passado, me senti mal em casa, meus médicos pediram para eu ir ao hospital. Eu estava com um quadro de desidratação a princípio. Mas, no dia seguinte, no dia 23, passei por uma sepsemia, por um choque séptico causado uma bactéria que entrou no meu organismo”, detalhou a cantora, acrescentando que provavelmente a doença surgiu por meio do cateter usado na quimioterapia.

Por fim, a cantora declarou que está bem mental e espiritualmente, e também compartilhou informações sobre os próximos passos de seu tratamento: “Estou bem, vou me recuperar, tenho agora umas três semanas de reabilitação para poder voltar ao meu tratamento oncológico, que parei por conta dessa sepsemia que eu tive”.

A artista recebeu o diagnóstico de câncer no intestino em janeiro deste ano. Desde então, ela pausou sua carreira e cancelou, até mesmo, as apresentações que faria no Carnaval.




Postado em Conti Outra

 




 



Atividade física. Arma eficaz contra o câncer


 (photo: Li Zhongfei)


A prática regular de uma atividade física previne contra o câncer. E, mesmo em caso de recidiva da doença, ela reduz os riscos de mortalidade. 


Aude Rambaud – Le Figaro Santé


A atividade física é útil antes de um câncer, durante um câncer, e depois de um câncer. Praticada em dosagem suficiente, ela reduz notavelmente o risco de desenvolver a doença. Ela é inclusive um dos fatores modificáveis de prevenção, da mesma forma que a abstinência do álcool, do tabaco e a boa alimentação. Numerosos estudos provam seu efeito protetor contra vários tipos de câncer, notadamente o de mama e o do cólon, que estão entre os mais frequentes. Os cânceres do endométrio, dos pulmões, do reto, da próstata, dos ovários, da tireoide e do pâncreas também têm relação direta com a falta de atividade física. As comprovações da realidade da relação câncer/ausência de atividade física são numerosas e importantes.

O efeito protetor da atividade física já pode inclusive ser avaliado em números concretos graças a esses estudos: o risco de desenvolver um câncer de cólon diminui de 17% em caso de atividade física regular em relação a um estado sedentário, e o de câncer de mama diminui de cerca 20%. “Tais cifras podem parecer moderadas, mas quando se leva em conta a incidência desses cânceres, o benefício é muito importante na escala populacional”, explica Raphaëlle Ancellin, do departamento de prevenção do Instituto Nacional do Câncer, na França. “Além disso, existe um ‘efeito dosagem’, o que significa que mais a atividade física é intensa e regular, mais o efeito protetor é importante”, esclarece Ancellin. Assim sendo, para cada período de trinta minutos diários de atividade física suplementar, o risco de câncer de cólon decresce de cerca 12%.




O benefício da atividade física é, além disso, verificável em todas as idades da vida. “Um estudo feito com três grupos de idades (indivíduos com menos de 25 anos, com idade entre 25 e 50 anos, e com mais de 50 anos) mostrou que a atividade física permite reduzir notavelmente o risco de câncer de mama. Isso significa que não existe idade para que uma pessoa comece a mover-se; nunca é demasiado tarde”, insiste Raphaëlle Ancellin.

Todo esforço físico é benéfico, até mesmo os mais breves e de menor intensidade. Tais propriedade protetoras se explicam através de vários mecanismos: um melhor controle do peso corporal, cujo aumento está associado a vários cânceres (esôfago, endométrio, rins, cólon e reto, pâncreas, e também os de mama após a menopausa), bem como a redução da taxa de certos hormônios e fatores de crescimento (insulina,IDF-1, etc), que favorecem a proliferação celular.




Reduzir o estresse oxidante

Outros mecanismos são, por outro lado, ainda mais específicos. Para o câncer do cólon, a aceleração do trânsito intestinal provocada pelo esforço físico reduz o tempo de exposição da mucosa digestiva aos cancerígenos de origem alimentar. Para o câncer de mama, o esporte diminui a taxa de estrógenos em circulação e melhora a imunologia. Para o câncer do pulmão, o aumento da função respiratória reduz a concentração de agentes cancerígenos nesse órgão, bem como o estresse oxidante causado pelo cigarro e o tabaco em geral.




“O importante, se essas recomendações são difíceis de serem aplicadas, é que a pessoa se mova muito ao longo da sua jornada”, diz o professor Daniel Rivière, chefe de medicina do esporte no Hospital Larrey, na cidade de Toulouse.

As recomendações de atividade física para a prevenção do câncer são idênticas àquelas preconizadas outras doenças tais como a obesidade ou as patologias cardiovasculares. A saber: pelo menos trinta minutos de atividade física de intensidade moderada por pelo menos cinco dias por semana para os adultos, e pelo menos uma hora por dia para as crianças. “Mas é bom lembrar que que estas são médias globais, e que todo e qualquer esforço físico é benéfico, mesmos os menos longos e de menor intensidade”, lembra Raphaëlle Ancellin.

“O importante, se essas recomendações são difíceis de serem respeitadas, é que a pessoa se mova durante todo o decurso da sua jornada”, aconselha o professor Daniel Rivière. Caminhar quando se fala ao telefone, subir e descer escadas, ir ao trabalho a pé ou em bicicleta também são providências eficazes, talvez até melhores do que se forçar a s levantar da poltrona para ir praticar uma atividade física durante meia hora.

Por fim, mesmo quando a pessoa tem um câncer, a prática da atividade física é recomendável, levando-se em conta as possibilidades do paciente. Muitos estudos demonstraram cabalmente que uma atividade adaptada de intensidade fraca a moderada, durante o tratamento quimioterápico ou radiológico, melhora a qualidade de vida e acarreta muitos benefícios contra a fadiga, a ansiedade, a depressão, o sono, a imagem do corpo e o bem-estar geral.

Sobretudo, a atividade física está associada a uma redução do risco de morte de cerca 40% em média – para o câncer de mama e do cólon – desde que ela seja praticada regularmente após o diagnóstico. Trata-se de uma cifra muito variável segundo a natureza e a severidade do câncer, mas que deve incitar o paciente a não se desencorajar diante do esforço físico.






" Reclame menos " : jovem que morreu vítima de câncer deixa carta com conselhos valiosos





Não é fácil viver no mundo atual e ninguém está aqui para dizer o contrário. No Brasil, em especial, a crise política, social e financeira tem dado um tom pessimista ao discurso de muitos de nós em relação ao futuro próximo.

Mas será que uma mudança de atitude não ajudaria?

Vítima de câncer, a australiana Holly Butcher, de 27 anos, morreu na última quinta-feira (4) após uma dura luta contra a doença. Antes disso, ela escreveu uma carta falando sobre sua visão da vida durante o tratamento.

Holly dá valiosos conselhos sobre a importância de se reclamar menos e ajudar mais, além de dar um emocionante depoimento sobre o amor que tem pela vida e a tristeza que sente por realizar que ela acabará logo.

A carta foi publicada no Facebook pelos parentes de Holly após ela vir a falecer.

“É uma coisa estranha perceber e aceitar a sua morte aos 26 anos de idade. Isso é apenas algumas dessas coisas que você ignora. Os dias vão passando e você apenas espera que eles continuem vindo. Até que o inesperado aconteça. Eu sempre me imaginei envelhecendo e ficando com rugas – muito provavelmente causadas por minha linda família (cheia de crianças). Eu planejava construir isso com o amor da minha vida”, começou ela.

“Esta é uma coisa da vida; é frágil, preciosa e imprevisível. E cada dia é um presente, não um direito dado. Eu tenho 27 anos agora. Não quero ir. Eu amo a minha vida. Estou feliz.. Devo isso aos meus entes queridos. Mas o controle está fora das minhas mãos”, continuou.

Em seguida, Holly traz uma série de conselhos para quem está lendo.

Só quero que as pessoas parem de se preocupar tanto com as coisas pequenas e as tensões insignificantes na vida e tentem lembrar-se que todos nós temos o mesmo destino depois disso tudo. Então, faça o que puder para que seu tempo seja incrível, sem besteiras. Nesses momentos que você estiver lamentando por coisas ridículas, apenas pense que alguém está realmente enfrentando um problema. Seja grato pelo seu pequeno problema. Não faz mal reconhecer que algo é irritante, mas tente não continuar a carregar isso e afetar negativamente o dia de outras pessoas

“ Veja como o céu é azul e como as árvores são verdes; é tão lindo. Pense como você é sortudo por poder fazer isso: respirar ”, ela seguiu.

“ É tudo tão insignificante quando se olha para a vida como um todo. Estou vendo meu corpo desaparecendo diante dos meus olhos e não há nada que eu possa fazer. E tudo o que desejo agora é que eu pudesse ter mais um aniversário ou natal com a minha família, ou apenas mais um dia com o meu parceiro e o meu cão. Lembre-se que há mais aspectos para a saúde do que o corpo físico.”

" Dê, dê, dê. É verdade que você ganha mais felicidade fazendo coisas para outros do que para si mesmo. Gostaria de ter feito mais isso ".

A utilização mais solidária do dinheiro também foi alvo do depoimento de Holly. 

“ Compre algo para seu amigo em vez de outro vestido. Leve-os para uma refeição, ou melhor ainda, prepare uma refeição para eles. Dê para eles uma planta, uma massagem ou uma vela e diga quanto os ama. Use seu dinheiro em experiências. Ou ao menos não perca experiências porque gastou todo o dinheiro com coisas materiais”.

Ela, então, finaliza: “ Doações de sangue (mais bolsas que eu poderia contar) me ajudaram a continuar viva por mais um ano. Um ano que eu serei eternamente grata, que eu passei aqui na terra com minha família, amigos e cachorro. Um ano em que eu tive alguns dos melhores momentos da minha vida." 



Postado em Hypeness



Resultado de imagem para Holly Butcher



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Crianças com câncer do Hospital Universitário de Santa Maria ganham mais qualidade de vida durante o tratamento






Graças a um projeto dos cursos de Desenho Industrial e Terapia Ocupacional, da Universidade Federal de Santa Maria, é que crianças e adolescentes, que fazem tratamento contra o câncer no Hospital Universitário, estão tendo uma rotina mais leve. A ideia é amenizar o sofrimento nesta fase difícil da vida.






Projeto realiza sonho de crianças com câncer através de fotografias mágicas



Ao final de cada foto, Jonathan presenteia as crianças com um quadro!


A fim de realizar sonhos de crianças diagnosticadas com câncer, o fotógrafo Jonathan Diaz decidiu trazer a fantasia para a realidade. Com muita imaginação e alguns retoques no Photoshop, ele criou um projeto para produzir fotografias mágicas; confira! 

Jonathan contou com a ajuda da instituição sem fins lucrativos Anything Can Be Project, em português, Tudo Pode Acontecer. Através do projeto True Heroes, ele realizou o sonho de 21 crianças.

Todas as fotografias serão lançadas por Jonathan em um livro. Segundo ele, todo o lucro arrecadado será doado ao Anything Can Be Project.

Entre sereias e super heróis, as crianças ganharam verdadeiras obras de arte. Ao final de cada foto, Jonathan presenteia as crianças com um quadro!



Todas as fotografias serão lançadas por Jonathan em um livro. Segundo ele, todo o lucro arrecadado será doado ao Anything Can Be Project


Entre sereias e super heróis, as crianças ganharam verdadeiras obras de arte


A fim de realizar sonhos de crianças diagnosticadas com câncer, o fotógrafo Jonathan Diaz decidiu trazer a fantasia para a realidade. Com muita imaginação e alguns retoques no Photoshop, ele criou um projeto para produzir fotografias mágicas; confira! Acesse o R7 Play e assista gratuitamente à programação da Record quando quiserA Fazenda estreia em setembro e a temporada de realities pega fogo 


Jonathan contou com a ajuda da instituição sem fins lucrativos Anything Can Be Project, em português, Tudo Pode Acontecer. Através do projeto True Heroes, ele realizou o sonho de 21 crianças


Entre sereias e super heróis, as crianças ganharam verdadeiras obras de arte


Olha só quanta criatividade 


Ele realizou o sonho de 21 crianças diagnosticadas com câncer 


A fim de realizar sonhos de crianças diagnosticadas com câncer, o fotógrafo Jonathan Diaz decidiu trazer a fantasia para a realidade


Com muita imaginação e alguns retoques no Photoshop, ele criou um projeto para produzir fotografias mágicas









Postado no Mulher. em 09/09/2015



Coca-Cola brasileira possui maior concentração de substância cancerígena no mundo






A Coca-Cola comercializada no Brasil contém a maior concentração do 4-metil-imidazol (4-MI), subproduto presente no corante Caramelo IV, classificado como possivelmente cancerígeno. 

O resultado é de um teste do Center for Science in the Public Interest (CSPI), de Washington D.C. Eles avaliaram também a quantidade da substância nas latas de Coca-Cola vendidas no Canadá, Emirados Árabe, México, Reino Unido e nos Estados Unidos.

Um estudo feito pelo Programa Nacional de Toxicologia do Governo dos Estados Unidos já havia apontado efeitos carcinogênicos do 4-MI em ratos, e fez com que a IARC (Agência Internacional para Pesquisa em Câncer), da OMS (Organização Mundial da Saúde), incluísse o 4-MI na lista de substâncias possivelmente cancerígenas.

Concentrações

De acordo com o CSPI, o refrigerante vendido no Brasil contém 263 mcg (microgramas) de 4-MI em 350 ml, cerca de 267mcg/355ml. Essa concentração é muito maior quando comparada com a Coca-Cola vendida no Quênia, que ficou na segunda posição, com 170 cmg/355ml. Confira os demais resultados na tabela abaixo:


QUANTIDADE DE 4-METIL-IMIDAZOL (4-MI) NA COCA-COLA EM NOVE PAÍSES
PAÍS4-MI em microgramas (mcg) em cada 355 ml
Brasil267
Quênia177
Canadá160
Emirados Árabes Unidos155
México147
Reino Unido145
Estados Unidos (Washington, DC)144
Japão72
China56
Estados Unidos (Califórnia)4


A Coca-Cola do Brasil traz nove vezes o limite diário de 4-MI estabelecido pelo governo da Califórnia, que estipulou a necessidade de uma advertência nos alimentos que contiverem mais que 29 mcg da substância. Além dessa quantidade diária, o risco de câncer seria maior do que 1 caso em 100 mil pessoas.

Pesquisa do Idec A Revista do Idec do mês de maio (ed. 165) publicou um levantamento de refrigerantes e energéticos que possuem o corante Caramelo IV em sua fórmula. Diante dos estudos que apontam para o perigo desse aditivo, o Instituto questionou se as empresas parariam de utilizá-lo.

Na ocasião, o Idec enviou cartas à diversas empresas e à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) questionando-os sobre a periculosidade do Caramelo IV e sua associação com o câncer.

O levantamento verificou que a regulação brasileira sobre o tema é falha e que os fabricantes de refrigerantes e bebidas energéticas não estão dispostos a informar ao consumidor a quantidade da substância tóxica em seus produtos.

“Acreditamos que uma postura preventiva deve ser adotada, já que é a saúde dos consumidores que está em jogo”, ressalta a dvogada do Idec, Mariana Ferraz, responsável pelo levantamento. 

Por essas razões, o Idec provocará as autoridades brasileiras para que revejam a legislação atual e prevejam medidas para minorar os riscos do consumidor.

Os limites atuais para a quantidade de Caramelo IV nos alimentos, estabelecidos pelo JECFA (um comitê de especialistas em aditivos alimentares da FAO/OMS), são baseados em estudos da década de 1980. Além disso, aqueles estudos foram gerados pela International Technical Caramel Association.

Com os estudos que agora vem à tona, espera-se que os limites e a legislação atuais, tanto internacional como nacional, sejam alterados.


Postado no Escrevinhador em 11/06/2015


Ex-modelo portadora de câncer usa internet para ajudar vítimas da doença



Flávia Flores, diagnosticada com câncer de mama, decidiu ajudar mulheres e homens que se encontram na mesma situação. A ex-modelo criou uma página com dicas de beleza e autoestima, que em pouco tempo reuniu milhares de seguidores. Veja!




Postado no portal R7 em 27/10/2013


Oscar superação e otimismo





Postado no Portal R7 em Junho/2013



Angelina Jolie e as marionetes





Sylvia Debossan MoretzsohnObservatório da Imprensa

Celebridades são notícia por sua própria condição de produto da indústria do entretenimento. Cumprem competentemente o script, lançam moda, divulgam padrões de beleza frequentemente inalcançáveis pelo comum dos mortais, eventualmente se tornam ícones de alguma causa humanitária. 

Mas também podem servir a outros fins, não imediatamente visíveis.

A decisão de Angelina Jolie de retirar ambos os seios para prevenir um possível câncer de mama, anunciada em artigo no New York Times (terça, 14/5 – original aqui e a tradução, aqui), teve a previsível repercussão pela radicalidade da atitude, provocou entusiasmados elogios à “coragem” e “ousadia” da atriz e suscitou o inevitável debate sobre a utilidade, o alcance e a viabilidade da aplicação de testes genéticos com esse fim, além das providências mais adequadas no caso da confirmação de um diagnóstico preocupante.

A Folha de S.Paulo, por exemplo, enfatizou a polêmica em torno do tema, apresentou hipóteses de tratamentos menos radicais e, em editorial (16/5), lembrou que o avanço da medicina tende a proporcionar o aumento das possibilidades de que se conheça a doença, mas não a cura: “Cada um terá de escolher de quanta informação necessita”. O que, especialmente nos dias de hoje, não é bem uma escolha, uma vez que estamos bombardeados por “informação” – verdadeira ou não, quem saberá? – por todos os lados.

A sombra da dúvida

O problema é que, para o público em geral, importam menos os argumentos dos especialistas consultados – eles mesmos sujeitos a controvérsias – do que o exemplo da celebridade. Que, embora viva da publicidade de sua imagem, poderia preservar algo de sua intimidade. Jolie, entretanto, preferiu se expor:

“Decidi não deixar minha história em segredo porque há muitas mulheres que podem estar vivendo sob a ameaça de um câncer sem saber disso. Espero que também elas possam fazer o teste genético”.

É uma esperança remota, considerando que a própria atriz, no parágrafo anterior, reconhecia que o custo desse teste (de R$ 3 mil a R$ 9 mil no Brasil, segundo reportagem de O Globo, 15/4) “continua sendo um obstáculo para muitas mulheres”.

Se a maioria das pessoas não pode pagar por isso, e se esse exame – como ocorre no Brasil – não é oferecido pelo serviço público de saúde, que consequências poderá ter o exemplo da atriz, a não ser aumentar a angústia de quem comece a considerar esse teste ao mesmo tempo uma necessidade e uma impossibilidade? Quantas mulheres não passarão a viver com mais um fantasma a assombrar-lhe os dias?

É claro que a atitude de Jolie permite também algum comentário sobre a tentativa de predizer e prevenir o futuro, como se eliminar a possibilidade de uma doença fatal nos fornecesse algum consolo quanto às inúmeras outras hipóteses de morte pelas mais distintas causas e nos desse alguma sensação de controle sobre nossas vidas. Como se fosse possível, em suma, abolir o acaso.

Os interesses em jogo

Nenhuma dessas considerações é desprezível, mas talvez seja mais relevante apontar os interesses por trás da decisão da atriz, mesmo que ela própria possa ignorá-los, embora essa (in)consciência importe menos do que a consequência de suas ações. 

Tais interesses apareceram dispersamente no meio do noticiário e foram sintetizados pela antropóloga Debora Diniz em artigo no Estado de S.Paulo(18/5 ):

“O teste sanguíneo para a identificação do gene defeituoso de Angelina [BRCA1] custa US$ 4 mil nos EUA.

É produzido por uma única empresa, a mesma que busca patentear o sequenciamento genético na Suprema Corte americana.

No Brasil, não está disponível na rede pública de saúde por duas razões. A primeira é que a genética clínica ainda não foi seriamente implementada como política pública do SUS. A segunda, e mais importante, é o custo exorbitante do exame, dado o controle econômico da patente e do sequenciamento do gene por uma única empresa. (...)

Angelina lançou-se como ativista de mais uma causa: a do teste preditivo para o câncer de mama e da mastectomia preventiva. 

Suas boas intenções humanitárias favoreceram o crescente mercado genético. Em poucos dias, as ações comerciais da Myriad Genetics, a única que controla o teste preditivo para o BRCA1, cresceram nas bolsas de valores.”

Marionetes às vezes representam tão bem que parecem ter autonomia. Por isso mesmo é preciso estar atento para quem está por trás da cena, especialmente quando lidamos com temas tão delicados quanto os ligados à saúde, e às cifras milionárias movimentadas por quem a trata como mercadoria.

Postado no Blog do Miro em 22/05/2013
Trecho do texto grifado por mim

Sexo oral causa mais câncer de garganta que cigarro e álcool, diz especialista




Casos da doença relacionados ao HPV aumentaram nos últimos dez anos

Fabiana Grillo 

O cigarro e o consumo frequente de bebidas alcoólicas sempre foram apresentados como vilões dos cânceres de orofaringe, especialmente na região da garganta. Embora ambos continuem sendo importantes fatores de risco, na última década observou-se um aumento significativo de casos da doença relacionados ao vírus HPV (papilomavírus humano).
O oncologista Dr. Luiz Paulo Kowalski, diretor do Núcleo de Cabeça e Pescoço do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo (SP), explica que houve uma mudança no perfil da doença, ou seja, “o que antes era frequente em homens acima dos 50 anos que fumavam e bebiam, agora é mais comum em jovens (30 a 40 anos) que fazem sexo oral desprotegido e têm vários parceiros”.
— É uma epidemia que está começando e acredito que por volta de 2020 o número de casos de câncer na garganta por HPV vai superar o provocado por álcool e tabaco. Atualmente, em São Paulo, cerca de 50% das pessoas com câncer de orofaringe foram infectadas pelo papilomavírus humano.
Para o médico, apesar de a conscientização da sociedade sobre os perigos do tabaco e o consequente abandono do vício, hoje o desenvolvimento do câncer na região da boca é decorrente da mudança de comportamento dos jovens que negligenciam o uso da camisinha.
— A principal forma de contágio é o sexo oral, sendo que ainda existe a possibilidade de transmissão do vírus pelo beijo. Por isso, é importante fazer sexo seguro e procurar restringir o número de parceiros.
Além disso, o especialista reforça que a vacina contra o HPV é a forma mais eficaz de prevenção e deve ser administrada, de preferência, antes do primeiro contato sexual. No entanto, a ginecologista Dra. Neila Maria de Gois Speck, professora afiliada do departamento de Ginecologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e membro da diretoria da Associação Brasileira de Patologias e Trato Genital Inferior, avisa que ela também pode ser usada por pessoas mais velhas.
— A indicação de bula é para mulheres entre 9 a 26 anos, mas trabalhos científicos mostram que ela é eficaz até os 50 anos. Além disso, a vacina é aprovada para o uso em homens.
Diagnóstico
Entre os sintomas do câncer de garganta, o médico do Hospital A.C. Camargo destaca dor persistente e progressiva na região, geralmente de um único lado, e dificuldade de engolir. Segundo ele, como o assunto está mais conhecido pela classe médica e população em geral, o diagnóstico se torna precoce e a chance de cura é maior.
— A cura depende da extensão da doença, mas em estágios iniciais a chance é de 90%; em casos mais avançados a porcentagem cai para 70%. Mesmo assim, é importante o paciente redobrar as medidas preventivas porque a doença pode voltar.
Assim como para o câncer de mama, o autoexame na boca e garganta é importante. Dr. Kolwaski orienta olhar na frente do espelho e procurar manchas vermelhas, brancas, feridas e bolinhas na região. Se detectado alguma alteração, vale procurar um especialista que pode, inclusive, ser o dentista ou otorrinolaringologista.
— Caso esses profissionais desconfiem de câncer, o oncologista será contatado e assumirá o caso.


Postado no Portal R7 em 17/09/2012