Enquanto isso... professores, médicos, policiais, entre outros, lutam por valorização...

Joanna Tuczynska Não tenha vergonha de ser maria chuteira: o mundo mudou
A modelo Joanna Tuczynska mostrou todo seu amor pelo ex-jogador Lothar Matthaus engatinhando até ele após um banho de mar


Marco Antonio Araújo
O que antes era considerado apelação, falta de perspectiva ou oportunismo barato passou a ser quase um estilo de vido a ser admirado. As marias-chuteiras que o digam: a vergonha mudou de lugar.
Não faz muito tempo, uma mulher estabelecer como objetivo de vida seduzir um jogador de futebol, se aproveitar dos instintos mais primitivos dessa categoria de homens e engravidar, convenhamos, era um atestado de que a moça optou por viver na mais baixa escala da cadeia alimentar.
Já perceberam como isso mudou e se tornou um negócio muito lucrativo? Movimenta jornais, revistas, sites, paparazzi e uma legião de profissionais. Entrou para a economia formal.
Não que seja um fenômeno brasileiro. Longe disso, é uma tendência internacional, uma epidemia que tomou conta até da Europa. Na verdade, as principais carreiristas da bola hoje atuam no Velho Mundo. E ganham muito bem, apesar da crise que ronda o continente.
Houve um tempo que uma pop-star, uma atriz renomada ou uma simples universitária teriam constrangimento de ser fotografada ao lado de um atleta que não fosse enxadrista. Não estou fazendo nenhum julgamento de valor, acreditem. Era assim.
Claro que tivemos Marylin Monroe. A diva se casou com uma lenda do beisebol, Joe Di Maggio. Mas depois se divorciou e contraiu matrimônio com o maior dramaturgo da época, Arthur Miller. E, dizem, foi amante do presidente dos EUA. Não por acaso, logo em seguida se matou, coitada. Tempos difíceis.
Modestamente, tivemos Xuxa e Pelé. Não dá pra comparar, mas foram nossos pioneiros, com todo o respeito a Elza Soares e Garrincha. Ok. Avante.
O fato é que, hoje, vermos Nívea Stelmann, Sthefany Brito ou Deborah Secco batendo uma bola por aí não causa nenhum impacto moral. São boas meninas.
O que mudou? Meu palpite é que, além de jogadores serem extravagantes milionários em potencial, esses rapazes ganharam um status que não tinham. Tornaram-se uma espécie de heróis, mesmo que só façam se divertir num gramado e ganhar muito, muito dinheiro — o que nada tem de heroico, em minha opinião. Mas quem sou eu pra julgar?
Shakira e Piqué, David e Victoria Beckham, Alexandre Pato e Barbara Berlusconi, escolham.  Esses simpáticos casais são apenas a ponta glamourosa de um fenômeno social. Abaixo deles, um monumental iceberg dá sustentação a uma estranha dança do acasalamento moderno.
Aniversários de jogadores de futebol costumam lotar as boates mais caras com dezenas de moças lindas que disputaram um ingresso VIP a tapa. Todas se vestem de maneira igual, se é que me entendem. Mas nada mais justo: eles também usam uniformes. Vai ver, é isso.

Postado no blog O Provocador em 24/09/2012

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