Istoé defende o assassinato de Lula






Miguel do Rosário

Caso tenham preguiça, ou falta de tempo, para ler o texto abaixo, assistam pelo menos o vídeo:





Queridas historiadoras do futuro, continuo com grandes esperanças em vocês.


Espero que, um dia, vocês possam ler estes posts e eles lhes sirvam ao menos como registro das coisas que aconteciam no Brasil em nossa época.

No dia 10 de novembro de 2017, uma das principais revistas brasileiras, a Istoé, publicou uma coluna em que se pede, sem meias palavras, a morte da principal liderança popular do país, o homem que aparece à frente, com quase 40% das intenções de voto, em todas as pesquisas.

Naturalmente, é um crime. Espera-se que o Ministério Público Federal, além de nossas polícias, tão pressurosos em investigar a morte do velho cão da presidenta Dilma, se interessem em punir esse crime sórdido contra a paz e a segurança do nosso país.

A razão alegada pelo colunista da Istoé para dizer que “Lula precisa morrer” é a mais sórdida do mundo. Lula tem de morrer exatamente por causa do carinho e respeito que milhões de brasileiros, inclusive este blogueiro, insistem em lhe dedicar.

Ou seja, se a gente respeita o presidente Lula, então é justamente por isso que ele deve morrer.

A Istoé deixa bem claro que nós, os brasileiros que pretendemos votar em Lula, não merecemos nenhum respeito.

Nossa liderança política deve morrer.

É um crime hediondo e uma declaração de guerra civil.

Para vocês, historiadores, entenderem o contexto político e midiático desta barbaridade, eu fiz uma pequena crônica sobre a Istoé.

Em dezembro de 2016, a revista organizou um evento para homenagear personalidades que ela considerava os “brasileiros do ano”.

Como primeiro homenageado, vinha Michel Temer, cujo discurso de agradecimento terminou com essas belas palavras:

“Vamos alcançar o crescimento e o pleno emprego. O prêmio serve de mobilizador e motivador para que nós salvemos o País”.

O segundo homenageado foi Sergio Moro, que usou seu discurso para fazer um agradecimento especial ao Supremo Tribunal Federal:

Moro também destacou o trabalho do Judiciário e elogiou a atuação do Supremo Tribunal Federal. “Recebo este prêmio não como um reconhecimento pessoal, mas como o reconhecimento de um trabalho institucional, que envolve a primeira instância, as cortes de apelação, o Superior Tribunal de Justiça e o STF. O cidadão pode confiar na Justiça brasileira essa confiança é essencial. Recebo este prêmio muito humildemente”.

Na matéria sobre o evento, a revista não poupa elogios ao juiz:

Ovacionado pela plateia, o juiz federal Sergio Moro recebeu prêmio na categoria Justiça (…)

Seu trabalho tem lhe rendido o título de ‘herói brasileiro’, que ele rejeita, mas que beira à celebridade, sendo aplaudido aonde vai, seja no mercado, no restaurante ou no cinema.

Apesar dos apelos da população, o juiz não pretende entrar na carreira política (…)

Outros homenageados daquela noite: os atores Grassi Massafera e Antonio Fagundes, e o autor de novelas Benedito Ruy Barbosa, todos da Globo.

Além de Michel Temer, dois outros políticos receberam prêmios de “brasileiros do ano”: o então prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o recém-eleito João Dória.

A disposição dos convidados para as imagens principais da cerimônia tinha sido meticulosamente calculada. O presidente Michel Temer ficaria em primeiro plano, ao lado do governador Geraldo Alckmin. Logo atrás, o público poderia ver Aécio Neves e Sergio Moro. Os dois últimos não resistiram à atração mútua e trocaram afagos e sorrisos que iriam provocar bastante polêmica nos dias seguintes.

Em reportagens anteriores, o Cafezinho já identificou que a Editora Três, que publica a Istoé, foi umas das que registrou aumentos mais espetaculares no recebimento de verbas de publicidade federal.

Mas isso não vem ao caso.

A revista conseguiu reunir, naquelas imagens, a nata do golpe.

Pedro Parente, presidente da Petrobrás, Flavio Rocha, dono da Riachuelo, e Aécio Neves, proprietário do aeroporto de Claudio, também foram “premiados”, ou pelo menos aparecem, em vídeo, recebendo algum tipo de homenagem.

A revista divulgou um vídeo do evento com um pouco mais de 2 minutos, do qual eu recortei as melhores partes: o discurso de Moro e Temer, que você pode assistir abaixo (é apenas 1 minuto, assista, é muito instrutivo):

****

Eu separei também algumas fotos do evento que achei mais interessantes. Gostei especialmente da sequência de apertos de mão entre Sergio Moro e alguns políticos, como Serra, Meirelles, Alckmin e Kassab:



***



Quase um ano e alguns milhões de desempregados depois, as coisas mudaram um pouco. Sergio Moro hoje é rejeitado, segundo pesquisas de institutos pró-Lava Jato, como o Ipsos, por 41% da população. Michel Temer, que falara em seu discurso em “salvar o Brasil”, tem uma rejeição, segundo o mesmo Ipsos, de 95%.

Lula, por sua vez, cresceu em todas as pesquisas, e já tem entre 30% e 40% da preferência dos eleitores.

Nesse mesmo entretempo, a Istoé vem recebendo cada vez mais recursos públicos federais, para defender reformas rejeitadas, segundo pesquisas, por mais de 80% da população.

Esse é o contexto para entendermos o último texto do colunista da Istoé, Mario Vitor Rodrigues: Lula deve morrer, que abre com o seguinte parágrafo.

Pelo bem do País, Lula deve morrer. Eis uma verdade incontestável. Digo, se Luiz Inácio ainda é encarado por boa parte da sociedade como o prócer a ser seguido, se continua sendo capaz de liderar pesquisas e inspirar militantes Brasil afora, então Lula precisa morrer.

Queridos historiadores do futuro, queridas brasileiras do presente, tirem suas conclusões.




Postado em O Cafezinho em 11/11/2017








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Deficiente auditiva rebate ex-professora que criticou tema da redação do ENEM






Deficiente auditiva e mestre em educação surpreende sua ex-professora que havia criticado o tema da redação do Enem 2017



A professora Pâmela Matos, que é surda e Mestre em Educação, não pensou duas vezes ao se deparar com a crítica de uma ex-professora dela sobre o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano.

Pâmela foi às redes sociais e divulgou uma resposta pontual. Em sua página no Facebook, publicou um vídeo no qual aparece mostrando folhas de papel com mensagens em que apresenta sua consternação e devolve as críticas.

Apenas no Facebook, o vídeo já foi visualizado mais de 2 milhões de vezes.

As expressões de Pâmela, Enquanto mostra as páginas, ajudam a entender sua indignação diante do questionamento da professora, que havia publicado um post na mesma rede social chamando de “golpe” o tema da redação do Enem deste ano,  “ Desafios para a formação educacional dos surdos ”

Na legenda do vídeo, Pamela escreveu:

“ Este vídeo foi feito com minha indignação, após eu ver um post da minha ex-professora reclamando do tema da prova do enem 2017. Servirá também para todos que fizeram a prova e, por motivo algum, estão postando em suas redes sociais uma chuva de opiniões imaturas acerca do tema.

MAIS RESPEITO, MENOS IGNORÂNCIA, MAIS ALTERIDADE

Afinal,

Vocês não conhecem as cicatrizes dos surdos ,
Vocês não conhecem aonde seus sapatos apertam ,
Vocês não conhecem os caminhos por eles , percorridos ,

FALEM MENOS!”

‘Golpe’

A ex-professora de Pâmela publicou no Facebook o seguinte enunciado fictício: “A redação foi para: ( ) alunos do 2º grau ( ) professores ( ) candidato a concurso público da área de educação inclusiva?”.

E ainda classificou a escolha pelo tema da redação como um “golpe”. No entanto, Pâmela respondeu à pergunta proposta, frisando que a alternativa correta não foi sequer lembrada como uma opção no post.

“ Calma, professora, vou responder: A resposta correta é: (x) Todos. Porém, ‘todos’ você não lembrou…Deixa eu ajudar. Há uns 15 anos você foi minha professora, ou seja, teve aluna surda. E o que você fez para me incluir na sua disciplina? R = N-A-D-A ”, afirmou Pâmela.

A ex-aluna da autora do post, que hoje trabalha como professora do curso de Letras-Libras, contou que vivenciou uma experiência negativa na sala de aula dela, porque não lhe foram proporcionadas medidas inclusivas.

“ Triste experiência: sem interação, sem metodologias, sem espaço para aprender. Eu, surda, totalmente excluída. Excluída: das atividades em grupo, pelos colegas, pela própria professora. Ou seja, que desafio você assumiu como professora de uma aluna SURDA? Comigo? Nenhuma! Fiquei prejudicada! Talvez, você não lembrou que o meu processo educacional envolvia TODOS, colegas, professores, gestão ”, frisou.



Postado em Pragmatismo Político em 08/11/2017



Esta professora surda desenhou por que 

o tema da redação do ENEM 

é relevante


“ Para quem este tema está sendo proposto? ”  Para todos !




publicado 6 de Novembro de 2017, 3:44 p.m.



Equipe BuzzFeed, Brasil


Neste domingo aconteceu o primeiro dia do ENEM 2017 e o tema de redação da prova surpreendeu muita gente.






Os participantes do  farão redação sobre “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”. http://facebook.com/Inep.oficial 

Teve quem achasse que há outros temas mais importantes e urgentes.




Facebook: pati.keloliveira

E até quem achasse o tema ridículo.





Que os surdos não me ouçam : mas o tema da redação do Enem foi ridículo


Tá vendo essa moça da foto? Ela é a Pâmela, ela é surda. E também professora da UNIFAP em Macapá, Amapá, com mestrado em educação na mesma instituição.





facebook.com






Sobre o Tema da redação do ENEM:

Vamos entender os fatos , e criticar depois!
Não vale ofender os surdos !
Somos seres humanos , uma causa social!
Mais respeito por nós, por favor?






O fascismo tem rosto . . .



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Veja porque o Deputado Jair Bolsonaro tem seguidores e poderá ter 

milhares de votos em 2018 !






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Filho de Bolsonaro, com o cartaz na mão, é deputado federal


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DICA PARA A REDAÇÃO DO ENEM QUANDO BOLSONARO FOR ELEITO PRESIDENTE EM 2018 - direitos humanos: esterco da vagabundagem.