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Baixem o tom, fardados !




Cristina Serra

Generais, brigadeiros e almirantes deveriam ser os primeiros a querer esclarecer as gravíssimas denúncias de corrupção, reveladas pela CPI da Covid, que batem à porta de Bolsonaro e de uma penca de fardados. Mas o que estamos vendo é bem o contrário.

Como em outros momentos da nossa história, a cúpula das Forças Armadas e o Ministério da Defesa preferem esconder a sujeira embaixo do tapete, peitar as instituições democráticas e afrontar a Constituição e a sociedade civil. É esse o sentido da nota assinada pelo ministro Braga Netto e pelos três comandantes militares após a declaração do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), de que há um "lado podre das Forças Armadas envolvido com falcatrua dentro do governo".

Alguém duvida disso? A pior gestão da pandemia no mundo foi a de um militar brasileiro, o general da ativa Eduardo Pazuello. Agora, sabemos também que a alta hierarquia do ministério na gestão dele, toda fardada, aparece no "vacinagate", notadamente seu ex-secretário-executivo, o coronel da reserva Elcio Franco.

Depois de tantos anos restritos aos quartéis e às suas atribuições profissionais, os militares voltaram ao poder de braços dados com um sujeito desqualificado, medíocre, notoriamente ligado a esquemas criminosos, que vão de rachadinhas a milicianos, e que é sustentado no Congresso pelo centrão.

Cúmplices e agentes ativos de tudo isso, os militares vêm cantar de galo, atribuindo-se o status de "fator essencial de estabilidade do país". Ora, é exatamente o contrário. Senhores fardados, vocês deixarão uma herança de morte, doença, fome e corrupção. Querem enganar quem? Acham que estão em 1964?

Baixem o tom, senhores. O Brasil não tem medo de suas carrancas, de seus coturnos e de seus tanques. Generais, vistam o pijama e, quando a pandemia passar, organizem um campeonato de gamão na orla de Copacabana. É o melhor que podem fazer pelo país.




Cristina Serra é paraense, jornalista e escritora. É autora dos livros “Tragédia em Mariana - a história do maior desastre ambiental do Brasil” e “A Mata Atlântica e o Mico-Leão-Dourado - uma história de conservação

Artigo publicado originalmente em





Baixem o tom, fardados !




Cristina Serra

Generais, brigadeiros e almirantes deveriam ser os primeiros a querer esclarecer as gravíssimas denúncias de corrupção, reveladas pela CPI da Covid, que batem à porta de Bolsonaro e de uma penca de fardados. Mas o que estamos vendo é bem o contrário.

Como em outros momentos da nossa história, a cúpula das Forças Armadas e o Ministério da Defesa preferem esconder a sujeira embaixo do tapete, peitar as instituições democráticas e afrontar a Constituição e a sociedade civil. É esse o sentido da nota assinada pelo ministro Braga Netto e pelos três comandantes militares após a declaração do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), de que há um "lado podre das Forças Armadas envolvido com falcatrua dentro do governo".

Alguém duvida disso? A pior gestão da pandemia no mundo foi a de um militar brasileiro, o general da ativa Eduardo Pazuello. Agora, sabemos também que a alta hierarquia do ministério na gestão dele, toda fardada, aparece no "vacinagate", notadamente seu ex-secretário-executivo, o coronel da reserva Elcio Franco.

Depois de tantos anos restritos aos quartéis e às suas atribuições profissionais, os militares voltaram ao poder de braços dados com um sujeito desqualificado, medíocre, notoriamente ligado a esquemas criminosos, que vão de rachadinhas a milicianos, e que é sustentado no Congresso pelo centrão.

Cúmplices e agentes ativos de tudo isso, os militares vêm cantar de galo, atribuindo-se o status de "fator essencial de estabilidade do país". Ora, é exatamente o contrário. Senhores fardados, vocês deixarão uma herança de morte, doença, fome e corrupção. Querem enganar quem? Acham que estão em 1964?

Baixem o tom, senhores. O Brasil não tem medo de suas carrancas, de seus coturnos e de seus tanques. Generais, vistam o pijama e, quando a pandemia passar, organizem um campeonato de gamão na orla de Copacabana. É o melhor que podem fazer pelo país.




Cristina Serra é paraense, jornalista e escritora. É autora dos livros “Tragédia em Mariana - a história do maior desastre ambiental do Brasil” e “A Mata Atlântica e o Mico-Leão-Dourado - uma história de conservação

Artigo publicado originalmente em





Quatro anos de golpe e destruição do Brasil


A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sorrindo

Leonardo Attuch


O dia 12 de maio de 2016 jamais sairá da minha memória. Naquela data, eu completava 45 anos de idade e, ao mesmo tempo em que lia dezenas de mensagens que chegavam pelo facebook, acompanhava a votação pelo Senado Federal da maior farsa política da história do País: o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, afastada do cargo por "pedaladas fiscais". No dia seguinte, uma sexta-feira 13, ela seria substituída por Michel Temer, o vice que a traiu e que, por traí-la, traiu o próprio decoro do cargo, assim como a constituição brasileira. Temer conseguirá apenas um feito em sua apagada biografia: vai reabilitar Joaquim Silvério dos Reis e tomará seu lugar como símbolo maior da traição.

Depois de quatro anos de destruição da imagem e da economia do Brasil, até mesmo aqueles que foram levados por ignorância ou oportunismo a embarcar no golpismo já podem fazer um balanço isento da situação. Quais são as notícias do dia? Judeus condenam o uso de um slogan nazista pelo governo brasileiro, a equipe econômica queima reservas e o dólar se aproxima de seis reais, embaixador aponta que o Brasil caminha para a irrelevância no mapa global… e isso é apenas um retrato parcial deste 12 de maio de 2020.

Era este o destino do Brasil? Não era para ser. Em 2016, o país sediaria os Jogos Olímpicos apenas dois anos depois de sediar a Copa do Mundo. O Brasil era também um dos países que mais atraía investimentos internacionais. E poderia estar hoje, em 2020, preparando as comemorações para seu bicentenário da Independência numa posição de soberania. Infelizmente, tudo mudou para pior e nossa condição atual é a de neocolônia de um império que luta para evitar sua decadência.

Hoje, é também possível fazer um balanço isento do que foi o legado do combate à corrupção no Brasil. Empresas de engenharia, que eram um símbolo da capacidade empresarial brasileira, foram dizimadas e há mais de 100 mil engenheiros desempregados. Cadeias produtivas inteiras foram destruídas, como as dos setores de óleo e gás e da indústria naval. Em Brasília, o Congresso passou a ser povoado por figuras que saíram do anonimato e hoje se dizem arrependidas. Neste mesmo parlamento, o protagonista do golpe, o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), segue sendo denunciado por vários casos de corrupção, sob a proteção hipócrita da mídia corporativa brasileira. O ex-juiz Sergio Moro é chamado de "Judas" por aquele que colocou no poder. E até mesmo os símbolos e as cores nacionais foram apropriados pelo fascismo. O verde-amarelo, antes objeto de admiração no mundo, hoje inspira vergonha.

É também fundamental dizer que o golpe contra Dilma foi não apenas uma farsa, mas também uma das maiores violências políticas, se não a maior, da história do Brasil. Como dispensou o uso de tanques nas ruas, como se fazia no passado, foi feito sob a aparência de "legalidade". Uma legalidade apenas formal, que legitimou o discurso hipócrita, usado até hoje pelos golpistas, de que "as instituições estão funcionando". Aliás, quando alguém disser que as "instituições no Brasil funcionam", é batata. Ali estará um golpista, seja por conveniência, interesse próprio, omissão ou covardia.

Naquele 12 de maio de 2016, uma das mensagens chamou a minha atenção. Foi enviada pelo amigo e jornalista Laurez Cerqueira. Ela dizia mais ou menos o seguinte: "não desanime, o dia de hoje é apenas o começo da longa marcha para a reconquista da democracia no Brasil". Não desanimamos nem desanimaremos. Mas receio que estejamos apenas no começo do caminho. E não sei se sobrará Brasil, nem como ideia, nem como nação e nem mesmo como território, após o golpe dos canalhas que foi perpetrado quatro anos atrás.



Leonardo Attuch  Leonardo Attuch é jornalista e editor-responsável pelo 247, além de colunista das revistas Istoé e Nordeste.








Quatro anos de golpe e destruição do Brasil


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Leonardo Attuch


O dia 12 de maio de 2016 jamais sairá da minha memória. Naquela data, eu completava 45 anos de idade e, ao mesmo tempo em que lia dezenas de mensagens que chegavam pelo facebook, acompanhava a votação pelo Senado Federal da maior farsa política da história do País: o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, afastada do cargo por "pedaladas fiscais". No dia seguinte, uma sexta-feira 13, ela seria substituída por Michel Temer, o vice que a traiu e que, por traí-la, traiu o próprio decoro do cargo, assim como a constituição brasileira. Temer conseguirá apenas um feito em sua apagada biografia: vai reabilitar Joaquim Silvério dos Reis e tomará seu lugar como símbolo maior da traição.

Depois de quatro anos de destruição da imagem e da economia do Brasil, até mesmo aqueles que foram levados por ignorância ou oportunismo a embarcar no golpismo já podem fazer um balanço isento da situação. Quais são as notícias do dia? Judeus condenam o uso de um slogan nazista pelo governo brasileiro, a equipe econômica queima reservas e o dólar se aproxima de seis reais, embaixador aponta que o Brasil caminha para a irrelevância no mapa global… e isso é apenas um retrato parcial deste 12 de maio de 2020.

Era este o destino do Brasil? Não era para ser. Em 2016, o país sediaria os Jogos Olímpicos apenas dois anos depois de sediar a Copa do Mundo. O Brasil era também um dos países que mais atraía investimentos internacionais. E poderia estar hoje, em 2020, preparando as comemorações para seu bicentenário da Independência numa posição de soberania. Infelizmente, tudo mudou para pior e nossa condição atual é a de neocolônia de um império que luta para evitar sua decadência.

Hoje, é também possível fazer um balanço isento do que foi o legado do combate à corrupção no Brasil. Empresas de engenharia, que eram um símbolo da capacidade empresarial brasileira, foram dizimadas e há mais de 100 mil engenheiros desempregados. Cadeias produtivas inteiras foram destruídas, como as dos setores de óleo e gás e da indústria naval. Em Brasília, o Congresso passou a ser povoado por figuras que saíram do anonimato e hoje se dizem arrependidas. Neste mesmo parlamento, o protagonista do golpe, o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), segue sendo denunciado por vários casos de corrupção, sob a proteção hipócrita da mídia corporativa brasileira. O ex-juiz Sergio Moro é chamado de "Judas" por aquele que colocou no poder. E até mesmo os símbolos e as cores nacionais foram apropriados pelo fascismo. O verde-amarelo, antes objeto de admiração no mundo, hoje inspira vergonha.

É também fundamental dizer que o golpe contra Dilma foi não apenas uma farsa, mas também uma das maiores violências políticas, se não a maior, da história do Brasil. Como dispensou o uso de tanques nas ruas, como se fazia no passado, foi feito sob a aparência de "legalidade". Uma legalidade apenas formal, que legitimou o discurso hipócrita, usado até hoje pelos golpistas, de que "as instituições estão funcionando". Aliás, quando alguém disser que as "instituições no Brasil funcionam", é batata. Ali estará um golpista, seja por conveniência, interesse próprio, omissão ou covardia.

Naquele 12 de maio de 2016, uma das mensagens chamou a minha atenção. Foi enviada pelo amigo e jornalista Laurez Cerqueira. Ela dizia mais ou menos o seguinte: "não desanime, o dia de hoje é apenas o começo da longa marcha para a reconquista da democracia no Brasil". Não desanimamos nem desanimaremos. Mas receio que estejamos apenas no começo do caminho. E não sei se sobrará Brasil, nem como ideia, nem como nação e nem mesmo como território, após o golpe dos canalhas que foi perpetrado quatro anos atrás.



Leonardo Attuch  Leonardo Attuch é jornalista e editor-responsável pelo 247, além de colunista das revistas Istoé e Nordeste.








“ O ódio ao índio ” : o belíssimo artigo do vice de Evo sobre as raízes do golpe na Bolívia


El odio al indio


Kiko Nogueira

O ex-vice presidente da Bolívia, Álvaro Linera, escreveu um belíssimo artigo sobre o golpe e as raízes racistas da sociedade boliviana. 

Chama-se “O ódio ao índio” e foi publicado no Celag.org.

Eis alguns trechos:

Como uma espessa neblina noturna, o ódio se espalha pelos bairros das tradicionais classes médias urbanas da Bolívia. Seus olhos transbordam de raiva. Eles não gritam, cospem; eles não reivindicam, eles impõem.

Suas canções não são de esperança ou fraternidade, são de desprezo e discriminação contra os índios. Eles andam de moto, andam de caminhão, se reúnem em universidades particulares e caçam índios que ousaram tirar seu poder.

No caso de Santa Cruz, eles organizam hordas motorizadas com veículos 4×4 com paus na mão para assustar os índios, que os chamam de collas [termo racista para identificar os indígenas] e que vivem em favelas e mercados.

Eles cantam slogans dizendo que você tem que matar collas, e se alguma mulher de pollera [o vestido típico] cruza seu território, eles a espancam, ameaçam e expulsam. Em Cochabamba, organizam comboios para impor a supremacia racial na zona sul, onde vivem as classes carentes, e avançam como se fossem um destacamento de cavalaria sobre milhares de camponesas indefesas.

Eles carregam tacos de beisebol, correntes, granadas de gás, algumas exibem armas de fogo. A mulher é sua vítima favorita, eles agarram uma prefeita camponesa, humilham-na, arrastam-na pela rua, batem nela, urinam quando ela cai no chão, cortam seus cabelos, ameaçam linchá-la e quando percebem que eles são filmados decidem jogar tinta vermelha, simbolizando o sangue.

Em La Paz, eles suspeitam de suas empregadas e não falam quando trazem a comida para a mesa, no fundo as temem, mas também as desprezam. Depois saem às ruas para gritar, insultam Evo e todos esses índios que ousaram construir a democracia intercultural com igualdade.

Quando são muitos, arrastam a wiphala, a bandeira indígena, cospem nela, pisam, cortam, queimam. É uma raiva visceral que é lançada sobre este símbolo de índios que gostariam de extinguir.

Tudo explodiu no domingo, 20, quando Evo Morales venceu as eleições com mais de 10 pontos de diferença no segundo turno, mas não mais com a imensa vantagem de antes ou 51% dos votos.

Foi o sinal de que as forças regressivas aguardavam, do candidato da oposição liberal, as forças políticas ultraconservadoras, a OEA e a classe média tradicional. Evo venceu novamente, mas ele não tinha mais 60% do eleitorado. O perdedor não reconheceu sua derrota. A OEA falou de eleições limpas, mas de uma vitória reduzida e pediu um segundo turno, aconselhando a ir contra a Constituição que afirma que se um candidato tiver mais de 40% dos votos e mais de 10 pontos de diferença em relação ao segundo é o eleito.

E a classe média foi à caça dos índios. A cidade de Santa Cruz decretou uma greve que articulou os habitantes das áreas centrais da cidade, ramificando a greve nas áreas residenciais de La Paz e Cochabamba. E então o terror eclodiu.

Bandas paramilitares começaram a sitiar instituições, a queimar sedes sindicais, a queimar as casas de candidatos e líderes políticos do partido do governo, até que a residência particular do presidente fosse saqueada. Em outros lugares, famílias, incluindo crianças, foram sequestradas e ameaçadas de serem flageladas e queimadas se o ministro ou o líder sindical não renunciassem à sua posição. Uma longa noite de facas longas foi desencadeada e o fascismo apareceu.

Quando as forças populares mobilizadas para resistir a esse golpe civil começaram a recuperar o controle territorial das cidades com a presença de trabalhadores, mineiros, camponeses, indígenas e colonos urbanos, e o equilíbrio da correlação de forças estava se inclinando para o lado das forças.

Os policiais haviam demonstrado durante semanas uma indolência e ineptidão para proteger as pessoas humildes quando elas eram espancadas e perseguidas por gangues fascistoides; mas a partir de sexta-feira, com a ignorância do comando civil, muitos deles mostrariam uma capacidade extraordinária de atacar, torturar e matar manifestantes populares. (…)

O mesmo aconteceu com as forças armadas. Em toda a nossa administração, nunca permitimos que as manifestações civis fossem reprimidas, mesmo durante o primeiro golpe civil de 2008. (…)

Não hesitaram em pedir ao presidente Evo que se demitisse, quebrando a ordem constitucional. Eles se esforçaram para tentar sequestrá-lo quando ele foi e estava no Chapare. E quando o golpe foi consumado, eles foram às ruas para disparar milhares de balas, militarizar as cidades, matar camponeses. Tudo sem decreto presidencial.


Alvaro Linera e Evo Morales


Obviamente, para proteger o índio, era necessário um decreto. Para reprimir e matar índios, bastava obedecer ao que o ódio racial e de classe ordenava. Em cinco dias já há mais de 18 mortos e 120 feridos a tiros. Claro, todos eles indígenas.

A questão que todos temos que responder é: como é que essa classe média tradicional foi capaz de incubar tanto ódio e ressentimento que a levou a abraçar um fascismo racializado centrado no indígena como inimigo? Como ele irradiou suas frustrações de classe para a polícia e as Forças Armadas?

Foi a rejeição da igualdade, isto é, a rejeição dos próprios fundamentos de uma democracia substancial.

Nos últimos 14 anos de governo, os movimentos sociais tiveram como principal característica o processo de equalização social, redução abrupta da pobreza extrema (de 38% para 15%), extensão de direitos para todos (acesso universal à saúde, educação e proteção social), indianização do Estado (mais de 50% dos funcionários da administração pública têm uma identidade indígena, nova narrativa nacional em torno do tronco indígena), redução das desigualdades econômicas (de 130% para 45%, a diferença de renda entre os mais ricos e os mais pobres), isto é, a democratização sistemática da riqueza, acesso a bens públicos, oportunidades e poder estatal. (…)

Mas isso levou ao fato de que em uma década a porcentagem de pessoas na chamada classe média, medida em renda, aumentou de 35% para 60%, principalmente de setores indígenas populares.

É um processo de democratização dos bens sociais através da construção da igualdade material, mas que inevitavelmente levou a uma rápida desvalorização das capitais econômicas, educacionais e políticas pertencentes às classes médias tradicionais. (…)

É, portanto, um colapso do que era característico da sociedade colonial, a etnia como capital, ou seja, o fundamento imaginado da superioridade histórica da classe média sobre as classes subalternas, porque aqui na Bolívia a classe social é apenas compreensível e visível sob a forma de hierarquias raciais.

O fato de os filhos desta classe média terem sido a tropa de choque da insurgência reacionária é o grito violento de uma nova geração que vê a herança do sobrenome e da pele desaparecerem diante da força da democratização dos bens.

Embora exibam bandeiras da democracia entendidas como voto, na verdade se rebelaram contra a democracia entendida como equalização e distribuição da riqueza. É por isso que o excesso de ódio, de violência, porque a supremacia racial é algo que não é racionalizado. É vivido como um impulso primário do corpo, como uma tatuagem da história colonial na pele.

Portanto, o fascismo não é apenas a expressão de uma revolução fracassada, mas, paradoxalmente, também nas sociedades pós-coloniais, o sucesso de uma democratização material alcançada.

Portanto, não surpreende que, enquanto os índios colham os corpos de cerca de 20 mortos a tiros, seus autores materiais e morais narrem que o fizeram para salvaguardar a democracia. Na realidade, eles sabem que o que fizeram foi proteger o privilégio da casta e do sobrenome.

Mas o ódio racial só pode destruir. Não é um horizonte, nada mais é do que uma vingança primitiva de uma classe histórica e moralmente decadente que demonstra que por trás de cada liberal medíocre se esconde um golpista contumaz.




Intervenção militar no Rio de Janeiro a um passo da ditadura militar



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A Pátria-mãe que chora e a esperança que nunca vai se esborrachar



equilibrista


Fernando Brito


O Bêbado e a Equilibrista, dos geniais Aldir Blanc e João Bosco, virou uma espécie de “hino da anistia”, no final da noite escura da ditadura implantada em 1964, que nasceu de ideias velhas e que morreria decrépita alguns anos depois.


Chora, a nossa Pátria mãe gentil, diz a letra, a certa altura, na inesquecível voz de Elis Regina, em seu lamento sem desânimo.

40 anos depois – uma vida inteira para muitos de nós – parece que, de novo, a tarde nos desaba como um viaduto, aquele onde passavam, como Carlitos, os nossos sonhos de sermos um país justo, desenvolvido, presente no mundo como podemos ser e, sobretudo, o país de um povo feliz.

Viramos, porém, uma jaula de ódios, nela, vamos rugindo e mostrando as garras – claro, os que as têm – sob o comando de domadores togados, que brandem a ordem do chicote e trancafia em jaulas para que obedeçam às suas vontades e “convicções”.

Nesta nova noite do Brasil, já não se tem irreverências mil, e os homens da muito escura viatura andam para lá e para cá, a procura do suspeito da vez, levando um, outro, mais outro, para que os chupem com os dentes que deixam manchas torturadas e os façam delatar, como paus-de-arara 2.0 que a mídia louva e aplaude.

Vivemos o que na juventude aprendemos a detestar naqueles tempos: as “verdades” que não se contestam, a pretensão da vigilância sobre todos, a mentalidade punitiva, aquela que diz que o castigo e a privação de liberdade são o remédio para uma vida de virtudes, que a lei não é ferramenta de direitos, mas o relho da autoridade, o chicote da punição.

Há os que dizem que isso é a moralidade, há os que dizem que isso é o novo, há os que dizem que isso é o caminho de uma nova ordem, admirável e limpa, embora dela só resulte uma nação em escombros.

O Brasil, a nossa pátria mãe gentil, arruinado e selvagem como, infelizmente, já esteve antes na história deste país.

Mas sei, sabemos todos ou só o sentimos, que uma dor assim pungente não há de ser inutilmente.

E a esperança equilibrista, todo dia tão jovem, tão viçosa, segue na corda bamba, sempre pronta a se esborrachar, com esta turma a balança-la até que caia.

A nossa mãe gentil – a que é a de todos, a que não morre, a que iremos sempre honrar e respeitar, ainda que dela hoje façam gato e sapato – tem que continuar, meu Brasil.



Postado em Tijolaço em 14/05/2017







Não há democracia que sobreviva à tirania do judiciário



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Paulo Pimenta


O Brasil hoje gira em torno das chamadas "delações premiadas" deflagradas no âmbito da operação Lava Jato. Especialmente o depoimento de Marcelo Odebrecht chocou o país por mostrar a articulação de décadas entre empresas e políticos que agiram de forma criminosa e se beneficiaram mutuamente de recursos públicos para formar fortunas, muitas delas depositadas em contas no exterior.

Porém, o que mais chocou nesse depoimento não foi exatamente o fato de se descobrir que há corrupção, e sim a forma descarada, debochada, acobertada com que o diretor de uma das maiores empresas do país revelou em rede nacional que a construtora criou um departamento de propina e institucionalizou um esquema de compra de pareceres com uma espécie de "advocacy" que mais que defender seus interesses patrocinava vantagens e se aproximava de pessoas a fim de obter benefícios.

Pelo que tudo indica desvelou-se uma história de golpes bilionários que teve como escudo o financiamento privado de campanhas eleitorais, desvirtuado para servir aos interesses de indivíduos e grupos poderosos. É evidente a relação enraizada entre a construtora e os políticos do PMDB e do PSDB, que a mídia se esforça para acobertar, e a amplitude desse esquema, o qual parece impossível de se realizar sem a omissão deliberada, também, de setores do judiciário.

Os depoimentos poderiam ser vistos como positivos se a operação comandada pelo juiz Sérgio Moro confirmasse a intencionalidade de combater a corrupção e fizesse essa investigação de forma séria, isenta e guiada por objetivos públicos, não partidários. A farsa da Lava a Jato é tamanha que, enquanto as investigações estão em curso, as dependências da Polícia Federal, seus agentes e equipamentos são colocados à disposição de um filme que tem por finalidade promover a operação e cujos financiadores são mantidos em sigilo.

A revolução não será delatada






Miguel do Rosário




Você não poderá ficar em casa, irmão”.



Assim começa o famoso – e maldito – poema de Gil Scott-Heron, a Revolução não será televisionada.

Há uma razão para os roteiristas de Homeland, a premiada série política americana, incluírem trechos desse poema, recitados pelo próprio Gil, na abertura de todos os episódios da temporada 6. O clímax narrativo da temporada acontece no episódio 11, quando Saul, ex-agente da CIA, explica à presidenta eleita sobre os métodos usados por seus adversários para enfraquecê-la.

Eu transcrevo a fala de Saul aqui, por motivos que vocês entenderão rapidamente conforme forem lendo:

É sério? É difícil ouvir o que vocês estão falando. Porque o que eu estou ouvindo não é um plano. Rastrear o dinheiro? Acreditem, é muito mais difícil do que pensam. Vocês ainda estarão fazendo isso quando o mundo rolar por cima de suas cabeças. Por que não conseguem enxergar? Está acontecendo debaixo de seus narizes!
Já temos O’Keefe (blogueiro de extrema-direita). Temos uma campanha de desinformação projetada para desacreditar a presidenta eleita. E a partir de hoje temos tropas em terra e os manifestantes dos quais me desviei para chegar aqui. Isto não lhes é familiar? Porque para mim, sim. Nós fizemos isso na Nicarágua, Chile, Congo, em vários outros países, começando pelo Irã, nos anos 50. E o regime eleito se dá mal. A vida de vocês está em jogo, entenderam? Vocês não podem se calar. E não me refiro à coletiva de imprensa.
– Ao que você se refere?
– Você o intimou a mostrar a cara e foi o que ele fez. Você tem que enfrentá-lo.

Desculpem se pareço repetitivo, mas eu sinto necessidade de afirmá-lo novamente: o que está acontecendo no Brasil, com a Lava Jato, é um golpe de Estado.

Assim como ocorre na trama de Homeland, e, na verdade, em quase todas as histórias parecidas, os articuladores do golpe não são os políticos, e sim as forças de segurança do próprio regime. No caso do Brasil, é a Lava Jato, ponta-de-lança dos setores mais radicalizados desse monstro de três cabeças que substituiu os militares de 1964: Ministério Público Federal, Polícia Federal e Judiciário.

Em algum momento, esses três setores perceberam que, trabalhando juntos, poderiam assumir o poder político no país.

O Dia da Infâmia !



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DAMOUS LEMBRA DIA DA INFÂMIA E DIZ QUE BRASIL É GOVERNADO PELO JUDICIÁRIO


O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) lembrou um ano do 'Dia da Infâmia' nesta segunda-feira 17 em um vídeo postado nas redes sociais – quando o processo de impeachment de Dilma Rousseff foi aceito na Câmara dos Deputados.
Segundo ele, o Supremo Tribunal Federal não deve reverter esse cenário, mesmo depois da confissão de Michel Temer de que o impeachment ocorrreu por um ato de vingança de Eduardo Cunha, porque "está mergulhado no golpe. Está mergulhado no desmonte do País".
Para Damous, "Temer desgoverna aquilo que ele foi pago para fazer. O desmonte das políticas sociais, do estado brasileiro". O deputado diz ainda que "hoje quem governa o País é o sistema de Justiça brasileiro. A política foi engolfada pelo Supremo, pela República de Curitiba e pela Polícia Federal".




Postado em Brasil 247 em 17/04/2017



Vigarice da Globo-Lava Jato com Operação Odebrecht é repetição do Plano Choem e do udenismo


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Até 12 de Maio de 2016, tínhamos Democracia plena, Direitos e Escolhas !






Vídeo de Propaganda Política para a TV que foi ao ar em 11/04/2017





LISTA DE FACHIN CONFIRMA GOLPE DOS CORRUPTOS CONTRA PRESIDENTE HONESTA 



A lista do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, confirma que houve no Brasil um golpe dos corruptos que tirou do poder uma presidente honesta, Dilma Rousseff.

Campeões de pedidos de investigação, com cinco inquéritos cada um, os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Romero Jucá (PMDB-RR) tiveram papel crucial no processo de impeachment de Dilma.

Articulador do golpe que feriu a democracia e destruiu a economia brasileira, Aécio não se conformou com o resultado das eleições presidenciais em 2014 e pediu não só a recontagem dos votos, mas a cassação da chapa vitoriosa, e se aliando para isso com o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje preso.

Ao lado dele, Romero Jucá teve sua voz interceptada em uma gravação da Polícia Federal defendendo, ao ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, a saída de Dilma para "estancar a sangria" da Lava Jato.

Juntos, os dois instalaram no poder um governo, comandado por Michel Temer, com nada menos que nove ministros investigados: Eliseu Padilha, Moreira Franco, Gilberto Kassab, Helder Barbalho, Aloysio Nunes, Blairo Maggi, Bruno Araújo, Roberto Freire e Marcos Pereira.

Marchas contra a corrupção derrubaram Dilma, contra quem não pesa uma acusação de desvios de recursos, e instalaram no poder o governo mais enlameado da história.



Postado em Brasil247 em 11/04/2017 



PREVISÕES DE DILMA SOBRE O GOLPE SE CONFIRMARAM



No dia 12 de maio de 2016, quando a presidente eleita Dilma Rousseff foi deposta pelo golpe parlamentar de 2016, ela fez um discurso histórico, em que antecipou várias medidas que seriam tomadas por Michel Temer, empossado um dia depois, numa sexta-feira 13.

Dilma afirmou que o golpe seria contra o povo brasileiro, antecipando ataques às aposentadorias, aos direitos trabalhistas, a programas sociais de saúde, como a Farmácia Popular, e de educação, como o Ciência sem Fronteiras.

Tudo o que Dilma previu se confirmou e um vídeo, elaborado pela equipe do deputado Marco Maia (PT-RS), com reportagens da Globo e de outras emissoras de TV, como a TVT, confirma: o golpe foi contra você.

Confira acima.


Postado em Brasil247 em 08/04/2017




Wagner Moura : Quem tem medo de artista?



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Wagner Moura

Artistas são seres políticos. Pergunte aos gregos, a Shakespeare, a Brecht, a Ibsen, a Shaw e companhia -todos lhe dirão para não estranhar a participação de artistas na política.

A natureza da arte é política pura. Numa democracia saudável, artistas são parte fundamental de qualquer debate. No Brasil de Michel Temer, são considerados vagabundos, vendidos, hipócritas, desprezíveis ladrões da Lei Rouanet.

Diante de tamanha estupidez, fico pensando: por que esses caras têm tanto medo de artistas, a ponto de ainda precisarem desqualificá-los dessa maneira?

Faz um tempo, dei muita risada ao ver uma dessas pessoas, que se referia com agressividade a um texto meu, dizer que todo bom ator é sempre burro, pois sendo muito consciente de si próprio ele não conseguiria "entrar no personagem".

Talvez essa extraordinária tese se aplicasse bem a Ronald Reagan, rematado canastrão e deus maior da direita "let's make it great again". De minha parte, digo que algumas das pessoas mais brilhantes que conheci são artistas.

Esse medo manifestado pelo status quo já fez com que, ao longo da história, artistas fossem censurados, torturados e assassinados. Os gulags de Stálin estavam cheios de artistas; o macarthismo em Hollywood também destruiu a vida de muitos outros. A galera incomoda.

Uma apresentadora de TV fez recentemente sua própria lista de atores a serem proscritos. Usou uma frase atribuída a Kevin Spacey, possivelmente dita no contexto de seu papel de presidente dos EUA na série "House of Cards".

A frase era a seguinte: "a opinião de um artista não vale merda nenhuma". Certo. Vale a opinião de quem mesmo? Invariavelmente essas pessoas utilizam o chamado argumento "ad hominem" para desqualificar os que discordam de suas opiniões.

É a clássica falácia sofista: eu não consigo destruir o que você pensa, portanto tento destruir você pessoalmente. Um estratagema ignóbil, mas muito eficaz, de fácil impacto retórico. Mais triste ainda tem sido ver a criminalização da cultura e de seus mecanismos de fomento, cruciais para o desenvolvimento do país.

Aliás, todos os projetos sérios de Brasil partiram de uma perspectiva histórico-cultural, como os de Darcy Ribeiro, Caio Prado Jr., Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre.

Ver o ministro da Cultura dando um ataque diante do discurso de Raduan Nassar só faz pensar que há algo mesmo de podre no castelo do conde Drácula. Mesmo acostumado a esse tipo de hostilidade, causou-me espanto saber que o ataque, na semana passada, partiu de uma peça publicitária oficial da Republica Federativa do Brasil.

Sempre estive em sintonia com a causa do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto); fiz com eles um vídeo que tentava explicitar o absurdo dessa proposta de reforma da Previdência.

O governo ficou incomodado e lançou outro vídeo, feito com dinheiro público, no qual me chama de mentiroso e diz que eu fui "contratado" -ou seja, que recebi dinheiro dos sem-teto brasileiros para dar minha opinião. O vídeo é tão sem noção que acabou suspenso, assim como toda a campanha publicitária do governo em defesa da reforma da Previdência, pela Justiça do Rio Grande do Sul.

Um governo atacar com mentiras um artista, em propaganda oficial, é, até onde sei, inédito na história, considerando inclusive o período da ditadura militar.

Mas o melhor é o seguinte: o vídeo do presidente não conseguiu desmontar nenhum dos pontos levantados pelo MTST.

O ex-senador José Aníbal (PSDB) escreveu artigo em que me chama de fanfarrão e diz que a reforma só quer "combater privilégios". Devo entender, então, que o senhor e demais políticos serão também atingidos pela reforma e abrirão mão de seus muitos privilégios em prol desse combate? E o fanfarrão ainda sou eu?

Se o governo enfrentasse a sonegação das empresas, as isenções tributárias descabidas e não fosse vassalo dos credores da dívida pública, poderíamos discutir melhor o que alardeiam como rombo da Previdência.

Mas eles não querem discutir nada, nem mesmo as mudanças demográficas, um debate válido. O governo quer é votar logo a reforma, acalmar os credores, passar a conta para o trabalhador e partir para a reforma trabalhista antes que o povo se dê conta.

Tenho uma má notícia: no último dia 15, havia mais de um milhão de pessoas nas ruas do país. Parece que não é só dos artistas que eles deverão ter medo. 


WAGNER MOURA é ator. Protagonizou os filmes "Tropa de Elite" (2007) e "Tropa de Elite 2" (2010). Foi indicado ao prêmio Globo de Ouro, no ano passado, pela série "Narcos" (Netflix)


Postado em Conversa Afiada em 21/03/2017



A mídia e o Estado de Exceção no Brasil



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Bemvindo Sequeira : Falando sério : Sófocles, Xangô, Faraó e a Maldição de Temer



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Manchete de 1985 ! 







Carnaval em tempos de Golpe ! Marchinhas 2017



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Golpe e etc. . .



Lula ganha todas: <BR>1° e 2° turnos!










Valeu a pena apoiar o golpe ?


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Em vídeo divulgado nas redes sociais, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) chama à reflexão os manifestantes que foram às ruas vestidos de verde e amarelo protestar pela retirada do PT do governo e contra a corrupção.

" Eu pergunto para você que saiu às ruas, que se iludiu, que acreditou na mídia, que em nenhum determinado momento sequer parou para pensar quais eram os interesses por trás do golpe. 

Você que vestiu camisa da seleção brasileira, que bateu panela, que gritou 'somos todos Cunha', que acreditou no Temer, será que valeu a pena? "





Postado em Brasil 247 em 14/02/2017



Pimenta : Golpe trouxe o caos e Temer se cercou de uma quadrilha










Rio Grande do Sul 247 - O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) demonstrou preocupação nesta sexta-feira, 10, com o aumento da instabilidade social que o Brasil vivencia, depois da explosão de violência no Espírito Santo, com a greve branca da Polícia Militar, que já deixou mais de 100 mortos. 

"Nós estamos nos aproximando de uma situação de caos. Não só no Espírito Santo, no Rio de Janeiro. A situação dramática que vivem alguns estados começa a se tornar uma realidade nacional", afirma. 

Segundo Pimenta, a causa principal do agravamento da crise institucional foi o golpe parlamentar de 2016, perpetrado pela aliança entre o PSDB e PMDB, que retirou a presidente Dilma Rousseff do poder. 

"No momento em que a Constituição foi rasgada, que o Poder Judiciário e o Ministério Público Federal, acovardados, silenciaram, nós tivemos uma quebra da institucionalidade. Nós perdemos o respeito das instituições. Os mal-feitores passam a acreditar que estão vivendo no reino da impunidade", afirmou. 

O deputado petista diz que a solução para a crise começa com a renúncia de Michel Temer. "O governo de Michel Temer, que não tem legitimidade, que tenda montar uma agenda que desmonta os direitos dos trabalhadores, é um governo corrupto, mergulhado em todo tipo de escândalos", afirmou. 



Postado em Brasil 247 em 10/02/2017



Como nasceu o ódio no Brasil



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Manifestações em 2013 : Primeiros passos 
para o Golpe !


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Em São Paulo, cerca de 100 manifestantes se reuniram no início da noite no vão livre do Masp e bloquearam a Avenida Paulista


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