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Conheça o que é Ubuntu

 














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O desejo de aparecer nas redes sociais






O desejo de aparecer nas redes sociais parece ser influenciado por uma necessidade inerente de aprovação social, de ser aceito e reforçado pelos outros.


Atualmente existe um grande desejo de aparecer nas redes sociais, mas será que somos tão felizes quanto mostramos em nossos perfis? Essa questão surge do conceito de “felicidade”, talvez fictício, mostrado continuamente nas redes.

Se navegarmos em qualquer rede social, encontraremos posts de conhecidos viajando pelo mundo cheios de sorrisos, ou talvez uma foto daquele amigo – com quem não conversamos há semanas – com sua namorada, extremamente felizes e apaixonados como se tivessem saído de um filme.

De acordo com o Estudo Anual de Redes Sociais elaborado pelo IAB da Espanha, passamos aproximadamente 37 horas conectados por semana, cerca de 22% do nosso tempo.

Por esse motivo, de acordo com o estudo da IAB, nossa vida social está muito ligada às plataformas sociais da Internet. Portanto, não é de surpreender que usemos essa ferramenta para enviar mensagens para as pessoas ao nosso redor.

Em resumo, estamos interconectados à Internet e às redes sociais, e elas fazem parte do nosso dia a dia. Por isso, é importante nos perguntarmos: que parte da realidade mostramos nas redes sociais? 

Temos a urgente necessidade de contar ao mundo o quão felizes somos, embora essa felicidade possa não ser verdadeira.




A necessidade de aprovação nas redes sociais

De acordo com várias pesquisas, há uma necessidade genuína de agradar aos outros, representada por uma necessidade de aprovação social e de aparecer nas redes sociais.

É o que afirma um estudo da Universidade do México chamado A conveniência social reavaliada: mais do que uma distorção, uma necessidade de aprovação social.

Portanto, o desejo de aparecer nas redes sociais parece ser promovido por uma necessidade inerente de aprovação social, de sermos aceitos e reforçados pelos outros.

Por exemplo, obtemos uma sensação de bem-estar quando publicamos uma “selfie” e recebemos muitos likes e comentários lisonjeiros. Afinal, quem não gosta de elogios?

É daí que surge a atitude de adotar certos costumes ou atividades com o objetivo de querer aparecer ou causar uma boa impressão nos outros, principalmente nas redes sociais.

O psicólogo José Elías, presidente da Associação Espanhola de Hipnose, fala sobre “a adoção de certos hábitos, gestos e atitudes que buscam projetar uma boa imagem (uma imagem que receba reconhecimento positivo), para demonstrar aos demais que somos felizes, embora isso nem sempre seja verdade ou não estejamos convencidos disso”.

Em outras palavras, de acordo com o autor, satisfazemos nossa necessidade de aprovação social mostrando uma imagem de nós que pode não fazer parte da realidade.

O efeito “felicidade contagiosa”

Segundo um estudo da Universidade da Califórnia, o humor das pessoas é modificado e condicionado pelas postagens que elas veem nas redes sociais. O mesmo estudo garante que “o conteúdo publicado procura transmitir uma imagem de ‘felicidade contagiosa'”.

Segundo o estudo, perceber a alegria e o bem-estar dos outros nos leva a querer chegar a esse estado, e por isso nos estimula a publicar conteúdos semelhantes, produzindo o efeito de “felicidade contagiosa”.

Nesse sentido, demonstrar a “felicidade” online é contagiante e promove o desejo de aparecer nas redes sociais, ou seja, de fazer parte daquela onda contínua de mensagens e fotos “felizes”.




O que publicamos faz parte da realidade?

Yolanda Pérez, doutora em psicologia, diz que “Tem de tudo. Pessoas que mostram a verdade, algo mais irreal e até pessoas que exibem a verdade até a metade; estes últimos são os mais comuns”.

Além disso, a autora acrescenta: “Mostramos como somos bonitos, como somos simpáticos e sorridentes em um instante, mas essas fotos que são reais não mostram a nossa realidade, apenas parte dela, porque o dia tem 24 horas e é impossível sorrir por tanto tempo”.

A realidade que projetamos nas redes certamente não está completa, pois é impossível nos sentirmos felizes o tempo todo: a vida é cheia de emoções positivas e negativas, e ignorar essas últimas por causa do sistema só nos prejudica.

Em resumo, é claro que nem tudo que vemos nas redes é um reflexo da realidade. A aparência nas redes sociais, como explicamos, é relativa.

Portanto, não devemos cair no erro de pensar que existem pessoas que vivem 24 horas por dia em um estado de bem-estar máximo: todos nós temos momentos de crise, tristeza e angústia.

Ter dias ruins faz parte da vida e nos faz valorizar ainda mais os bons momentos. Em suma, ninguém tem uma vida absolutamente perfeita.

“ Sentir todos os tipos de emoções é o que enriquece as nossas vidas.”  - Daniel Goleman -









X-tudo com amor é melhor do que caviar com amargura






Luciano Cazz

Não importa onde você está nem com quem. O que torna um momento agradável é a energia que nos cerca e principalmente aquela que carregamos dentro da gente. Por isso, jantar em um restaurante caro e chique pode ser desgastante se for com pessoas que vivem de aparência, que competem o tempo todo para ver qual é a mais poderosa, a mais rica, a mais jovem. Pessoas amargas que contam vantagens, enquanto falam mal dos outros com desprezo e preconceito quase sem expressão por tanto botox. Você olha e se sente mal por estar ali em meio a tantas perfeições forjadas, tantos sorrisos falsos, egos ansiosos por reconhecimento, com a certeza de que quando você sair – que seja o quanto antes – também falarão mal de você mesmo que tenha sufocado aquele arroto por educação.

ENTÃO, VOCÊ ESTÁ E NÃO ESTÁ, A COMIDA NEM DESCE BEM, E O MOMENTO É ARRUINADO PELA FALTA DE AMOR DE QUEM LHE CERCA, UM VERDADEIRO DESPERDÍCIO DE VIDA.

Por outro lado, um macarrão instantâneo e um vinho barato com seus verdadeiros melhores amigos, sentado no chão da sala pode ser maravilhoso. Aqueles amigos que assumem suas falhas e ainda riem dos próprios erros, para depois fazerem você rir com suas piadas infames. Então, você responde com mais uma bobagem e, entre risos e confissões, alguém arrota alto e todos gritam: “Eiiaaaa!!!” “Agora imita o coelhinho porque o porquinho ficou sensacional.” Todos caem na gargalhada e a conversa segue sem medo de ser mal falado. Vocês relembram as melhores coisas que já viveram juntos. Os galhos quebrados. Às vezes, o assunto pesa com a dor de alguém. Também tem o momento papo cabeça onde a gente se acha um Platão e até Freud baixa quando analisamos nossos amigos com a precisão genuína de quem os conhece há muitos anos.

E vocês se aconselham, xingam-se e segue o baile, ou melhor, a sobremesa que alguém está preparando na cozinha e, por isso, responde aos gritos para não parar de mexer o brigadeiro. Falam das melhores aventuras com os exs. Das experiências no trabalho. Do chefe. Comem o brigadeiro de colher. E de repente alguém olha no relógio e diz: “Nossa, já são 5 da manhã”. E todos se espantam porque o tempo passou e ninguém notou, porque a energia daquele macarrão instantâneo com sardinha no chão daquela sala é a melhor do mundo e poderia ser eterna.

E não importa onde. Se em um rodízio de pizza ou em um palacete. Não importa se eles são médicos, empresários renomados ou anônimos batalhadores, garçons de fim de semana ou vendedores de loja de dezembro. Não importa se depois você vai pegar carona em um carro importado, em um fusquinha 77 ou até de bicicleta. O que importa é a AMOR DO MOMENTO. Simplesmente porque a paz de estar em meio a pessoas que lhe querem bem de verdade torna todo o resto supérfluo, a VIBRAÇÃO DO AMOR vale mais do que qualquer preço. Em qualquer lugar, em qualquer momento, em qualquer idade.
COM A BOCHECHA DOENDO DE TANTO DAR RISADA, VOCÊS SE OLHAM TENTANDO ESCONDER A DECEPÇÃO PORQUE ENTENDEM QUE JÁ É HORA DE PARTIR.
Passadas as revelações inesperadas e os planos do futuro, fica a certeza do desejo de que aquele não seja o último encontro. Então, a gente se despede, com o bafo de sardinha, chateado porque queria congelar aquele momento para sempre. Faz promessas de repetir, as quais você sabe que serão cumpridas, de alguma forma, talvez em outro lugar, com outras pessoas. Porque energia boa é assim, enche nossos corações de alegria, e a gente vicia.

E, então, você chega em casa com o sol nascendo deita na cama exausto, mas sorri porque, finalmente, é capaz de entender o que realmente vale a pena nessa vida.









O experimento do violinista no metrô : uma prova de que olhamos sem ver



O Washington Post quis provar até que ponto as pessoas eram capazes de reconhecer algo bonito ou sublime quando a beleza competia com a rotina. Infelizmente, provou o contrário: que olhamos sem ver e ouvimos sem escutar.


O experimento social do violinista no metrô foi realizado para provar que olhamos sem ver. Foi realizado pela primeira vez em 2007 e repetido após sete anos. Seu protagonista foi o famoso violinista Joshua Bell, e ele provou que os seres humanos são bons em ignorar a beleza.

O experimento foi organizado pelo jornal Washington Post. Partia de uma pergunta: a beleza é capaz de capturar a atenção das pessoas se for apresentada no contexto cotidiano e em um momento inadequado?

Em outras palavras: as pessoas são capazes de reconhecer o belo fora dos cenários em que esperam que ele esteja?

O resultado final mostrou que olhamos sem ver e ouvimos sem escutar. Nos deixamos levar pelas aparências e estamos tão absorvidos que não somos capazes de descobrir as belezas ocultas.

“Tudo tem sua beleza, mas nem todos podem vê-la”.  - Confúcio -




Joshua Bell, um virtuoso

Joshua Bell é um dos melhores violinistas do mundo. Nasceu em Indiana (Estados Unidos) em 1967. Quando era muito pequeno, seus pais o viram reproduzindo o som do piano que sua mãe tocava, com faixas de borracha. Ele tinha apenas 4 anos de idade.

Seu pai lhe comprou um violino e aos 7 anos o garoto já fazia seu primeiro show.

A característica mais marcante de Joshua Bell é seu amor pela música clássica e sua defesa de uma ideia: ela deve estar ao alcance de todos os públicos. Ele não é um daqueles músicos que pensam que ela é válida apenas em determinados ambientes ou para um público treinado.

Bell apareceu na Vila Sésamo e participou da criação de várias trilhas sonoras para filmes. Além disso, interpretou o tema central do filme O Violino Vermelho e atuou como o dublê do protagonista em várias cenas.

Por isso, o Washington Post achou que Joshua Bell era o personagem mais indicado para o seu experimento social.


O experimento do violinista no metrô

O experimento do violinista no metrô consistia em colocar Joshua Bell para tocar violino em uma estação muito popular do metrô de Washington, em um momento de grande circulação de pessoas.

Bell quis interpretar a música com seu valioso violino Stradivarius, avaliado em mais de três milhões de dólares.

Os criadores do experimento estimaram que entre 75 e 100 pessoas parariam para escutá-lo. Também acreditavam que Bell receberia pelo menos 100 dólares ao longo da duração de sua performance.

Três dias antes, ele havia dado um concerto em que os presentes haviam pago 100 dólares para ouvi-lo em cadeiras não muito bem localizadas.

O dia marcado foi 12 de janeiro de 2007 às 7:51 da manhã. Bell estava vestido com uma camisa de mangas compridas, jeans e boné. Ele começou interpretando uma obra de Johann Sebatian Bach, depois continuou sua magistral interpretação com a Ave Maria de Shubert e várias outras peças.

Rapidamente, ficou evidente que olhamos sem ver e ouvimos sem escutar.





Olhamos sem ver e ouvimos sem escutar

No total, o prodígio do violino tocou por 47 minutos. Durante esse tempo, 1.097 pessoas passaram.

Para a grande surpresa de todos, apenas seis delas pararam para escutar. No total, ele ganhou 32 dólares e 17 centavos pela sua performance. Joshua Bell disse, mais tarde, que o mais frustrante foi terminar suas interpretações e ver que ninguém o aplaudia.

Apenas uma mulher o reconheceu e um homem parou para escutá-lo por seis minutos. Era um jovem de 30 anos chamado John David Mortensen, um funcionário do departamento de energia do Estado.

Mais tarde, ele disse que os únicos clássicos que conhecia eram os clássicos do rock. No entanto, a música de Bell lhe pareceu sublime e ele decidiu parar para ouvir. “Senti paz“, disse ele.

A prova de que olhamos sem ver e ouvimos sem escutar é que a maioria dos que passavam ficava completamente indiferente ao espetáculo. Para Bell, também foi desanimador sentir-se tão ignorado.

Por isso, sete anos depois, ele voltou a tocar no mesmo lugar, mas precedido por uma grande publicidade. Desta vez, centenas de pessoas se reuniram ao seu redor.

O objetivo era levar a música clássica aos jovens e Bell fez um pequeno concerto didático. Ele lamentou que tantas pessoas no mundo não conseguissem identificar a beleza em muitos momentos, e quis fazer algo para superar essa deficiência.










O trem da vida


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Aprenda a filtrar palavras, ações e pessoas


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Nem todo mundo faz bem, nem todo mundo quer bem, nem todo mundo deve ficar. A qualidade de nossas vidas em muito dependerá do tipo de companhia que tivermos enquanto caminhamos.

Marcel Camargo

Lá no século passado, Guimarães Rosa já escreveu que viver é perigoso, enquanto Vinícius de Moraes cantava que são demais os perigos dessa vida – imagine hoje. Perigoso porque temos que lidar tanto com o que ocorre lá fora quanto com o que acontece dentro de cada um de nós. Temos que equilibrar o caos da vida com o caos de nosso íntimo. Por isso, é preciso aprender a filtrar palavras, ações e pessoas.

Ouvimos muita coisa ao longo do dia, palavras que nos chegam com leveza ou com agressividade. Da mesma forma, nós mesmos dizemos as palavras com tranquilidade ou não. Por essa razão é que precisamos controlar o que entra em nossos ouvidos e o que sai pela nossa boca, tendo o cuidado de não segurar conosco o que vier como lixo e de não jogar o nosso lixo em quem não merece. O filtro que colocamos em nossa boca e em nossos ouvidos é providencial, em nossa jornada, para que ela fique mais limpa e feliz.

Enquanto vivermos, seremos, muitas vezes, pegos de surpresa, por atitudes e comportamentos que nos machucam, até mesmo por parte daqueles que mais amamos. As pessoas sempre nos surpreendem e, infelizmente, nem sempre no melhor sentido, ou seja, precisamos estar conscientes de que não conheceremos alguém completamente, ninguém é uma certeza. Nada é uma certeza nessa vida. Caso a decepção ocorra em relação a quem nem faz muita diferença, temos que tentar ignorar. Economizemos energias para as batalhas que importam. Com nossos queridos, por exemplo, teremos que resolver as pendências.

É preciso filtrar, também, pessoas. Nem todo mundo faz bem, nem todo mundo quer bem, nem todo mundo deve ficar. A qualidade de nossas vidas em muito dependerá do tipo de companhia que tivermos enquanto caminhamos. Nunca conseguiremos sorrir com verdade enquanto estivermos acompanhados das pessoas erradas. Seremos mais felizes longe de algumas pessoas e muitas delas serão melhores longe de nós. Amizade forçada é humilhante. Amor forçado é doloroso. Manter junto somente quem realmente torce por nós é o que nos tornará mais aptos a alcançar os nossos sonhos.

Como se vê, é preciso selecionar o que fica conosco e o que tem que ser deletado. A vida traz muita coisa, provoca muitas emoções, coloca muitos acontecimentos em volta da gente, de todo tipo, de todas as formas, nas mais variadas intensidades. Cabe a nós lidar com tudo isso da melhor maneira possível, a fim de nos preservarmos do que machuca, de quem faz mal. Não conseguiremos viver sem cair, sem sermos derrubados, porém, caso consigamos guardar o melhor de tudo e de todos dentro de nós, estaremos prontos para levantar, seguir, avançar, para buscar, sempre, incansavelmente, a felicidade. Porque, então, teremos amor verdadeiro alimentando o nosso coração.


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“Pensamentos são lugares. Escolha onde você quer estar.”



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A mente de cada um de nós pode ser nossa liberdade ou nossa prisão. Tudo depende dos pensamentos que cultivamos dentro de nós.

Alessandra Piassarollo


A mente de cada um de nós pode ser nossa liberdade ou nossa prisão. Tudo depende dos pensamentos que cultivamos dentro de nós.

Você já se deu conta de que a forma como você pensa pode mudar o rumo da sua vida?

Pensamentos podem ser asas. Quando se decide o que quer, os pensamentos vão adquirindo forma, tornam-se concretos e nos levam a lugares incríveis, onde só uma mente que pensa à frente é capaz de chegar. Nenhuma barreira é suficientemente forte para provocar uma desistência.

Mas os pensamentos também podem se tornar uma prisão, se não forem bem direcionados. Se girarem em torno de amargura, pessimismo, revanchismo ou outras formas de negatividade, a vida se aprisiona e passa a acontecer em um contexto limitado, dentro de cercas e sem mudanças ou avanços consistentes.

Buda ensinou que: “A LEI DA MENTE É IMPLACÁVEL. O QUE VOCÊ PENSA, VOCÊ CRIA; O QUE VOCÊ SENTE, VOCÊ ATRAI; O QUE VOCÊ ACREDITA, TORNA-SE REALIDADE.”

Tudo está relacionado à energia com que você alimenta seus pensamentos, e seus desejos. Depende também do quanto você realmente acredita naquilo que pensa. Porque, ao acreditar, começamos a caminhar em direção ao que queremos que aconteça, como se já antecipássemos o que ainda é impalpável.

Mesmo que algumas coisas não aconteçam no tempo que gostaríamos, é importante que já acordemos com pensamentos positivos e com sinceros desejos de que eles se tornem realidade. Isso é muito poderoso! Produz força, inclusive, para nos ajudar a lidarmos com os inesperados da vida, que são inevitáveis e fazem parte da história de todas as pessoas.

As vantagens de saber direcionar os pensamentos são visíveis. A pessoa que alimenta pensamentos positivos tem um semblante mais feliz e confiante, vive com mais determinação, aprende com as quedas e traça planos mais ousados que os da maioria. Segue com coragem e sem o medo paralisante do desconhecido, que trava muita gente. Olha pra frente, mantendo as dores no passado e traçando metas para um futuro que, por essas características, tende a ser promissor.

Pensar positivo não se trata de uma teoria sem fundamento, é um jeito eficiente e mais prazeroso de ver a vida. É entender que acreditar no que se pensa é o primeiro passo para fazer acontecer. O pensamento positivo tem o poder de levar a crer que tudo pode mudar a qualquer momento, e a crença de que essa mudança será para melhor, traz ânimo e disposição. Afinal, sabemos de antemão que tudo depende da importância que se dá.

Para quem ainda não se deu conta dos benefícios, o ideal é educar a mente. Pode-se começar com leituras e músicas que incentivem a manter a mente aberta para as coisas boas e passar a substituir palavras negativas por palavras positivas no dia a dia. E a partir disso, deixar de pensar nos obstáculos apenas como problemas e percebê-los como desafios capazes de gerar aprendizados e desenvolvimento pessoal.

Manter a mente ocupada com o que realmente é construtivo e importante tem um valor inestimável. Como nos diria Marla de Queiróz, “Pensamentos são lugares. Escolha onde você quer estar.”

Escolha o seu e seja feliz !


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“ A minha religião é muito simples. A minha religião é a gentileza.”


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Talvez o melhor jeito seja encarar as pequenas gentilezas como remédio para amenizar as amarguras deste mundo hostil; ao praticá-las estaremos fazendo dele um lugar mais acolhedor e humano.

Alessandra Piassarollo

Afirmou Dalai Lama, cheio de propriedade, batendo de frente com quem ocupa os bancos dos templos, mas permanece com o coração vazio de afeto e cuidado com o outro. Afinal, nada justifica a escassez de comportamentos gentis que temos visto.

Quem nunca ouviu ou leu a frase: “Gentileza gera gentileza”?

Também esse dito, com ares de profecia, ressalta a necessidade de manter vivo um comportamento que fica cada vez diminuto, mas que sem ele torna-se muito difícil convivermos bem uns com os outros.

Um detalhe é que esta frase é mais comumente interpretada como sendo sobre comportamentos adotados na rua. Mas é preciso levá-la para casa. Praticar gentilezas em domicílio também faz parte desse apelo e é tão (ou mais) importante quanto fazê-lo na rua.

É mesmo uma verdade que ser gentil no trânsito, no comércio, no trabalho ou mesmo nas redes sociais é um desafio constante e por vezes exige o máximo do autocontrole de alguém. Não é tão fácil ser gentil, sobretudo quando não se recebe o mesmo tratamento.

Também não é fácil manter-se gentil no dia a dia de nossas casas. Por mais que gostemos das pessoas mais próximas, nem todo dia é um bom dia. Quando o cansaço se abate sobre nós; quando, ao retornar para casa, ao invés do descanso encontramos outros afazeres e problemas a resolver; quando o silêncio do quarto é quebrado pelo barulho nas casas vizinhas; quando o despertador nos acorda de um sono tranquilo e nos chama para um dia cheio de tarefas; quando as pessoas à nossa volta se acham no direito de bisbilhotar nossos assuntos particulares.

É exatamente nesses momentos críticos que tendemos a descontar em quem nos apareça primeiro. Algumas das vítimas acabam sendo as pessoas a quem mais amamos, numa controvérsia que gera muitos conflitos em nossas relações.

Torna-se um desafio reparar na refeição preparada sobre a mesa, e agradecer o esforço de quem se dedicou tanto; perceber que o outro não teve uma boa noite de sono ou um bom dia de trabalho e se dispor a algum gesto que possa melhorar esse quadro; molhar as plantinhas de alguém, refazer a cama; fazer um elogio; dizer palavras doces quando se está cuspindo marimbondo.

Quanta dificuldade encontramos em manter-nos atentos a esses detalhes e fazer disso uma oportunidade de melhorar o dia de alguém!

Talvez o melhor jeito seja encarar as pequenas gentilezas como remédio para amenizar as amarguras deste mundo hostil; ao praticá-las estaremos fazendo dele um lugar mais acolhedor e humano.

Alguém que tenha por hábito tratar bem os de casa, mais facilmente tratará bem os outros que cruzarem pelo seu dia, e quem foi bem tratado terá mais chances de fazer o mesmo, fazendo girar o maravilhoso círculo da convivência pacífica.

Gandhi ensinou que “a gentileza não diminui com o uso. Ela retorna multiplicada.” Portanto, não precisamos economizar! Podemos continuar cumprimentando os outros, abrindo portas, cedendo cadeiras e fazendo todo tipo de bondade que uma pessoa gentil é capaz de fazer.

A gentileza possui uma espécie de encantamento que faz com que os relacionamentos tornem-se agradáveis e muito, muito mais duradouros. Aposte nela !


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A grandeza das boas pessoas está em seu coração






Pode ser difícil descrever a grandeza das boas pessoas. Elas colocam o coração em tudo que fazem. Expõem o brilho de seus olhos, a cor de seu sorriso e a intenção vestida de amor em cada um de seus atos.

São estas pessoas que sempre aparecem para aquecê-lo quando ninguém sequer percebeu que você tremia de frio, que oferecem trocar tristezas por risadas e que sempre estão dispostas a mudar a cor dos dias nublados.

Pessoas que são remédio, que são lar, pessoas mágicas. Pessoas que te abraçam para recompor suas partes quebradas, mas também para te lembrar de que estão ali e se alegram com todas as coisas bonitas que acontecem na vida.

São aquelas pessoas que percorrem o caminho da vida com você, que descobrem nuances preciosas nas emoções já conhecidas e mostram que existem muitos lugares incríveis para serem visitados e outras tantas formas de olhar.

Pessoas com as quais a conexão é mais do que compartilhar tempo: é criar magia. Especialistas em acariciar a alma sem sequer tocá-la e doutoras no incrível ato de dar de coração.

Vamos nos aprofundar na grandeza das boas pessoas, aquelas que são um presente para cada um de nós e, às vezes, nossas melhores coincidências.

“ Se você vê algo belo
em uma pessoa,
diga a ela.
Essa pessoa
pode estar em uma guerra
que a impede de ver sua beleza,
e você pode salvá-la ”

–  Zab G. Andrade -

A bondade como sinal de superioridade

A grandeza das pessoas está desenhada em seus corações, em sua capacidade de se dar aos demais através de atos de bondade, com a única intenção de fazer os outros mais felizes. Porque não há nada maior, nem que reconforte mais, do que ajudar.

Assim são as boas pessoas. É possível reconhecê-las por terem a bondade como sinal de superioridade e a paciência como estratégia para compreender os demais. Não pressionam, não gritam nem forçam, muito pelo contrário.

Sabem interpretar silêncios, respeitar tempos e oferecer apoio quando alguém precisa.

“ Acima de tudo está a bondade afetuosa. Assim como a luz da Lua ilumina sessenta vezes mais do que a luz das estrelas, a bondade afetuosa libera o coração de uma forma sessenta vezes mais efetiva do que todas as demais realizações religiosas juntas."    - Buda Gautama -

As boas pessoas exalam calma e uma sensação de bem-estar apenas com a sua presença. Além disso, têm um passatempo secreto que poucas vezes revelam: observam o brilho exalado pelos olhos daqueles que se conectaram com a felicidade.

Charles Darwin falou sobre a importância desse valor. De fato, ele o considerava como nosso instinto mais forte e valioso, que possibilita a sobrevivência não só da humanidade, mas também de todos os seres vivos.

O problema é que não é praticado com muita frequência, nem é valorizado o suficiente quando os demais o praticam. Isso porque a bondade é o único investimento que sempre nos enriquece e que nunca falha. Há tantos gestos cheios de amor e bondade que passam despercebidos !

“As ‘pessoas lar’ têm cheiro de amor e aceitação incondicional. Cheiro de carinho, abraços nos quais fecham-se os olhos e forma-se um sorriso. Essas pessoas têm cheiro de amizade, amor e família escolhida.
Dizem ‘estou ao seu lado, então precisamos apertar os dentes’ e confiam em você inclusive quando você mesmo deixou de fazê-lo. São aquelas pessoas que não evitam que você tenha vertigem ou caia, mas oferecem as palavras exatas, que só podem ser presenteadas por alguém que costurou feridas a aprendizados.”-Reparando Alas Rotas-
A força da compaixão e da grandeza das boas pessoas

A compaixão é outro sinal delator das pessoas de grande coração. São capazes de se colocar no lugar dos demais, de desejar que as pessoas fiquem livres de sofrimento, e são capazes de sentir a responsabilidade de fazer algo pelos outros.

São pessoas que se nutrem do amor, mas compreendem o amor a partir de seu conceito mais amplo, aquele amor dado de forma desinteressada. Sem esperar nada em troca e sentindo, por sua vez, o bem-estar mais absoluto. Trata-se de um genuíno desejo que nasce do mais profundo e que está, única e exclusivamente, dirigido a fazer o bem.

O professor tibetano Thinley Norbu Riponche descreve muito bem esta capacidade: “A essência do amor é a compaixão dos seres sublimes que sempre são energia“, enquanto Thich Naht Hanh se refere a ela como “amor verdadeiro”. E assim é.

“ Nenhuma ingratidão fecha um grande coração, nenhuma indiferença o cansa."     - Leon Tolstoi -

As boas pessoas estão repletas de compaixão, bondade e amor. São aquelas que, apesar da distância, são sentidas por perto, pois rompem os limites físicos para se conectar com o seu interior.

São pessoas que combinam com perfeição a empatia com a arte de compreender a dor, por isso decifram cada uma das nossas feridas. Porque são artesãs de harmonia e felicidade, capazes de voltar todos os seus sentidos e sentimentos para os demais, para transformar um dia comum em algo extraordinário.

Suas armas secretas são os gestos cheios de amor fruto da nobreza de seus corações. Graças a eles, inundam a alma dos demais de energia positiva, sem esperar nada em troca. Porque o que mais as preenche é presentear afeto, pelo simples fato de fazê-las se sentirem melhor.

Dessa forma, as boas pessoas são artífices do amor mais genuíno e sincero que podemos encontrar. Tesouros que devem ser apreciados e cuidados desde o mais profundo de cada um de nós. Seu valor é incalculável.

“ Eu aprendi que as pessoas se esquecerão do que você disse, também se esquecerão do que você fez, mas nunca se esquecerão de como você as fez se sentir."

- Maya Angelou -











É ! A gente não tem jeito de babaca… É ! A gente quer viver todo respeito…



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 Jackson César Buonocore

O termo babaca está relacionado ao comportamento idiota de um homem ou mulher, que gosta de dizer babaquices e de estragar as coisas ao seu redor. E tudo indica que estamos cercados por eles. No entanto, o que precisamos é saber lidar e entender a mente dos babacas, que surgem em nosso cotidiano.

Para a psicanálise os indivíduos babacas são percebidos como perversos, pois têm orgulho extremado de si mesmos e de suas atitudes. Geralmente são paranoicos, apresentam delírios de grandeza e mentiras patológicas. Eles não têm senso de ridículo e bom senso. Aliás, lhes falta empatia, e por isso “azedam” e “minam” as relações humanas.

No sentido literal, os babacas são imbecis e desalmados que expõem sua fraqueza moral. É como bem disse o escritor irlandês, Oscar Wilde: “Os loucos às vezes se curam, os imbecis nunca.”

Os babacas mais populares sofrem de “egomania”, ou seja, uma preocupação obsessiva com si mesmos, e são irredutíveis aos comportamentos solidários e cooperativos. Adoram ser tratados com bajulação. Além disso, trazem uma visão distorcida dos seres humanos, uma vez acreditam que podem tudo, e que os demais que se “danem”.

O filósofo Platão arguiu que um tirano, por mais poderoso que seja, sofre no final por corromper sua própria alma. Hoje é possível utilizar esse parâmetro filosófico para perfilar os babacas, inclusive em proporções menores, já que transformam a vida das pessoas e das comunidades em um “inferno”.

Catalogamos dez tipos principais de babacas, que cometem imbecilidades em função da prática da desonestidade e da maldade: 1) babacas sádicos; 2) babacas violentos; 3) babacas psicopatas; 4) babacas sociopatas; 5) babacas narcisistas; 6) babacas bajuladores; 7) babacas preconceituosos; 8) babacas sexistas; 9) babacas elitistas; 10) babacas racistas. E tantos outros, que são escandalosamente visíveis, sobretudo, nas redes sociais.

Portanto, as palavras e ações dos babacas têm um efeito corrosivo sobre as pessoas, deixando-as exauridas e desenergizadas. O livro dos Provérbios bíblicos de Salomão já previa isso: “O caráter do perverso é maligno. Caminha de um lado para o outro murmurando atrocidades.”

Os babacas via de regra “se dão mal” por se acharem espertos. Porém, ao toparmos com babacas a melhor saída é ignorá-los, bloqueá-los nas redes sociais e se forem apresentadores de programas de televisão ou rádio é só trocar de canal, visto que os babacas necessitam de audiência ou público para dar os seus “shows” de manipulação e insultos.

As pessoas com autoestima, autocontrole emocional e conduta inteligente enchem a paciência dos babacas e por esses motivos eles acabam desistindo das artimanhas, que levam alguém ao engano, porque como diz os refrões da canção do nosso querido cantor e compositor Gonzaguinha:

É !
A gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca (…)

É !
A gente quer viver pleno direito
A gente quer viver todo respeito (…)


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7 dicas para não afundar na ‘bad’ em tempos de incerteza, segundo a filosofia


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Bibiana Beck

Em tempos em que medo, ódio e as incertezas sobre o futuro ultrapassam os limites aceitáveis, é normal que muitos de nós busquemos como estratégia o isolamento. Evitar a si e aos outros pode funcionar por um tempo, mas acaba colocando nossa saúde mental em risco. Para continuarmos bem-vivendo mesmo em tempos de profunda crise, torna-se ainda mais importante (ainda que mais difícil) estar-no-mundo, apostar em autocuidado e cultivar os bons encontros.

Considero que uma das melhores coisas em ser ~de humanas~ é ter a possibilidade de encontrar pela vida outras pessoas que também são. Há alguns meses atrás ganhei um presente de um professor, desses, bem de humanas, em uma das disciplinas do curso de Psicologia. O presente era bem singelo. Nada além de uma folha de papel onde se lia: “Regras facultativas para uma arte dos bons encontros”. Algumas das teorias do Baruch Spinoza, um filósofo contemporâneo de Descartes – que infelizmente não teve tanto destaque -, estavam resumidas em alguns poucos tópicos práticos e queridos.

Partindo do princípio que vale mais construir pontes do que muros (alô, Trump), trazemos aqui uma lista cheia de valor para aqueles que precisam se manter sãos e fortes em tempos difíceis. As imagens são meramente ilustrativas:

1. “Elimine as paixões tristes”

Spinoza definiu paixões como o poder que um corpo tem de afetar e modificar sua potência e a sua existência. Paixões tristes são os encontros que enfraquecem a nossa potência. São elas a tristeza, ódio, medo, culpa, ciúme… Você há de convir que não servem para nada, né?


2. “Aprenda prazeres difíceis”

Existem prazeres que devem ser conquistados pouco a pouco, pois não são fáceis de aprender. No entanto, quanto mais a gente pratica, melhor a gente fica e mais prazer a gente sente. Para criar paixões alegres, dedique algum tempo à dança, teatro, tocar um instrumento musical, pintar, praticar yoga, surfar e, segundo o tal professor, tá valendo até o sexo com um aliado ou aliada e amar sem depender.


3. “Não seja escravo dos prazeres fáceis”

Comer, beber, fumar e/ou maratonear aquela série é bom e (quase) todo mundo gosta, né? Como diria o meme: não posso nem ver que eu adoro. Porém, o ideal é que a gente não condicione a nossa felicidade a isso ou a gente pode cair na cilada do excesso e deixar de lado outras coisas importantes válidas para que a gente consiga ter sucesso na missão de se manter de pé.


4. “Seja o governador da sua vida”

Como bem dizia Mário Quintana: “O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada a ver com isso”. Tem coisas que só nós podemos fazer por nós mesmos. Quanto antes a gente pegar nossa vida na mão com muito carinho e assumir a responsabilidade por ela (e pelas decisões que constroem as condições para que ela exista), melhor.


5. “Não queira governar a vida de ninguém”

Sim, tem sido difícil amar as diferenças quando elas parecem tão grandes e perigosas. Porém, tentar fazer os outros serem como a gente é uma gigantesca cilada. O caminho que cada um percorre para chegar até aqui é diferente. As pessoas e suas ações no mundo também vão ser.


6. “Faça exercícios todos os dias – mas só aqueles que seu corpo/alma gosta muito de fazer”

Para Espinosa, corpo e alma (ou mente, se você preferir) são indissociáveis. Por isso, ao cuidar de um você já tá ajudando o outro a se manter saudável. Porém, para ele, cuca fresca vale mais do que bumbum na nuca: de nada adianta aqueles agachamentos na academia se você não tá curtindo fazer.


7. “Respire”

Ainda tão pra inventar algo melhor do que a respiração profunda e consciente para varrer a angústia e desfazer nós. Nenhum tarja preta ajuda você a abraçar o presente tão bem quanto uma respiração profunda e lenta. Você já faz isso o tempo todo, né? É só continuar, só que direcionando mais atenção quando se sentir ansiosa ou ansioso.

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PS: Não tá na obra do Espinosa, mas a gente acredita que fotos de bichinhos também ajudam a resistir à bad. Sinta-se abraçado. 


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Solidão. Um sério perigo para a saúde


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Quando ela não é voluntariamente assumida, por livre escolha do indivíduo, a solidão pode dobrar o índice de mortalidade após uma hospitalização por problema de cardiologia. O efeito, segundo pesquisas recentes, é mais sensível em homens do que em mulheres.

Damien Mascret – Le Figaro Santé 

Você vive sozinho? Se o médico lhe faz essa pergunta logo após sua visita a um atendimento de cardiologia, ele não o faz apenas por causa de questões práticas ou por empatia, mas sim porque a solidão, real ou sentida, aumenta consideravelmente o seu risco de morte durante o ano que virá a seguir. O que justifica a pergunta: Um coração fragilizado será mais vulnerável ao isolamento social?

“Pesquisas mostraram que os homens utilizam principalmente suas esposas como primeiro suporte, mas as mulheres com frequência encontram apoio em pessoas que não são seus maridos”, afirma Anne Vinggaard Christensen, uma doutoranda em saúde pública no centro de cardiologia da Universidade de Copenhague.

Mas essa cientista esclarece que as coisas acontecem de forma diferente para os homens e as mulheres. Christensen apresentou os surpreendentes resultados de sua pesquisa no dia 9 deste mês de junho no Trinity College de Dublin, na Irlanda, durante o congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (EuroHeartCare).


A pesquisadora se baseou nos dados de todos os pacientes hospitalizados entre abril de 2013 e abril de 2014 em um dos cinco grandes centros de cardiologia da Dinamarca, inclusive aquele onde ela trabalha, perfazendo uma amostragem de mais de 13 mil pessoas, com idade média de 65 anos. A metade tinha sido hospitalizada por infarto do miocárdio e um terço por arritmia cardíaca; as restantes por insuficiência cardíaca ou doenças das válvulas do coração. A maioria (70%) era de homens. 

Mas o que a pesquisadora descobriu é que aqueles que viviam sozinhos apresentavam um risco duas vezes maior de morrer do que os outros durante o ano sucessivo a partir da sua alta hospitalar. Um excesso de risco que não foi encontrado nas pacientes mulheres!

Homens parecem ser mais dependentes

“Pesquisas anteriores já tinham demonstrado que os homens utilizam principalmente suas esposas como primeiro suporte, mas as mulheres com frequência encontram apoio em pessoas que não são seus maridos”, explica Anne Vinggaard Christensen. “Os homens portanto parecem ser bem mais dependentes da pessoa com a qual eles vivem, do que as mulheres. Já sabíamos que existe uma associação entre uma rede social pobre e a saúde, mas a força dessa associação nos deixou realmente surpresos”.


O mais surpreendente é que o sentimento de solidão faz com que dobre a mortalidade durante o ano seguinte a saída do hospital, e isso tanto para os homens quanto para as mulheres.

Nesse estudo dinamarquês, os pacientes deviam simplesmente responder à pergunta: “Acontece com frequência que você esteja sozinho até mesmo quando preferiria estar em companhia de outras pessoas?”. “Com frequência” foi a resposta para 6% dos homens e 10% das mulheres; “às vezes” para 17% dos homens e 21% das mulheres. 

Um desafio para a sociedade

Em seu livro Loneliness, Human nature and the need for social connection (Solidão, natureza humana e a necessidade de relações sociais) o neurocientista John Cacioppo, da Universidade de Chicago – conhecido por ter demonstrado em 2003, com o uso de ressonâncias magnéticas cerebrais, a ativação de zonas dolorosas quando as pessoas são rejeitadas por um grupo no decorrer de alguma partida esportiva – insiste repetidas vezes sobre os impactos provocados pela solidão prolongada.

“A solidão não altera apenas o comportamento mas seus efeitos atuam também quando medimos os hormônios do estresse, a imunologia e a função cardiovascular”, escreve Cacioppo. “À medida que o tempo passa, essas alterações fisiológicas se agravam a ponto de levar para a sepultura milhões de pessoas”. 

O fenômeno é bastante inquietante sobretudo quando consideramos a verdadeira epidemia de solidão que se desenvolve hoje em dia, sobretudo entre os idosos.

Uma pesquisa feita em 2017 encomendada pela organização francesa Les petits frères des pauvres (Os irmãozinhos dos pobres) estima que cerca de 900 mil pessoas com mais de 60 anos, apenas na França, já se encontram em uma situação de isolamento tanto em termos de círculo familiar quanto de roda de amigos. Um desafio que a sociedade moderna deverá enfrentar também em termos de saúde pública.



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