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O que há de política e ecologia nesse terninho de Janja é um magnífico escândalo



Geraldo Varjabedian

Mil anos-luz longe do mercado. Quando quebrei, lá por 2006, a indústria de seda, no Brasil, passava maus bocados.

Trabalhei um bom tempo com reciclagem e reaproveitamento de sedas, numa época em que tecidos planos de fios orgânicos como linho, algodões não comerciais e sedas agonizavam, caiam de uso, dando lugar às microfibras e tecidos tecnológicos – todos fósseis – que engoliram o mercado vorazmente.

Quem estuda, tenta alertar e educar sobre modos de produção, sabe quanto vale este trabalho estupendo de tingimento da seda com caju e ruibarbo, a arte dos bordados em palha das bordadeiras de Timbaúba. Que terninho estudado e conceitualmente precioso!

Seda mancha, sofre com a ação do tempo e, não raro, mal acondicionada, pode apresentar pontos de bolor, ficar puída, com pequenos furos por traças e outros danos. Dá um trampo, mas dá pra ressuscitar, tingir, estampar. 

Pelo que a seda custava, e ainda deve custar, pelo impacto ambiental da produção, pelo manuseio trabalhoso, pelo tempo que toma; recuperar valor reaproveitando e reciclando era uma opção para estilistas, ateliês e confeções daqueles anos. Até onde sei, poucas oficinas brasileiras de estamparia e tinturaria artesanais em seda sobreviveram. E não voltei a frequentar esse mundinho pra saber, inclusive, porque os tempos a seguir foram de inúmeros mortais carpados em sequência até aqui e uma mudança irreversível de rumos.

Por conhecer um pouquinho do assunto, até pelo gosto que tomei pelo trabalho, tomei um tranco com o traje da Janja na posse. Nem tanto pelo traço, porque moda não é minha área, mas pela seda.

Claro que fui pesquisar. E entendi a construção feita pela estilista Helô Rocha e a importância do trampo. Muita ecologia e política envolvidas no processo.

Inevitavelmente, caí no mesmo mal-estar que sempre tive na relação com o universo da moda e da apropriação mal-compreendida que muitos fazem, focados no modelo, na técnica de costura, na crítica, na mídia e na pirotecnia consumista que envolve o setor.

Não, Janja não estava apenas podre de chique. Estava vestida politicamente, intencionalmente, desafiadoramente, no que sintonizou perfeitamente com a subida da rampa e o compartilhamento popular da faixa presidencial.

Quem questiona, rastreia, estuda, tenta alertar e educar sobre modos de produção, sabe quanto valem propostas como este trabalho estupendo de tingimento da seda com caju e ruibarbo, a arte dos bordados em palha das bordadeiras de Timbaúba. Que cuidado! Que terninho estudado e conceitualmente precioso! Trabalho especializadíssimo, que escancara um Brasil que negligenciou seus próprios modos de produção, conhecimentos, soberania, para dar espaço às psicopatias industriais. Que homenagem ao Brasil!

Nosso povo já dominou tanto conhecimento, desenvolveu materiais, acabamentos, processos de fiação e tecelagem, técnicas de tingimento a partir de pigmentos vegetais e muitas outras artes e ofícios artesanais que vale pesquisar. É um universo desconhecido do próprio país. E você pode abstrair a mesma "lógica" para outros processos produtivos deste país de saberes e soberania sabotados.

Croquis do terninho de Janja por Helô Rocha


O que há de ecologia nesse terninho da Janja é um magnífico escândalo. Ainda mais, no momento delicado que vivemos no planeta, que busca desesperadamente outros modos de vida, outras referências de produção, consumo e descarte, outro padrão de bem-estar. E isso só é possível por modos de produção mais ecológicos, relações de trabalho mais valorizadas, inclusivas; preocupação concreta com os ciclos de vida do que é produzido e consumido; resgate de saberes populares e olhos abertos para um infinito campo de trabalho que nossa biodiversidade pode inaugurar - se deixarmos de ser vira latas, tapados, babões colonizados e entendermos que o mundo dos direitos e do trabalho têm que participar da escolha soberana dos modos de produção. Isto é anticapEtalismo! Esta provocação aos modos de produção está todinha posta no figurino da Janja!

Estou entalado com o desfile de posse naquela carruagem fóssil, presenteada ao Getúlio Vargas que, não por acaso, foi figura fundamental no estabelecimento do modelo de desenvolvimento que hoje precisamos superar. Fóssil, insustentável, machista, autoritário, protocolar, decadente, populista... Paro por aqui, porque Getúlio, século 20, importa menos que Janja, século 21. Mas a rendição ao calhambeque emissor de gases, ao alheamento diante do óbvio de que toda a luta climática pode ser condensada num símbolo –o automóvel–, precisa ser grifada em vermelho!

Já que há tanta simbologia, e nossa esquerda é toda mandrake em simbologias, deve saber muito bem das origens, da história e do significado da marca Rolls Royce e do tamanho equívoco no uso protocolar daquela chaleira a explosão que, em minha opinião, já deveria estar num museu, sobre cavaletes e com uma plaquinha explicando seu lugar no passado do país.

O terninho de Janja, mais a subida da rampa e o compartilhamento da faixa entre brasileiros de carne e osso mostraram muito, conceitual e simbolicamente, sobre um, talvez, novo paradigma, focado no enfrentamento às mudanças climáticas, na preservação da biodiversidade, no acolhimento dos saberes populares brasileiros, no desenvolvimento de outra economia, no entendimento do que podemos aprender com o bem-viver indígena, com os modos de produção populares, com os saberes dos povos originários, com os conhecimentos ancestrais do país, apontando um caminho soberano para formas de trabalho que não promovam a degradação planetária!

Ainda estou azedo com o desconforto de certos militantes diante de meu questionamento ao uso da carruagem fóssil. Não sei como, ainda fico impressionado com os chiliques desenvolvimentistas, com o antiambientalismo caduco, com os deslumbramentos consumistas, ainda tão enraizados em nossa esquerda. Não sei como daremos conta de boa parte de nossos quadros, que não conseguiu entender o recado do conjunto de seda da Janja e se importou tanto com a crítica ao uso daquele automóvel.

Não, Janja não estava apenas podre de chique. Estava vestida politicamente, intencionalmente, desafiadoramente, no que sintonizou perfeitamente com a subida da rampa e o compartilhamento popular da faixa presidencial.

Janja deu aula de ativismo. De ecologia. De bioeconomia. De século 21. Fez valer todo nosso empenho para enxotar a caretice do poder.

Vale lembrar que os homens que habitam os poderes todos de nosso país não são muito diferentes do governo recém-deposto. A imensa maioria dos homens brasileiros ainda está cimentada aos valores do século 20, aos modos de pensar, ser e fazer dos que cultuam o tal automóvel inglês como desígnio de importância –em plena era da emergência climática!

Este é um mundo em que gente muito poderosa e sábia está dando adeus ao automóvel, questionando o transporte individual motorizado, ponderando investimentos, a partir do amplo repertório da ciência do clima e exercitando símbolos e ativismos pela tão implorada mudança nos modos de vida.

Se a ideia é trabalharmos com símbolos, vale a ponderação de que, em 2050, quando cair a ficha de que não conseguiremos segurar o aquecimento global dentro do aceitável, aquela lata velha conservadora será centenária, mas fará parte do museu dos símbolo de decadência!

Tem que ser dito!

A luta que o Brasil assumiu mundialmente ao eleger Lula é para virar a página do país. Deixar para trás o século 20 e os anteriores ou, pelo menos, deixar clara a intenção de enfrentar os conservadores, os tiranos, os produtores de miséria, a decadência patriarcal, os coronés, a engenharia antinatureza, os capitães de indústria, os fazendeiros tapados, os entusiastas do consumismo, da exclusão, enfim, enfrentar o insustentável com o qual lucram as mentes fósseis que ainda intoxicam este país.

Encantado com o papel da Janja em toda essa luta!


*Este texto foi originalmente publicado no facebook de Geraldo Varjabedian




Roupa de Janja na posse de Lula tinha detalhes de capim dourado confeccionados por artesãos do Tocantins




Coloração pessoal ou colorimetria




O que é coloração pessoal e como funciona?

Sabe aquela roupa que parecia linda na loja, mas não ficou muito boa em você, sem que você entendesse o porquê? Lembra daquele vestido rosa que ficou ótimo na vizinha, mas parece ter deixado a sua prima pálida? Isso tudo não é coisa da sua cabeça. As cores fazem toda a diferença na aparência de uma pessoa, e entender como elas se comportam em você pode transformar suas ideias na hora de criar looks ou de comprar novas peças.

Neste post, vamos explicar o que é coloração pessoal, no que ela se baseia e como ela pode ser uma ferramenta para a descoberta do próprio estilo, a fim de alcançá-lo com hábitos de consumo cada vez mais conscientes.

O que é coloração pessoal

A análise de coloração pessoal ou, ainda, colorimetria é um teste que, a partir de tecidos, avalia a temperatura e a saturação da pele para descobrir qual é o tom e o subtom e, dessa forma, encontrar a cartela de cores ideal para extrair o melhor dela.

Os primeiros estudos sobre colorimetria foram desenvolvidos na entrada do século XX e foram potencializados por volta de 1920, pela escola artística Bauhaus. Foi apenas nos anos 40, no entanto, que Suzanne Caygill, estilista americana e artista plástica, criou o método de análise de cor. Desde então, ela nunca mais parou de estudar o tema, estabelecendo-se como a grande pioneira no assunto.

Entre o final dos anos 80 e o início dos anos 90, o método foi aprimorado separadamente por Carole Jackson e Mary Spillane, consultoras de imagem e de estilo.

Primeiro, Carole simplificou as ideias que foram propostas por Suzanne, dividindo as possibilidades de resultados nas quatro estações: primavera, verão, outono e inverno. Poucos anos depois, Mary desdobrou as estações, dividindo-as em 12 categorias:

Verão Puro
Verão Suave
Verão Claro
Inverno Puro
Inverno Intenso
Inverno Profundo
Primavera Pura
Primavera Clara
Primavera Intensa
Outono Puro
Outono Suave
Outono Profundo

Foi nos últimos anos, no entanto, que a análise de coloração pessoal virou uma febre na internet, e as pessoas começaram a falar mais sobre o assunto nas redes sociais, compartilhando suas cartelas de cores. Mas, afinal, como descobrir a sua?

Como funciona um processo de análise de coloração pessoal?

A colorimetria se baseia em combinar as nossas cores (pele, veias, cabelos, pelos e olhos) com as de nossas possíveis roupas e acessórios, de modo a entender como alcançar mais harmonia e valorização no resultado final. Na análise dos nossos tons são estudados a temperatura (quentes ou frias), a profundidade (claras ou escuras), a intensidade (vívidas ou opacas) e o nível de contraste (baixo, médio ou alto).

As cartelas de cores são baseadas nessas características, porém elas têm graus de importância diferentes. Em algumas delas, o essencial a se levar em consideração é a temperatura, enquanto pode-se brincar mais com a profundidade — em outras, por sua vez, a intensidade é o mais importante e dá para balancear melhor o nível de contraste.

Quem faz o teste é um profissional da área de consultoria de imagem e de estilo que, com a ajuda de um espelho, de luz natural e de tecidos de diferentes cores, avalia o impacto do reflexo de cada cor no contorno do rosto, nas olheiras, no tom de pele e nas marcas de expressão. Sim, as cores têm o poder até de acentuar ou de aliviar a aparência das linhas do rosto.


O processo de análise de coloração pessoal deve ser conduzido por uma profissional de consultoria de imagem e de estilo


O teste precisa ser realizado na pessoa de cara lavada e com uma faixa no cabelo para isolar o rosto. Com o espelho de frente ao corpo, na altura do pescoço, a profissional utiliza os tecidos com diferentes cores e tons para observar de perto as mudanças que cada cor apresenta na pessoa, a fim de avaliar o que funciona ou não e chegar, ao final do processo, em uma das doze cartelas de cores já citadas como resultado.

Além disso, avalia-se o nível de contraste para saber se ela fica mais valorizada com looks que contrastam mais com sua pele ou que tenham tons mais próximos dela. A maioria das pessoas nem imagina que as cores de uma roupa podem fazer tanta diferença!

Por que fazer análise de coloração pessoal?

É comum que, em determinados momentos da vida, as pessoas esbarrem com algumas crises de estilo e parece que nenhuma roupa funciona. A colorimetria é o primeiro passo de uma consultoria de imagem e já faz muita diferença por entregar um caminho: se você tem uma paleta de cores para seguir e entende o que te valoriza fica mais fácil saber de onde partir.

Além disso, a cartela de cores pode ajudar muito na jornada em busca do consumo consciente. Quando já se sabe o que funciona, gasta-se menos dinheiro com roupas que ficarão encostadas no armário ou que serão descartadas rapidamente.


Consumo consciente também significa entender cada vez mais o seu gosto para evitar compras desnecessárias


Quais são as cartelas de cores e como usá-las?

Cada uma das doze categorias mais utilizadas no método atual possui a sua própria cartela de cores. Falaremos rapidamente sobre cada uma delas e as principais dicas, mas é importante frisar que ela deve ser usada como um guia, e não como uma obrigação.

Caso, após um processo de análise, você descobrir que sua cor favorita não te valoriza, saiba que é possível permanecer utilizando-a! Será preciso buscar essa harmonia, ou seja, tentar encontrar formas de continuar usando enquanto compensa com peças que harmonizam mais com você.

Em geral, para trabalhar essas compensações, indica-se utilizar peças da própria cartela próximas ao rosto (como blusas e cachecóis) e, se for utilizar outras cores, priorizar nos membros inferiores, como calças e sapatos. O ideal, também, é que a cor, mesmo que fuja da paleta, continue seguindo duas das características: temperatura e nível de contraste.

Verão Puro

Uma pessoa com essa cartela de cores possui a pele bem clara, com fundo rosado e bastante sensível, que se queima facilmente com a exposição ao sol. O nível de contraste formado entre pele, cor dos olhos e pelos é de médio para baixo.

As cores da cartela Verão Puro fazem parte da família das matizes frias, o que quer dizer que são mais azuladas. São também esmaecidas e suaves, com baixo contraste.


  As cores da paleta Verão Puro são frias e suaves


Verão Suave

As pessoas com essa cartela de cores também possuem a pele bastante clara e com fundo rosado, incluindo negros menos retintos. A principal diferença em relação à categoria anterior está no nível de contraste, já que aqui preponderam as pessoas de alta contraposição.

Como o próprio nome sugere, a principal característica das cores desta cartela é a intensidade baixa. Elas são suaves, opacas e também pertencem à família das cores frias.

A paleta de cores Verão Suave traz cores frias e de baixa intensidade


Verão Claro

As pessoas com essa cartela também possuem pele clara e apresentam contrastes que variam entre baixo e médio.

As cores da paleta são, principalmente, claras e frias, mas, entre todas as cartelas de verão, essa é a que possui tons mais vibrantes, já que a intensidade está entre suas características principais.


  
A paleta de cores Verão Claro traz cores vibrantes, claras e de fundo frio


Inverno Puro

A principal característica das pessoas com essa cartela de cores é o alto ou altíssimo contraste. Combinações de pele branquíssima com cabelos e olhos bem escuros são dominantes, assim como negros de epiderme escura com subtons acinzentados, que fazem a pele brilhar quando exposta ao sol.

A principal característica da paleta de cores é a temperatura fria, que dita as regras. Ao contrário das cartelas de verão, no entanto, essa pede intensidade e cores mais escuras. Por trabalhar o alto contraste, também, essa é a primeira combinação de cores que inclui o preto e o branco.


 
A paleta de cores Inverno Puro traz cores frias, escuras e intensas


Inverno Intenso

As pessoas dessa paleta possuem contraste de médio para alto, mas também podem apresentar contraposição baixa escura, como é o caso dos negros que se encaixam nela. Em geral, o subtom das peles é amarelado.

Entre as cores da paleta, predominam as cores frias e vibrantes, e os tons claros são melhor aceitos do que na cartela anterior.


 
A paleta de cores Inverno Intenso traz cores frias e vibrantes, mas já aceita melhor a introdução de cores claras


Inverno Profundo

Entre as pessoas dessa cartela predominam, novamente, as de contraste alto ou baixo escuro. Os cabelos e olhos, em geral, são escuros e brilhantes, bem como a pele, que possui um glow natural.

As principais características das cores da paleta são a temperatura fria e os tons escuros. Elas também são, em geral, brilhantes, mas tons mais suaves e opacos são bem aceitos, já que a intensidade não é o mais importante da cartela.


A paleta de cores Inverno Profundo traz cores frias em tons escuros, aceitando mais a variação de intensidade


Primavera Pura

As pessoas dessa cartela possuem peles com subtom quente e cabelos que puxam para o ruivo e para o dourado, com contrastes de baixos a médios.

As cores dessa paleta são saturadas, de intensidade alta e de temperatura quente, com muita base em pigmentos amarelados. O preto e o branco não são indicados, por sobrecarregarem o visual.


A cartela Primavera Pura traz cores de temperatura quente e intensidade alta


Primavera Clara

As pessoas dessa cartela possuem pele clara com subtom quente, puxado para o dourado ou para o pêssego. Os contrastes são, em geral, baixos.

De todas as paletas de cores da primavera, é essa a que traz os tons mais claros e suaves, puxando para o pastel mas, ainda assim, com intensidade média — o que não os deixa nem extravagantes nem apagados demais.


A cartela Primavera Clara traz cores claras e suaves, com base em tons quentes


Primavera Intensa

As pessoas da cartela Primavera Intensa têm as cores mais contrastantes em relação às das outras cartelas da estação. Os níveis são de médio para alto ou baixo escuro, no caso dos negros, e os subtons de pele são dourados e intensos.

Com o próprio nome sugere, essa paleta traz cores que têm a intensidade como característica primária. A característica secundária é a temperatura quente. São bem aceitas, no entanto, tanto cores claras quanto escuras, desde que vibrantes e puxadas para o quente.


A cartela Primavera Intensa traz cores de intensidade alta e fundo quente


Outono Puro

As pessoas dessa cartela possuem contraste alto, com cabelos e olhos bem mais escuros que a cor da pele. O contraste médio escuro também é encontrado, em especial nos negros.

As cores da paleta são primordialmente quentes e, como segunda característica principal, opacas. Sua profundidade, no entanto, é média: não são claras nem escuras demais.


A paleta Outono Puro traz cores quentes, opacas e de profundidade média


Outono Suave

As pessoas dessa cartela possuem subtom de pele mais amarelado e opaco, com baixos níveis de contraste. Outra característica que costuma estar presente nos outonistas suaves são as sardas.

A principal característica das cores da paleta são as de tons quentes e, em segundo lugar, sua intensidade. Em relação à profundidade, assim como na categoria anterior, elas podem ser tanto escuras quanto claras.


A cartela Outono Suave é formada por tons quentes de intensidade baixa


Outono Profundo

As pessoas dessa paleta possuem contrastes altos, apresentando peles opacas e cabelos mais escuros, com subtons acobreados.

A paleta de cores é composta por tons calorosos e elegantes, de temperatura quente e profundidade mais escura. A intensidade é apenas a terceira característica, de forma que é possível se equilibrar tanto com tons opacos quanto com os mais vívidos, desde que as outras sejam respeitadas.


A cartela Outono Profundo possui cores quentes e escuras, enquanto a intensidade pode variar


De qualquer forma, no post colocamos apenas as características superficiais de cada cartela de cores. É impossível aferir o resultado de uma pessoa apenas lendo sobre o assunto, e é por isso que a colorimetria só pode ser realizada por um profissional capacitado, que entende de análise cromática e consegue apreender todas as nuances existentes em cada um.









 


Coloração pessoal ou colorimetria




O que é coloração pessoal e como funciona?

Sabe aquela roupa que parecia linda na loja, mas não ficou muito boa em você, sem que você entendesse o porquê? Lembra daquele vestido rosa que ficou ótimo na vizinha, mas parece ter deixado a sua prima pálida? Isso tudo não é coisa da sua cabeça. As cores fazem toda a diferença na aparência de uma pessoa, e entender como elas se comportam em você pode transformar suas ideias na hora de criar looks ou de comprar novas peças.

Neste post, vamos explicar o que é coloração pessoal, no que ela se baseia e como ela pode ser uma ferramenta para a descoberta do próprio estilo, a fim de alcançá-lo com hábitos de consumo cada vez mais conscientes.

O que é coloração pessoal

A análise de coloração pessoal ou, ainda, colorimetria é um teste que, a partir de tecidos, avalia a temperatura e a saturação da pele para descobrir qual é o tom e o subtom e, dessa forma, encontrar a cartela de cores ideal para extrair o melhor dela.

Os primeiros estudos sobre colorimetria foram desenvolvidos na entrada do século XX e foram potencializados por volta de 1920, pela escola artística Bauhaus. Foi apenas nos anos 40, no entanto, que Suzanne Caygill, estilista americana e artista plástica, criou o método de análise de cor. Desde então, ela nunca mais parou de estudar o tema, estabelecendo-se como a grande pioneira no assunto.

Três coisas simples que se tornaram complicadas

 Cientistas defendem que comer carboidratos e fibras durante a gravidez pode  evitar pré-eclâmpsia – Pais&Filhos

 A humanidade tem sérios problemas para resolver, mas são muitas as pessoas que passam muito tempo resolvendo pequenas dificuldades fictícias. Às vezes, essas dificuldades são geradas por inúmeras coisas simples que, de repente, se tornaram desnecessariamente complicadas. Analisaremos o tema a seguir.

Vivemos em tempos contraditórios em que coisas extremamente complexas se tornaram simples e coisas simples se tornaram complicadas. Hoje em dia é relativamente fácil conectar diferentes pontos do planeta em questão de segundos, mas receber uma saudação do vizinho pode ser uma façanha.

Em grande medida, o consumismo é o fator que nos leva a colocar artifícios e enfeites em coisas simples, que não deveriam implicar nenhuma complexidade. Assim como a modernidade traz consigo avanços fantásticos que devemos aproveitar ao máximo, também é possível aprender a valorizar aspectos do passado que podem ser úteis na atualidade. Esses são três desses aspectos.

 “O homem que começou a viver seriamente por dentro, começa a viver mais simplesmente por fora ”.   - Ernest Hemingway -



1. Comer, uma das coisas simples que se tornaram complicadas

Comer não é opcional, já que se não o fizermos, simplesmente morreremos. Até algumas décadas atrás, a comida fazia parte das coisas simples da vida que não envolviam grandes mistérios. As pessoas comiam o que tinham disponível, tentando priorizar o que tivesse mais nutrientes ou fosse mais saboroso.

Hoje, a alimentação é uma das realidades que se tornaram complicadas. Em nossa época, praticamente todos os alimentos causam algum dano e o assunto dieta tornou-se muito complexo para muitos. Leite sem lactose, café descafeinado, sem açúcar, sem sal, sem farinha, sem glúten, sem carne, sem gordura; não comer muito, mas também não muito pouco; não combinar isso com aquilo…

As coisas poderiam ser muito mais simples nesse aspecto. Por um lado, o critério a seguir é que nenhum excesso é bom; isso é bem conhecido desde o tempo dos estoicos e não mudou. Por outro lado, quanto menos alimentos ultra processados ​​forem ingeridos, melhor.

Comer não pode ser visto como uma ameaça, mas também não como um ritual sublime. É mais simples do que isso.

2. Vestir-se, um apoio cego ao consumo

O consumismo nos levou a níveis absurdos. Certamente muitos sabem que seus avós e bisavós compravam roupas muito ocasionalmente. Os produtos eram de tão boa qualidade que até mesmo eram herdados do irmão mais velho para o mais novo ou de pai para filho.

O que as pessoas procuravam eram roupas para aquecê-las o suficiente, se estivesse frio, ou para permitir que se refrescassem se estivesse calor. Os critérios para se vestir no dia a dia eram utilidade e conforto. Por isso, as roupas eram duráveis, bem feitas e confeccionadas em materiais adequados.

O vestir sempre teve algo a ver com estética. No entanto, nossos ancestrais só davam relevância a esse aspecto em dias ou momentos especiais. Era comum cada pessoa ter seu traje de domingo, para usar nos dias em que não havia trabalho ou que tivessem alguma celebração especial.

O mundo de hoje tornou esse aspecto muito difícil, especialmente para algumas pessoas que são extremamente permeáveis ​​ou dependentes da opinião dos outros e, portanto, fazem muito para agradar. A moda é uma forma de tornar as roupas obsoletas e garantir um maior consumo. O exemplo perfeito de uma das coisas simples que se tornaram complicadas.


3. A diversão se tornou complexa

É desconcertante que a diversão também se encaixe na lista de coisas simples que se complicaram, mas é a verdade. Centenas de opções divertidas foram criadas, mas o ponto principal é que elas não são realmente divertidas, apenas permitem passar o tempo ou se entreter de vez em quando.

O que existe hoje é uma gigantesca indústria que promove figuras no mundo do entretenimento. Obviamente, há personagens muito talentosos, mas também há muitos cantores que não cantam, atores que não atuam, escritores que não sabem escrever, etc. No fundo, esta esfera é uma continuação do mundo da modelagem.

Celebridades são feitas, muitas vezes à força, e ganham grandes quantias de dinheiro pelas suas apresentações ou visualizações. Muitas pessoas atualmente são espectadoras da diversão, mas não são realmente participantes ativos desta. Esquecemos que uma boa conversa, um jogo simples, uma dança em grupo ou uma boa leitura são coisas muito divertidas.

A palavra “divertir” vem da raiz latina divertere, que significa “virar na direção oposta, recriar”. Não é exatamente isso que acontece em grande parte da diversão de hoje, muito pelo contrário, já que estamos imersos em uma eterna reiteração de tendências.

A comida, as roupas e a diversão poderiam voltar a ser mais simples e acessíveis. Talvez fazer isso seja parte do caminho para recuperar o bem-estar.






Três coisas simples que se tornaram complicadas

 Cientistas defendem que comer carboidratos e fibras durante a gravidez pode  evitar pré-eclâmpsia – Pais&Filhos

 A humanidade tem sérios problemas para resolver, mas são muitas as pessoas que passam muito tempo resolvendo pequenas dificuldades fictícias. Às vezes, essas dificuldades são geradas por inúmeras coisas simples que, de repente, se tornaram desnecessariamente complicadas. Analisaremos o tema a seguir.

Vivemos em tempos contraditórios em que coisas extremamente complexas se tornaram simples e coisas simples se tornaram complicadas. Hoje em dia é relativamente fácil conectar diferentes pontos do planeta em questão de segundos, mas receber uma saudação do vizinho pode ser uma façanha.

Em grande medida, o consumismo é o fator que nos leva a colocar artifícios e enfeites em coisas simples, que não deveriam implicar nenhuma complexidade. Assim como a modernidade traz consigo avanços fantásticos que devemos aproveitar ao máximo, também é possível aprender a valorizar aspectos do passado que podem ser úteis na atualidade. Esses são três desses aspectos.

 “O homem que começou a viver seriamente por dentro, começa a viver mais simplesmente por fora ”.   - Ernest Hemingway -



1. Comer, uma das coisas simples que se tornaram complicadas

Comer não é opcional, já que se não o fizermos, simplesmente morreremos. Até algumas décadas atrás, a comida fazia parte das coisas simples da vida que não envolviam grandes mistérios. As pessoas comiam o que tinham disponível, tentando priorizar o que tivesse mais nutrientes ou fosse mais saboroso.

Hoje, a alimentação é uma das realidades que se tornaram complicadas. Em nossa época, praticamente todos os alimentos causam algum dano e o assunto dieta tornou-se muito complexo para muitos. Leite sem lactose, café descafeinado, sem açúcar, sem sal, sem farinha, sem glúten, sem carne, sem gordura; não comer muito, mas também não muito pouco; não combinar isso com aquilo…

As coisas poderiam ser muito mais simples nesse aspecto. Por um lado, o critério a seguir é que nenhum excesso é bom; isso é bem conhecido desde o tempo dos estoicos e não mudou. Por outro lado, quanto menos alimentos ultra processados ​​forem ingeridos, melhor.

Comer não pode ser visto como uma ameaça, mas também não como um ritual sublime. É mais simples do que isso.

2. Vestir-se, um apoio cego ao consumo

O consumismo nos levou a níveis absurdos. Certamente muitos sabem que seus avós e bisavós compravam roupas muito ocasionalmente. Os produtos eram de tão boa qualidade que até mesmo eram herdados do irmão mais velho para o mais novo ou de pai para filho.

O que as pessoas procuravam eram roupas para aquecê-las o suficiente, se estivesse frio, ou para permitir que se refrescassem se estivesse calor. Os critérios para se vestir no dia a dia eram utilidade e conforto. Por isso, as roupas eram duráveis, bem feitas e confeccionadas em materiais adequados.

O vestir sempre teve algo a ver com estética. No entanto, nossos ancestrais só davam relevância a esse aspecto em dias ou momentos especiais. Era comum cada pessoa ter seu traje de domingo, para usar nos dias em que não havia trabalho ou que tivessem alguma celebração especial.

O mundo de hoje tornou esse aspecto muito difícil, especialmente para algumas pessoas que são extremamente permeáveis ​​ou dependentes da opinião dos outros e, portanto, fazem muito para agradar. A moda é uma forma de tornar as roupas obsoletas e garantir um maior consumo. O exemplo perfeito de uma das coisas simples que se tornaram complicadas.


3. A diversão se tornou complexa

É desconcertante que a diversão também se encaixe na lista de coisas simples que se complicaram, mas é a verdade. Centenas de opções divertidas foram criadas, mas o ponto principal é que elas não são realmente divertidas, apenas permitem passar o tempo ou se entreter de vez em quando.

O que existe hoje é uma gigantesca indústria que promove figuras no mundo do entretenimento. Obviamente, há personagens muito talentosos, mas também há muitos cantores que não cantam, atores que não atuam, escritores que não sabem escrever, etc. No fundo, esta esfera é uma continuação do mundo da modelagem.

Celebridades são feitas, muitas vezes à força, e ganham grandes quantias de dinheiro pelas suas apresentações ou visualizações. Muitas pessoas atualmente são espectadoras da diversão, mas não são realmente participantes ativos desta. Esquecemos que uma boa conversa, um jogo simples, uma dança em grupo ou uma boa leitura são coisas muito divertidas.

A palavra “divertir” vem da raiz latina divertere, que significa “virar na direção oposta, recriar”. Não é exatamente isso que acontece em grande parte da diversão de hoje, muito pelo contrário, já que estamos imersos em uma eterna reiteração de tendências.

A comida, as roupas e a diversão poderiam voltar a ser mais simples e acessíveis. Talvez fazer isso seja parte do caminho para recuperar o bem-estar.






O bilionário que adora filosofia, encerra o expediente 17h30 e paga os funcionários acima da média



Brunello with his innovative gray tuxedo in 2008




Quais os segredos por trás de uma empresa milionária de sucesso? Não é de hoje que aspirantes a empreendedores tentam decifrar as fórmulas para transformar ideias em grandes negócios – se é que elas existem. Ainda que seja difícil de acreditar em receitas prontas, fontes de inspiração são sempre bem-vindas, e o italiano Brunello Cucinelli é uma das mais interessantes que há por aí.

Sua grife de moda pode não ser tão conhecida do grande público como suas conterrâneas Gucci, Armani, Prada ou Versace, entre tantas outras, mas ele não tem do que reclamar: em 2016, faturou 450 milhões de euros e vem crescendo cerca de 10% ao ano, principalmente graças a delicados pulôveres de cashmere feitos a mão e que valem milhares de euros.

“Quando criança, testemunhou seu pai trabalhando em um ambiente pouco agradável e se tornou um observador atento do mundo, desenvolvendo o sonho de promover um conceito de trabalho que garantisse o respeito à dignidade moral e econômica do ser humano”, diz o site do empresário.

Na década de 70, ele se graduou como topógrafo e entrou na faculdade de engenharia, mas desistiu do curso. Em 1978, fundou a empresa na vila medieval de Solomeo, e contava com apenas dois funcionários para levar adiante a ideia de vender pulôveres de cashmere tingidos. Hoje, são mais de mil empregados, várias empresas parceiras e 122 boutiques espalhadas pelo mundo (a unidade brasileira fica no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo).

Fazer os funcionários trabalharem até a exaustão não é uma estratégia que agrade a Brunello. O expediente acaba às 17h30 todos os dias e para todos os empregados, não há marcação de ponto na entrada. Horas extras, e-mails e telefonemas fora do horário de trabalho não são sequer cogitados. E os salários superam a média do setor em 20%. 

Valorizando sempre a criatividade, ele criou um programa de reembolso para atividades culturais: o dinheiro investido por funcionários em livros, ingressos para cinemas, teatros e museus é devolvido: até 500 euros para os solteiros, e 1000 para quem precisa bancar esse tipo de diversão para a família.

Ele se diz fã da filosofia de Aristóteles, valorizando a dignidade e a moral. Seu objetivo é “um lucro que não danifique o território, que não prejudique a humanidade, que permita pensar ao longo prazo. Esta é uma empresa que deve ter uma visão secular”, contou à Exame.

A preocupação com o território se dá também na prática. Ele se comprometeu a revitalizar a vila de Solomeo, onde nasceu e fundou a empresa. Reformou palácios medievais históricos, fundou uma escola, reformou estradas, melhorou a iluminação pública e até cuidou de casas de outros moradores.

Seu estilo de negócios, batizado por alguns de “Capitalismo Neohumanista”, surpreende e chama atenção em todo o mundo. Há um número considerável de bons artigos sobre Brunello em vários idiomas. 

Algumas dicas para os interessados: em português, na Exame; em inglês, na The New Yorker, na Forbes e na GQ; e em espanhol em três oportunidades no El País: em 2013, 2014 e 2016.





Joao Rabay   Gosta de ler boas histórias para aliviar a mente no meio de tantas notícias ruins. Ainda acredita que elas podem inspirar boas mudanças e fica feliz quando pode contá-las.





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