Lições que eu aprendi com meu filho AUTISTA !





Marcos Mion escreveu um texto em seu Facebook revelando detalhes da convivência com seu filho Romeo (9), que é autista.

Este texto é uma reflexão natalina. Um aprendizado.


Marcos Mion

Quanto mais leio para meus filhos sobre o “menino” Jesus e toda sua sabedoria, mais a identifico dentro da minha própria casa.

Não apenas os discípulos, mas todos que o conheciam, chamavam o menino Jesus de mestre.

Mestre não é um titulo que alguém pode atribuir a si mesmo. O mestre nasce da capacidade do interlocutor de reconhecer a sabedoria quando entra em contato com ela.

O mestre, para existir, por mais sábio que seja, depende da humildade daqueles ao seu redor de se reconhecerem numa posição de inferioridade, de aprendiz.

(E é assim que me sinto. Humilde e extremamente feliz de dividir meu dia a dia com uma criança que ilumina e engrandece todos ao seu redor)

Todos ja me viram falar publicamente que me sinto abençoado e extremamente feliz por ter sido escolhido por Deus para ser pai de uma criança autista, ou como eu prefiro dizer, o guardião de um anjo. O meu Romeo.

Sempre que faço algum post, aparecem centenas de pais comentando e dividindo o mesmo sentimento de gratidão. Como se fosse um clube que, quem não faz parte, secretamente agradece e não consegue nem começar a entender pq aquelas pessoas são tão gratas por fazerem parte dele.

Afinal, como que, na pratica, meu filho me faz tanto bem? Como uma criança que, aparentemente, tem dificuldades consegue me ensinar?

Como falei acima, parte da minha capacidade de identificar a sabedoria e transforma-la num aprendizado.

Vou contar o que aconteceu este Natal e qual foi a lição que ele nos deu.

Como de costume, pelo fim de Novembro, minha esposa, Suzana, e eu juntamos os tres para fazer a carta do Papai Noel.

– “Eu quero infinitos Legos!”, disse o Stefano.

– “Calma que ja tenho minha lista separada em imagens no ipad”, disse Doninha, lembrando da quantidade razoavelmente grande de presentes que ja tinha separado entre borrachas da Hello Kitty e um tenis da Nike, alem de varias coisas de menina de marcas que ela gosta.

Resumindo? Duas listas extensas e extremamente comuns para crianças que convivem num mundo tecnológico, repleto de marcas, com demandas que eu considero ridículas de consumismo. Propagandas em todo lugar, aquela maldita sensação, que eu odeio, causada na escola que é necessário ter pra existir. Sensação que lutamos muito contra em casa enchendo as crianças de auto confiança, dando “centro” pra elas saberem que o que interessa na vida não são as coisas que o dinheiro compra, mas que, por motivos óbvios, sempre cerca qualquer criança hoje em dia. Ainda mais na época do Natal!!

Até que chegamos no Romeo e indagamos o que ele gostaria de ganhar do Papai Noel.

“Uma escova de dentes azul”.

E agora chegamos no ponto crucial desse texto.

Se você da risada com essa resposta e pensa que o menino autista realmente esta fechado no seu mundo e não conecta com a realidade, que é filho de um artista de tv, que poderia pedir qualquer coisa no mundo que ganharia e, burro, pediu só uma escova de dentes azul, esse texto não vai fazer sentido algum pra você. Pode parar por aqui. Você não consegue identificar um ensinamento quando se depara com um.

Suzana e eu, instantaneamente ficamos emocionados com aquela resposta. Ao meio de tanto consumismo, numa época que virou símbolo de consumismo, nosso mestre, sem saber, sem ter a consciência externa do que estava fazendo, afinal sua sabedoria é nata, é orgânica e instintiva, colocou nossos pés no chão, nos remontando com os verdadeiros valores do Natal.

O que realmente vale nessa vida? Essas coisas materiais vão com o tempo, quebram, ficam velhas e obsoletas tornado-se um lembrete vivo e constante de dinheiro que jogamos pela janela adquirindo valores que não interessam.

Não serei hipócrita e dizer que não é saudável comprar brinquedos e presentes. Não é isso. Sou totalmente a favor de usar o ato da compra material como recompensa e até como educação, inclusive de valores morais, mas fato é que existe um grande exagero nas proporções que o consumismo tomou hoje em dia, como mencionei explicando os pedidos dos meus outros filhos.

Ainda perguntamos pra ele se não queria mais nada, um bichinho de pelúcia que ele adora, um ipad novo que, para quem não sabe, é uma das ferramentas mais poderosas de comunicação dos autistas com o mundo exterior, mas ele foi categórico: “uma escova de dentes azul. É isso que eu quero ganhar do Papai Noel”.

Até que finalmente chegou o dia do Natal. Fizemos a comemoração da véspera, deixamos os cookies feitos em família na varanda para o bom velhinho e todos foram dormir muito ansiosos com a visita do Papai Noel na madrugada.

Não preciso dizer que 5:00 am ja ouvi Tefo rasgando papel de presente! rs.

Levantamos para acompanhar e viver com eles todo esse momento magico que tem data de validade, pois a crença real no Papai Noel não é eterna e, hoje em dia, acaba cada vez mais cedo. E enquanto Tefo e Doninha pareciam dois demônios da tasmânia envoltos em presentes e embrulhos, abrindo mais um e mais um e mais um, Romeo assistia de longe com um certo grau de tensão no ar.

“O Papai Noel trouxe minha escova de dentes azul?” ele perguntava sentindo o que eu identifiquei como medo de frustração! Uma real incerteza se ganharia aquele único e tão valioso presente. Lembrem que isso foi na manhã do dia 25, quase 2 meses depois do dia que escreveram as cartas e essa ainda era sua única vontade, seu único desejo de Natal.

Conduzi Romeo até arvore e o deixei identificar o presente com seu nome!

Fico emocionado ao lembrar, mas ele abriu o embrulho com uma expectativa tão grande, uma ingenuidade e um doutorado em desapego que, quando o ultimo pedaço de papel revelou sua escova de dentes azul, ele foi tomado de emoção!! Abaixou a cabeça num alivio e se atrapalhou de tão forte que essa emoção veio.

Sim, ele chorou.

Chorou de alegria, inundado pela mais pura e bela emoção! Eu e Suzana choramos juntos.

Tão pouco … um presente tão simples … e ai me deu o estalo. Mestre!

Entendi que era algo muito maior do que uma simples escova de dentes. Ali, naquela emoção, naquela pureza, naquela humildade e, acima de tudo, naquele desapego, tive a maior lição de Natal da minha vida.

Obrigado Mestre, por mais uma. Te amo.


Postado no Mensagem Espírita em 28/12/2015



O que é bom demais também pode ser verdade



Viviane Battistella


Por que temos tanta dificuldade em aceitar os bons momentos imaginando que eles são prenúncio de uma grande tragédia?

Acho que em quase todos os filmes que assisti vi aquela cena na qual tudo está indo muito bem e todos estão felizes. Então, de repente, percebe-se a atmosfera de que algo ruim vai acontecer. A música de fundo sinaliza que está chegando uma grande tragédia e os olhares dos personagens nos revelam que o pior ainda está por vir. A felicidade como prenúncio da morte, do terremoto, do tsunami, do meteoro, do marido traído chegando, do ataque do tubarão ou da trombada no iceberg é facilmente encontrada nos filmes, nos livros, nas novelas.

A arte quando imita a vida, imita com destreza. Parece ser bem comum na nossa cultura aceitarmos com mais facilidade as más notícias, as tragédias, as perdas, as críticas. Estamos muito acostumados a aceitar o que é ruim. Talvez isso tenha vindo com o cristianismo que promete a salvação a quem sofrer bastante aqui na terra; ou talvez seja simplesmente a passagem dos conceitos de geração para geração sem questionamento algum.

O que era doce se acabou.

Estava bom demais para ser verdade.

Quando a esmola é demais o santo desconfia.

As frases acima nos dizem que tudo que é bom precede o ruim. Engolimo-nas como se fossem verdades absolutas. Até Tom Jobim cantou que “tristeza não tem fim, felicidade sim”. Ah Tom, quem será que lhe fez escrever isso?

Assim como minha avó me dizia que eu morreria se comesse manga verde e tomasse leite em seguida, ela deve ter me ensinado que “quando está tudo muito bem, pode esperar que logo atrás virá a desgraça”. E é assim que, sem perceber, vamos aceitando as coisas ruins da vida como naturais, criando muros para que a felicidade não se aproxime. Parece que nos ensinaram a ter medo do que é bom.

Recebo muitas mensagens durante a semana e uma me chamou muito a atenção. Um rapaz me escreveu para contar que deixou ir embora a mulher da vida dele e que havia descoberto que fez isso simplesmente porque não acreditava que algo tão bom pudesse estar acontecendo.

Escreveu apenas para me contar. Respondi apenas “obrigada pela mensagem, por ter me contado”. O que mais poderia eu dizer a ele? Se é difícil aceitar um elogio, o que dizer sobre a chegada de um grande amor? Muitas vezes não aceitamos e nem acreditamos nos elogios, desconfiamos deles e de quem os faz. Quando nos dizem que estamos usando uma blusa bonita, por exemplo, a resposta que vem é sempre um:

-“Ah imagina, nossa, é tão velha essa blusa!”.

Percebam que a frase bloqueia o elogio, é uma defesa a ele. Nas entrelinhas fica claro que não o aceitamos. Legal seria dizer um “muito obrigado” e saborear a escolha de uma roupa bonita e da admiração vinda por isso. Ah, mas é mais fácil pensar que é inveja, que é falsidade, ou que estão de brincadeira conosco não é mesmo? Percebem como a nossa mente funciona?

Estamos habituados a criar barreiras ao que é bom e aceitarmos de braços abertos as críticas. Se a cena acima mostrasse alguém nos dizendo algo do tipo: “ah, não gostei dessa sua blusa, não ficou bem em você” teríamos não só a aceitação incondicional da crítica, mas também daríamos àquela frase o poder de acabar com nosso dia e certamente a blusa iria para o lixo junto com a amizade.

É provável que estejamos estragando diariamente nossa felicidade bancando os diretores de filmes nos quais ela só serve para ser prenúncio da desgraça. E assim vamos afastando os grandes amores, as blusas bonitas e as amigas sinceras. Vamos extinguindo o comportamento de elogiar e de acreditar nos elogios.

Passamos a aceitar apenas o que a vida oferece de ruim como se viver fosse essa resignação de “cristão crucificado” que um dia receberá o reino dos céus. 

Ah, o Cristo não concordaria com isso. Ele, que só pediu que amássemos uns aos outros não deve ter achado bonito o rapaz que deixou ir embora a futura mãe dos filhos dele porque achava que ela era “areia demais para o seu caminhãozinho”.

“É bom demais e é verdade”. Este deveria ser o título do meu artigo. É assim que pensam e vivem as pessoas felizes. 

Elas simplesmente aceitam os elogios, o afeto e os momentos prazerosos. Elas não têm medo da profecia malévola na qual tudo vai dar errado no fim, inventada sei lá quando e sei lá por quem. 

Elas passam pela vida e superam os momentos ruins, não se ofendem com as críticas, e nem dão valor algum a elas. Já sobre elogios, felicidade e grande amor de suas vidas, ah elas correm atrás deles o tempo todo e por isso os alcançam.


Postado no Conti Outra



Sorrir faz bem ! Inimigos do Império






Postado no Conversa Afiada em 22/01/2016


Depois da tempestade, vem outra tempestade. Feliz é quem sabe dançar na chuva.





Marcel Camargo

Embora nos tentem provar o contrário, em muito a vida é pesada, difícil, perigosa e traiçoeira. Passaremos por muitos momentos de alegria, prazer e contentamento, mas há muita dor e decepção a ser enfrentada. Fazemos parte de um ciclo imerso em instantes de pura magia e felicidade, mas também pontuado por dissabores e tristezas. É assim que sempre foi, é e será. Os ventos virão, sem pestanejar; cabe a nós tentar passar pelos descaminhos sem que nos percamos de nossa essência em meio às lutas diárias, pois o que nos sustenta é sempre essa força que existe aqui de dentro de cada um de nós. É preciso um coração tranquilo.

Lembre-se sempre de que o seu caminho é você quem constrói. Somos responsáveis pelas escolhas que fazemos e consequentes resultados a serem colhidos. Nem sempre optaremos acertadamente, nem sempre estaremos confiantes em nossas decisões, mas é preciso que escolhamos diante da vida, sem descanso, pois os caminhos à nossa frente são inúmeros. Temer a ação apenas nos paralisará no tempo, tolhendo-nos conquistas importantes, não nos oportunizando avanços e aprimoramentos que nos desenvolvam e nos tornem mais gente. Acalme o seu coração.

Culpe-se, mas não por muito tempo, apenas de forma a refletir sobre os erros, dimensionados na medida exata para que sirvam como lições de vida. Sempre teremos novas chances para tentar reparar o que foi malfeito, mal falado, mal entendido. Haverá quem não desista da gente ali do nosso lado, estendendo as mãos com sinceridade, ouvindo-nos, aconselhando-nos e lutando por nós. São essas pessoas que devem ser valorizadas e cultivadas em nossas vidas, são elas que nos resgatarão de nossas misérias emocionais, para que nos reergamos incansavelmente. Acalme o seu coração.

Chore, renda-se à tristeza e ao luto, dispa-se e enfrente a escuridão à sua volta. É preciso experenciar o frio da alma em sua vulnerabilidade, em suas fraquezas, permitindo-nos sentir a dor do que nos atinge, nos revolta, nos aniquila. A pouco e pouco, os ventos abrandam, levando consigo os fantasmas que insistem em nos afligir. Sempre haverá o amanhã, o recomeço, chances de se refazer. Haja o que houver, conservemos a esperança, o motor do pulsar de nosso viver. Acalme o seu coração.

Sim, as pessoas vão embora de nossas vidas, às vezes aos poucos, outras vezes abruptamente. A única certeza que podemos ter diz respeito exatamente ao fato de que, quanto mais vivermos, mais perdas teremos, mais gente sairá de nosso caminho. A saudade é um alto preço a se pagar pela qualidade das interações que cultivamos em nossa jornada. É necessário que aproveitemos ao máximo as convivências que nos fazem bem, para que acumulemos mais e mais lembranças que nos aliviarão a dor da saudade. Não podemos fugir a ela, mas podemos evitar o remorso por não ter agido como deveríamos com quem nos foi vital. Acalme o seu coração.

Será inevitável nos decepcionarmos com as atitudes alheias. Se vivemos em sociedade, estamos convivendo em meio a diversos pontos de vista, a diferentes pensamentos e valores. Quase ninguém agirá da forma como queremos ou pensará de acordo com o que desejamos. Cada um sentirá as coisas à sua maneira e nos oferecerá aquilo que possuem dentro de si, nada mais do que isso. Devemos esperar o inesperado a que ninguém foge, encarando o que é diferente como um olhar outro que poderá nos ser útil e até nos salvar de alguma convicção que nos emperrava um avançar desejável. Acalme o seu coração.

Infelizmente, algumas pessoas deixarão de nos amar ao longo do tempo; certeza de amor que dura é pai e mãe, e só. O amor de nossa vida poderá fazer as malas, bem ali na nossa frente, deixando-nos sem comiseração. Nosso melhor amigo talvez não veja mais sentido em continuar ao nosso lado, partindo para novas amizades, deixando-nos sozinhos em nossa busca. A paixão arrefece, o entusiasmo diminui, os interesses mudam, nós mudamos, todos mudam. Estarmos sempre abertos para que o novo entre em nossas vidas é o que devemos fazer, para que os vazios dentro de nós sejam passageiros. Acalme o seu coração.

Ninguém passará pelo que for nosso, ninguém conseguirá tirar as dores de dentro de nós a não ser nós mesmos. Nos momentos de calmaria é que devemos nos fortalecer junto a quem amamos e nos ama verdadeiramente, cultivando os relacionamentos revigorantes e cheios de motivação para continuar. Caso não estejamos fortalecidos para encarar as escuridões que se aproximam, jamais estaremos completos e prontos para sorver os momentos prazerosos em sua completude. Portanto, faça chuva ou faça sol, sopre brisa suave ou vente assustadoramente, acalme o seu coração, pois é dele que se alimentam as verdades que sustentam as nossas vidas.


Postado no O Segredo


Life In Syntropy (2015) : Agrofloresta



Curso de Agricultura Sintrópica com Ernst Götsch em Fortaleza ...
Enerst Goscth


Há um jeito de produzir mais alimentos, sem uso de agrotóxicos e ao mesmo tempo criar uma floresta, com toda a sua diversidade. 

A Agrofloresta nos trás a vida, as chuvas e a fauna. 

Mais um dos vídeos de Enerst Goscth.






Postado no Docverdade em 17/01/2016


Como conquistar e manter a sua paz de espírito




Stephanie Gomes

Você acha possível ser feliz sem estar em paz com você mesmo e com o que há à sua volta? 

Paz de espírito é estar em paz com o “ser”. Tanto o seu “ser” (no sentido verbal) como o “ser” de todas as coisas e pessoas. É aceitar-se e também aceitar as situações que acontecem na sua vida. 

É permitir que você seja o que é e que os outros também sejam o que são. É não carregar pesos indesejados. É se sentir bem por dentro e por fora. É lidar com suas fraquezas e usar a sua força. É estar em paz com tudo o que “é”, ou seja, com tudo aquilo que faz parte do presente.

Se você acha que está muito distante de tudo isso, não se preocupe. A paz não é algo reservado apenas aos que nascem com ela, aos que têm uma vida descomplicada ou que sabem algum segredo que você não sabe. A maioria das pessoas só encontra a própria paz trabalhando por ela e praticando-a. Portanto, você também pode conquistar a sua. 

Conquistar a paz de espírito é um processo individual, mas pode-se aprender muito sobre o assunto ouvindo, observando e conhecendo as experiências de outras pessoas, principalmente quando você não sabe por onde começar. 

As dez sugestões abaixo são coisas que fizeram parte da minha experiência nessa busca. De alguma maneira elas me ajudaram a conquistar a minha paz de espírito, inclusive em momentos difíceis:

Trabalhe a aceitação, o contentamento e a gratidão 

Aceite o momento presente, seja lá qual ele for. Não complique nem negue, apenas aceite. Depois que conseguir essa aceitação você terá a paz que precisa para mudá-lo. Alegre-se pelas coisas boas e agradeça pelo que você tem e é. Você pode querer mais, mas antes tenha consciência do quanto já é abençoado. 

Desfaça o hábito da pressa 

A pressa é inimiga da paz de espírito. De vez em quando acontece de termos que nos apressar, mas na maioria das vezes fazemos coisas com pressa por puro hábito. Acordamos pulando da cama, terminamos de comer em dois minutos, andamos com passos apressados mesmo sem estarmos atrasados… essa correria desnecessária o tempo todo acaba com o nosso bem-estar. 

Comece a observar a forma como você faz suas atividades rotineiras. Sempre que se lembrar, tente fazer o que está fazendo mais devagar, e observe como naturalmente você relaxa e o resultado acaba sendo muito melhor.

Não espere aprovação e não queira o direito de aprovar os outros 

É claro que você pode pedir a opinião de alguém em um momento de dúvida, mas quando estiver seguro do que quer, não dependa da aprovação de outra pessoa para seguir em frente. E já que você não quer que outras pessoas comandem sua vida, não queira ter o direito de comandar a vida delas. Colocar sua vida nas mãos de alguém ou achar-se no direito de decidir a vida de outra pessoa acaba com a sua paz e a paz dos outros.

Deixe ir aquilo que não te faz bem 

Problemas do passado, mágoas, erros, críticas que não servem para nada, arrependimentos… deixe tudo isso ir embora. O que importa é quem você é e o que faz hoje, então carregue apenas aquilo que é útil e te faz bem. Pense em todas as coisas negativas uma última vez, apenas para decidir soltá-las e deixar que vão embora.

Esteja em silêncio pelo menos uma vez por dia 

Principalmente se você vive em uma cidade agitada ou passa muito tempo em um lugar barulhento. Todo mundo precisa de um pouco de silêncio de vez em quando, seja para relaxar, para sentir suas emoções, para refletir… Praticar o silêncio ativa a paz interna. Se você puder estar em silêncio por alguns minutos todos os dias, conseguirá manter a conexão com a sua paz.

Escolha o que passa em sua mente 

Nem sempre é fácil, mas com a prática é possível aprender e se acostumar a observar e escolher os próprios pensamentos. Trabalhe a auto-observação, dê-se algum tempo para escolher seus pensamentos e reações com inteligência, lide com as suas emoções e procure o lado positivo e o otimismo sempre.

Mesmo que de início pareça “forçado”, se esforce para mudar a direção de sua mente, pois é assim que você começa a quebrar o padrão da negatividade e se torna alguém verdadeiramente mais positivo.

Cuide bem daquilo que é importante para você 

Sua família, seus amigos verdadeiros, sua casa, seus sonhos, sua carreira… o que você colocaria em uma lista de coisas que considera importantes? Trate tudo isso com carinho, com amor, com dedicação. É impossível estar totalmente em paz quando você não está bem em relação às coisas e pessoas mais importantes da sua vida. 

Cuidado com os excessos 

De informação, de atividades, de vícios, de pensamentos, de trabalho… tudo em excesso é estressante e prejudicial. Mantenha um equilíbrio que seja bom para você, e sempre que se sentir perdido, estressado ou sobrecarregado, procure descobrir se há algo em sua vida ultrapassando os limites desse equilíbrio. Se sim, reajuste. 

Descubra o que te dá paz 

Mais importante do que saber o que tira a sua paz – para evitar ou se afastar definitivamente – é incluir na sua vida aquilo que te traz paz. Descubra atividades, lugares, pessoas e situações que te fazem bem. 

Não vou dar sugestões porque o que me deixa em paz pode não ser o que deixa você em paz, e o importante é que você se descubra. Algumas pessoas se sentem em paz ouvindo música clássica, outras escutando heavy metal. Alguns amam estar na natureza, outros ficam em paz quando colocam o stress para fora dançando em uma festa. 

Experimente, tente coisas novas, descubra o que te faz bem e use isso a favor da sua paz de espírito.

Permita-se 

Permita-se errar, mudar de opinião, voltar atrás, se divertir, ser ridículo, pagar micos, se expressar e ser quem você é. A vida é muito curta para se preocupar o tempo todo com a opinião alheia. 



Postado no Desassossegada em 18/01/2016


Transitoriedade





Pedro Leite



Quando aprendemos viver a vida a partir da compreensão da transitoriedade, conseguimos dar conta da nossa brevidade, passamos a valorizar aquilo que realmente importa e agimos sem desperdiçá-la com futilidades. 

Assim, permitimos que atitudes relevantes ganhem espaço em nossas prioridades, onde passamos a privilegiar o “ser” em relação ao “ter”, o altruísmo em relação ao egoísmo e a simplicidade em relação a vaidade narcisista.


A experiência de viver assim não é fácil, mas certamente proporcionará novos encontros, novos sabores e a reformulação dos nossos laços afetivos com as pessoas e com o mundo do qual fazemos parte.

No futuro, em algum ponto da nossa jornada existencial, olharemos para trás e perceberemos o quanto fomos assertivos e generosos ao tomarmos a decisão de presentearmos a vida das pessoas e o mundo com o melhor que há em nós.